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Após uma noite mal dormida,Ekko acordou. Ele ficou em silêncio por alguns minutos, observando Jinx dormir ao seu lado. Seu rosto estava relaxado, os traços levemente mais suaves, ficou admirando ela pensando como ela estava na noite passada. Ele se levantou com cuidado, decidido a preparar algo para quando ela acordasse.

Na cozinha, enquanto a cafeteira fervia, Ekko pegou um copo e o encheu de leite, lembrando-se de que talvez fosse mais fácil para o estômago dela do que qualquer outra coisa. Preparou também um sanduíche simples, algo leve que ela pudesse comer sem se sentir mal de novo.

Depois de tomar seu café e colocar a mesa com o lanche para ela, Ekko ouviu passos leves. Jinx apareceu na porta da cozinha, os cabelos bagunçados e o rosto ainda sonolento. Ela olhou para ele, meio desconfiada, mas com um leve sorriso.

— O que é isso? — ela perguntou, apontando para o copo de leite e o sanduíche com um sorriso de canto, divertido.

Ekko deu de ombros, tentando disfarçar a preocupação.

— Eu achei que seria bom você comer algo leve, sabe... depois de ontem à noite e também um pedido de desculpas por ter falado que era culpa da sua alimentação.

Jinx revirou os olhos, mas não pôde esconder o leve rubor nas bochechas. Ela se sentou e pegou o copo de leite, tomando um gole. Ekko observava cada movimento dela, atento, mas tentando não parecer intrusivo. Ele sabia que Jinx não gostava que se preocupassem com ela, mas ele não podia evitar.

— Jinx... — ele começou, com a voz baixa, mas firme. — Acho que a gente precisa conversar sobre isso.

Ela suspirou, colocando o copo sobre a mesa e pegando o sanduíche. Mordeu um pedaço, mastigando lentamente, talvez para ganhar tempo.

— Conversar sobre o quê? — disse, tentando soar casual, mas a voz dela tinha uma hesitação.

— Você sabe sobre o que, Jinx. Isso tudo... — Ekko hesitou, procurando as palavras certas. — Não é normal. Esses enjoos, a sensibilidade, a fraqueza. Isso não é você. Alguma coisa tá errada, e você sabe disso.

Ela ficou em silêncio, o sanduíche esquecido entre seus dedos. O olhar dela era incerto, perdido em pensamentos que ela não queria compartilhar, mas que, de alguma forma, pareciam pesados demais para carregar sozinha.

— Eu... — Ela começou a falar, mas a voz saiu hesitante. — Eu realmente não sei o que tá acontecendo, Ekko. Nunca me senti assim antes.

Ele inclinou-se um pouco para frente, tentando fazer com que ela se sentisse confortável.

— Talvez seja hora de a gente buscar ajuda, sabe? — Ele sugeriu, com o tom mais suave possível. — Alguém que entenda o que pode estar acontecendo com seu corpo.

Jinx balançou a cabeça, desviando o olhar. Era difícil para ela aceitar ajuda, mesmo quando se tratava dele.

— E se for algo sério, Ekko? — ela murmurou, mais para si mesma do que para ele. — E se... eu não puder mais ser quem eu sou?

Ekko a observou, e naquele momento viu o medo em seus olhos. Ela não era alguém que costumava demonstrar medo, mas a ideia de algo tirar dela quem ela era realmente a abalava.

— Ei — ele disse, colocando a mão sobre a dela. — Você é quem você é, Jinx. Nada vai mudar isso. E, seja lá o que for, eu tô aqui.

Ela suspirou e, finalmente, permitiu-se relaxar um pouco. Tomou mais um gole do leite e continuou a comer o sanduíche, ainda sem muita convicção, mas agora com menos tensão.

— Tá bom... Mas só se você prometer que não vai ficar fazendo todo esse drama em cima de mim. — Ela tentou sorrir, voltando ao tom provocador de sempre, mas o olhar ainda guardava uma sombra de preocupação.

Ecos do passado- timebomb Onde histórias criam vida. Descubra agora