Capítulo 30

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🔞🔞 ATENÇÃO 🔞🔞

Esse capítulo possui cenas de sexo explícitas, se você tem menos de 18 anos ou não gosta deste tipo de cena, pule a parte sinalizada.

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A cada degrau que eu subia, meu coração parecia acelerar mais. Era inevitável que, em algum momento, rotulassem o que Lucien e eu tínhamos, mas eu não esperava que isso acontecesse tão descaradamente na frente dele. Naquele instante, senti uma impotência esmagadora. Não havia nada que eu pudesse fazer para mudar a concepção do Grão-Duque Osvald, nem mesmo para conter a raiva crescente de Lucien.

Ao finalmente chegar ao quarto e fechar a porta atrás de mim, não me permiti respirar ou descansar. Meu corpo estava inquieto, como se eu não conseguisse ficar parada. Andava de um lado para o outro, tentando afastar a sensação de desespero que me consumia. Claro que, em algum momento, algo assim iria acontecer, mas o que mais me perturbava era a forma explosiva como Lucien reagia às provocações. Eu não estava feliz com a arrogância do Grão-Duque, nem com sua insistência em provocar Lucien apenas para se divertir.

Era baixo. Baixo e mesquinho. Mas Lucien... Ele não deveria deixar que isso o descontrolasse tão facilmente. Será que o que realmente o incomodava era o desrespeito a mim ou seu orgulho ferido pela insinuação de que eu, alguém que ele via como sua, pudesse ser menos do que ele desejava?

Eu sabia que Lucien era protetor com aquilo que considerava dele, mas eu não era um objeto ou um prêmio. Eu sabia me defender, por mais que gostasse da sensação de segurança que ele me proporcionava.

Meus pensamentos foram interrompidos pelo barulho da porta se abrindo abruptamente. Lucien entrou no quarto e a fechou com força, fazendo-me dar um pequeno pulo de susto. Ele estava visivelmente irritado, e por um momento, não soube como reagir. O silêncio entre nós era pesado, quase sufocante. Seus olhos escuros, sua postura tensa, cada músculo do seu corpo denunciava que ele estava à beira de perder o controle.

— Isso não foi necessário, Lucien — minha voz soou mais alta do que eu pretendia, o tom carregado de descontentamento.

Ele riu, mas sem humor.

— Não foi? Eu deveria ter feito muito pior. Deveria ter feito aquele verme sangrar.

Revirei os olhos, irritada.

— Bater em um aristocrata manco teria sido ainda mais estúpido do que o que você fez.

Lucien me olhou, incrédulo, sua raiva voltando à tona.

— E o que você esperava que eu fizesse? Ficasse calado enquanto aquele homem desprezível insinuava que minha mulher é uma prostituta qualquer?

Bufei em frustração.

— Você está sendo grosseiro, Lucien. Eu só queria que você se controlasse, que não se deixasse levar pelas provocações de alguém que claramente está tentando te desestabilizar.

Ele urrou de raiva, virando-se para a parede e socando-a com força, o som reverberando pelo quarto. Um silêncio pesado caiu entre nós. Respirei fundo, tentando acalmar meu coração acelerado.

— Eu só não quero que você se torne vulnerável desse jeito na frente de alguém que não se importa com a verdade ou com o que temos.

Lucien me olhou novamente, seus olhos brilhando com uma mistura de frustração e desespero.

— Eu não posso deixar que falem de você dessa forma. Não posso permitir que pensem que você é apenas uma mulher em minha cama.

Aproximei-me dele, mantendo a calma, mesmo que meu corpo estivesse tremendo.

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