Os lobos de Lilith

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Narradora Pov

Eilish estava dormindo quando sentiu beijos em seu pescoço.

(Kort) - Bom dia meu amor.

Eilish sorriu se virando para Kort que beijou sua testa.

(Kort) - Dormiu bem?

(Eilish) - Dormi. E você?

(Kort) - Com você do meu lado? Claro! - Kort deu mais beijos em Eilish. - Eu vou tomar um banho e depois preparar o café, se quiser descansar mais um pouco eu te chamo na hora do café.

(Eilish) - Uhum. - disse abraçando Kort que riu.

(Kort) - Assim eu não vou conseguir nem tomar banho, nem fazer o café.

(Eilish) - Fica agarradinho comigo só mais um pouquinho.

(Kort) - Tá bom. - disse abraçando Eilish.

Depois de tomar banho, Kort deu mais um beijo em Eilish e foi preparar o café.

Eilish estava deitada de lado agarrada num travesseiro quando ouviu o som de vidro quebrando.

Num salto Eilish saiu do quarto e desceu as escadas para ver o que havia acontecido.

Entrando na cozinha, Eilish viu Kort de cabeça baixa apertando o mármore ofegante.

(Eilish) - O que houve? Você está bem?

(Kort) - Que dia é hoje? - Eilish engoliu seco. - Eilish!

(Eilish) - Segunda. - a resposta saiu num sussurro.

(Kort) - Segunda-feira? - perguntou baixo, então Eilish assentiu em silêncio. - Você está me dizendo que já se passou uma semana. - Eilish pressionou os lábios sem responder.

Kort se afastou da ilha de mármore e começou a tremer.

(Kort) - O que houve nesse tempo? - Eilish engoliu seco. - Eu fiz de novo?

Quando Eilish encarou o chão em silêncio Kort socou a mesa furioso.

(Kort) - Por que não me disse nada?

(ilish) - Não queria que você ficasse assim!

(Kort) - Eu preciso de um tempo pra esfriar a cabeça. Nao mexe em nada, fica longe da cozinha. Quando eu voltar eu limpo tudo.

Kort saiu da casa se transformando num lobo, então Eilish suspirou frustrada.

Ulisses estava com Elise trabalhando nas pesquisas dela quando Kort entrou na sala ofegante.

(Elise) - Quer que eu saia, ou...

(Ulisses) - Acho que eu vou parar o trabalho por hoje, se não for um problema para você.

(Elise) - Tudo bem, eu vou adiantar algumas pesquisas e amanhã nós continuamos aqui.

(Ulisses) - Certo.

Pov's Ulisses

Nós fomos ao meu chalé e ele se jogou na poltrona, eu já sabia o que ele ia dizer.

(Kort) - Eu fiz de novo. - ouvir aquilo me destruia.

Tanto por ele quanto pela Eilish.

(Ulisses) - Quanto tempo você ficou daquele jeito?

(Kort) - Dessa vez foi uma semana. Eu nunca fiquei assim por tanto tempo Ulisses! Normalmente são dois dias, no máximo três, mas uma semana?! Se aumentar mais eu não sei o que eu faço.

Kort esfregou o rosto tentando controlar suas emoções, mas foi em vão, logo ele estava desabando em lágrimas.

(Kort) - Eu tô cansado disso! Só de imaginar o que ela passou nas minhas mãos me deixa enjoado.

(Ulisses) - Olha, nós estamos tentando. Não sabemos como isso aconteceu, nem quem fez isso com você. Se fosse uma maldição comum minha mãe já teria resolvido, mas não é. Com certeza essa maldição foi fortalecida por algum totem ou algo do tipo.

(Kort) - E vamos fazer o quê?! Essa merda pode estar em qualquer lugar do mundo! Eu não posso deixar ela passando por isso por tanto tempo.

(Ulisses) - E se você mandasse ela ficar longe de você durante esses períodos? Assim ela não se machucaria e ficaria tudo bem. - Kort esfregou as palmas das mãos enquanto pensava.

(Kort) - Você pode fazer isso? - arregalei os olhos incrédulo.

(Ulisses) - Perdão?

(Kort) - Cuida dela Ulisses. Se deixar ela com você eu não vou poder machucá-la. Você tem poder para isso.

(Ulisses) - Eu não posso.

(Kort) - Eu sei que é pedir muito, mas se não for você eu posso machucar ela novamente. - disse desesperado. - Por favor, eu imploro. Você é como um irmão pra mim.

Mordi meu lábio inferior e suspirei.

(Ulisses) - Certo. - Kort respirou aliviado e me abraçou.

(kort) - Muito obrigado Ulisses! Eu vou ficar te devendo pelo resto da minha vida.

Respirei fundo tentando conter o meu estresse. Depois de um tempo contando tudo o que houve para ele durante os dias que ele esteve "inconsciente" por assim dizer, nos despedimos e Kort se foi.

Eu só esperei ele desaparecer na floresta para me jogar na poltrona pensando como eu conseguiria passar os dias morando com a mulher por quem eu sou apaixonado há anos.

Narradora Pov

Nieve estava conversando com um pica-pau em sua casa quando ouviu batidas em sua porta.

(Nieve) - Pode me dizer quem é? - perguntou ao pássaro que saiu pela janela e logo voltou para contar. - Muito obrigada.

Nieve se dirigiu até a porta e a abriu lentamente.

(Griffin) - Eu trouxe sua torta favorita, e alguns petiscos. Posso entrar?

Nieve sorriu antes de dar espaço para que Griffin entrasse na casa.

(Griffin) - Prefere comer na cozinha ou no chão da sala mesmo?

(Nieve) - Pode ser no chão da varanda também.

(Griffin) - Gostei, vai chamar o pica-pau pra se juntar a nós? - Nieve arregalou os olhos. - Eu vi que ele veio verificar quem estava na porta pra você. Eu sei que você não gosta de incomodar ninguém com os próprios problemas, mas você se manter trancada nessa casa não vai te fazer bem.

Nieve assobiou e o pica-pau se juntou a eles.

(Nieve) - Eu não estou mal, só estou cansada. - Griffin tirou a torta, algumas frutas e outros petiscos de sua bolsa.

(Griffin) - Nieve, eu te conheço desde que somos crianças. Você vivia na floresta, depois do que aconteceu você tem medo até de atender a porta. - disse entregando um pedaço de torta de frutas vermelhas para Nieve. - Não estou dizendo que ter medo é um problema, o problema é você não ter contado isso nem pro seu irmão.

(Nieve) - Como eu poderia fazer isso?! O Killian está cheio de problemas para resolver! Ele tem os grifos, tem o restaurante, tem o hospital e ainda tem a Skye!

(Griffin) - E eu?

(Nieve) - O quê? - perguntou sem entender.

(Griffin) - Eu tô aqui Neve. - Nieve riu com apelido.

(Nieve) - Já disse pra não me chamar assim.

(Griffin) - Não tem ninguém aqui, e eu prometi que só te chamaria assim quando não tivesse ninguém por perto e você não discordou.

(Nieve) - Eu bufei, e fui embora. Não disse que concordava.

(Griffin) - Você deixou para interpretação e assim eu interpretei.

(Nieve) - Okay, okay.

(Griffin) - Voltando ao assunto. Eu quero estar com você. Eu tenho bastante tempo livre e quero muito estar ao seu lado, eu quero te apoiar. Até você se sentir bem pra fazer as coisas sozinhas, ou não. Pra mim, com tanto que você esteja bem, seja comigo ou sem, já vai estar ótimo.

(Nieve) - Tem certeza de que você quer ficar me acompanhando de um lado pro outro?

(Griffin) - Será um prazer.

Continua