MILAGRES INESPERADOS PARTE 5

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Dois meses haviam se passado desde o dia que as crianças começaram a formar a banda, os ensaios eram diários e Valeria se dedicava a compor as músicas que a banda cantaria. 

A banda era formada por Giovanna, Bernardo, Pato, Roña e Lúcia e eles estavam muito animados pois cantariam na festa de Natal do orfanato. 

Georgina con sus energia contagiante ajudava se Ariel com a decoração e percebeu que Ariel parecia um pouco distraída. 

— Tá pensando no que Ariel?  

— Na banda, no quanto a Vale tá brilhando com suas composições, mesmo que elas doem tão parecidas com as composições da mamãe. 

— Deve ser uma coincidência. 

— Georgi, nos somos ymbrynes, sabemos melhor que ninguém que as coincidências não existem no mundo peculiar. 

Georgina que sabia o segredo de Valeria Rocio, buscou uma forma de desviar a atenção de Ariel, sabia que aquele não era o momento para revelar o paradoxo temporal que envolvia a Vale e Maria Cristina. 

Ariel lançou um olhar curioso para Georgina, mas decidiu não pressioná-la. Ela sabia que Georgina tinha o dom de esconder coisas quando achava necessário, mas também sabia que, eventualmente, tudo se revelaria no tempo certo. Ariel suspirou, voltando sua atenção para a decoração.

— Talvez você tenha razão, Georgi. Acho que estou pensando demais. — Ela tentou sorrir, mas a inquietação não a abandonava.

Enquanto isso, na sala de música, os integrantes da banda "Syndrigasts" ensaiavam com entusiasmo. Valeria, sentada em um canto com seu inseparável caderno de composições, observava os amigos com um sorriso. Giovanna, como sempre cheia de energia, comandava os vocais, enquanto Pato e Roña ajustavam os acordes de suas guitarras. Bernardo estava no teclado, e Lúcia, com sua voz doce, harmonizava perfeitamente com Giovanna.

— Essa música está ficando incrível! — exclamou Giovanna, animada. — Vale, como você consegue escrever coisas tão lindas?

Valeria deu de ombros, tentando parecer modesta.

— Acho que a inspiração vem de todos vocês. — Ela sorriu, mas havia algo em seu olhar que parecia distante, como se carregasse um peso que ninguém mais podia ver.

Os ensaios para a apresentação de Natal se tornaram um momento especial para todos. Era como se, através da música, eles pudessem esquecer temporariamente os desafios e os mistérios que envolviam suas vidas. Mas, para Valeria, cada nota tocada era um lembrete do segredo que ela guardava.

Enquanto isso, Georgina, preocupada com as palavras de Ariel, decidiu se afastar por um momento. Caminhou até o jardim do orfanato, onde o calor do verão começava a pintar o gramado com tons amarelados e as frutas começavam a surgir no pomar. Ela precisava pensar em uma forma de proteger Valeria e, ao mesmo tempo, evitar que Ariel seguisse com suas suspeitas.

— Maria Cristina... — murmurou Georgina para si mesma, olhando para o céu ensolarado. — Como posso guardar esse segredo por mais tempo?

Nesse momento, Tic Tac apareceu com um gorro vermelho de papai Noel. 

Georgina sorriu ao ver o guardião. 

— Reloginho!!! Tu quer me matar de susto???

— O que tá acontecendo? 

— Eu tô com um caminhão de flikitis entalado e a Ariel tá começando a desconfiar do paradoxo temporal, não sei se vou poder continuar guardando isso por muito tempo. 

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