Capítulo 25

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IMPORTANTE

Esse capítulo contém cenas com conteúdo proibido para menores de idade, se você tem menos de 18 anos ou não gosta deste tipo de cena, pule a parte sinalizada!
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Eu estava parada de frente para a porta do quarto que Lucien e eu havíamos compartilhado antes da invasão de Damien ao palacete. O corredor estava silencioso, banhado pela luz pálida da lua que entrava pelas janelas, refletindo no mármore frio. Usando minha grossa camisola de lã, apertava o tecido entre os dedos enquanto olhava fixamente para a porta. Não queria pensar na noite em que Damien me levou para aquele quarto e se vangloriou antes de me violar na cama onde eu havia sido amada. Não. Eu sempre afastava esses pensamentos quando surgiam, mas agora, algo me impedia de seguir adiante.

Ali, sozinha após meu passeio noturno pelos jardins, algo me fez parar diante da porta. Algo me fez estender a mão, como se, ao abri-la, eu pudesse me encontrar novamente naquela noite, deitada na cama, os braços presos acima da cabeça, o cavaleiro sobre mim, destruindo tudo o que eu conhecia de mim mesma.

Meu coração acelerou, e por um segundo, a imagem daquele pesadelo começou a se formar em minha mente. Foi quando a voz grave e rouca de Lucien ecoou em meus ouvidos, me arrancando daquele transe.

— No que você está pensando? — Sua voz era baixa, intensa, como sempre quando estava perto de mim.

Retirei a mão da porta, balançando a cabeça, tentando me livrar das lembranças sufocantes. Eu queria pensar em qualquer outra coisa, qualquer coisa que me afastasse daquele momento, mas no fim, suspirei, deixando meu corpo se recostar no peito firme de Lucien.

— Não sei se terei coragem de entrar nesse quarto de novo — confessei, minha voz quase um sussurro.

Os braços fortes dele me envolveram, me puxando para mais perto, enquanto sua cabeça descansava suavemente na curvatura do meu pescoço. Senti o calor de sua respiração contra minha pele, e o toque de seus lábios quase me fez arrepiar inteira.

— Eu não faço ideia do que você passou naquela noite... — ele murmurou, sua voz carregada de um pesar silencioso. — E sinto muito por isso.

Balancei a cabeça em negação. Eu não queria que ele se sentisse culpado.

— No fim, fui salva por um homem robusto e selvagem que arrombou a porta e me tirou dos braços daquele monstro — falei, tentando aliviar o peso do momento.

Lucien riu, um som rouco e gutural, ecoando pelo peito que ainda pressionava minhas costas.

— Você está contando a história errada — provocou ele, com aquele sorriso malicioso se formando em seus lábios, os olhos escurecendo com um brilho perigoso. Virei-me para encará-lo, ele era tão feroz, tão belo naquele momento, que um pensamento sombrio tomou conta de mim: quem fugiria dele se estivesse encurralado assim? Eu não fugiria.

Pelo contrário, eu queria me entregar.

Com calma, levei minhas mãos até os braços dele, sentindo os músculos firmes sob a camisa de lã. Ele deu um passo à frente, respondendo ao meu toque, sabendo que eu queria mais. Nossos olhares se encontraram, e um sorriso travesso se formou nos meus lábios.

— Então, como a história deveria ser contada? — perguntei, provocando.

Ele me pressionou contra a porta, seu corpo grande me envolvendo completamente. Sua voz, carregada de malícia e desejo, soou baixa, quase um sussurro.

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