Ajeitei uma última mecha de cabelo atrás da orelha, me olhando no espelho e tentando disfarçar a ansiedade que tomava conta de mim. Eu estava animada para o encontro com Atlas, mas não conseguia ignorar a sensação estranha que pairava no ar ultimamente. Desde que os desaparecimentos começaram na cidade, tudo parecia um pouco fora do lugar, e sair de casa sem sentir um peso no peito era quase impossível.
Ao descer as escadas, encontrei meus pais na sala. Meu pai, Killian, me olhou com aquele olhar paternal preocupado de sempre.
- Então, vai sair com esse tal de Atlas, hein? - Ele cruzou os braços e franziu o cenho.
- Vou, pai, - respondi, tentando não revirar os olhos. Killian sempre foi protetor, mas nos últimos dias, parecia especialmente tenso.
Minha mãe, Emma, deu uma risadinha e colocou uma mão no ombro dele.
- Killian, relaxa. A driel já está grandinha, sabe se cuidar. - Ela piscou para mim, me passando um pouco mais de segurança.
- Eu sei, eu sei, - ele respondeu, mas não parecia completamente convencido. - Só estou dizendo... se ele tentar algo que você não goste, não hesite em usar aquele spray de pimenta que te dei. Um jato bem nos olhos dele e está resolvido.
- Pai! - protestei, rindo. - Ele é... Só um amigo, não um assaltante.
- É, bom, - ele murmurou, com um sorriso de canto de boca. - amigo ou não, eu prefiro saber que você está preparada para qualquer coisa.
- Ignore seu pai, querida. Só vai e se divirta. Mas me avise se for voltar tarde. - Emma riu e balançou a cabeça.
- Pode deixar, - garanti, pegando minha bolsa e me dirigindo para a porta. Enquanto saía, dei uma última olhada para eles, tentando absorver o sentimento de normalidade antes de me aventurar lá fora.
Ao sair de casa, inspirei fundo o ar fresco da noite, sentindo um misto de animação e nervosismo. As ruas de Storybrooke estavam movimentadas, com pessoas indo e vindo, casais passeando de mãos dadas, famílias saindo dos cafés e o som de risadas misturando-se ao murmúrio da cidade. Caminhei em direção ao cais, sentindo meus passos leves e a cabeça repleta de expectativa. Por mais que houvesse uma sensação estranha no ar ultimamente, eu estava determinada a aproveitar a noite com Atlas.
Quando cheguei ao restaurante, parei por um momento para olhar ao redor, tentando encontrá-lo. O cais tinha um charme especial à noite, com as luzes refletindo nas águas escuras do mar e o som das ondas batendo suavemente. Olhei para os lados, procurando por Atlas, mas ele não estava à vista. Foi então que ouvi um leve som de alguém limpando a garganta atrás de mim.
Me virei e lá estava ele, com um pequeno buquê de flores na mão, sorrindo. Eu não pude evitar sorrir de volta ao ver a expressão meio desconfortável dele, como se estivesse fora de sua zona de conforto.
- Pra mim? - perguntei, surpresa, estendendo a mão para pegar o buquê. - Desde quando você ficou romântico?
Atlas deu de ombros, o sorriso no rosto se transformando em uma expressão levemente sarcástica.
- Não se acostume. Isso só aconteceu porque achei que alguém deveria me ajudar a manter minha reputação, - brincou, enquanto fazia um gesto com a cabeça para eu entrar.
Entrei no restaurante, e ele me seguiu, me guiando até uma mesa ao lado de uma grande janela com vista para o mar. O lugar estava agitado, com garçons indo de um lado para o outro, casais conversando em voz baixa e o som suave de jazz tocando ao fundo. Era um ambiente acolhedor e ao mesmo tempo sofisticado, as luzes baixas criando uma atmosfera íntima e charmosa.
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Piratas em Neverland - Peter Pan
FanfictionDepois que Peter Pan foi Derrotado, Emma e Gancho tiveram uma filha chamada Galadriel, ou conhecida por seus dois apelidos como Filha do Gancho Driele. Ainda em StoryBrooke Galadriel tinha o sonho de viajar os mares iguais nos velhos tempos, porém K...