Capítulo 4

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Quando acordei, Carlos já não estava mais em casa. Dany estava com um sorriso de orelha a orelha no café da manhã.
Saí e fui direto para a escola. Eduardo estava meio triste ainda. Eu tinha que fazer alguma coisa.
Durante a aula, Alan me enviou o horário da nossa viagem. Reenviei para os outros e o dia passou normalmente.
Lí estava muito animada com tudo. Eduardo e eu nos beijamos algumas vezes, mas ele estava triste. Fui para o jornal e ele seguiu para a casa dele.
Fiz aquilo que tinha que fazer no jornal e em seguida fui para o estacionamento. Fiquei pensando em como ajudar o Eduardo.
Pensei por alguns minutos e tive uma ideia. Falaria com o Henry, o filho da Ana. Ele deve saber onde ela está.
Segui para a clínica.
- Boa tarde!- Falei para a recepcionista.-

- Boa tarde Senhor, em que posso ajudá - lo.- Ela disse com a educação que toda recepcionista tem.-

- Eu vim falar com um funcionário. Com o Henry. Ele está?

- Só um instante.- Ela começou a mexer no computador.- Sim, ele está. Mas está ocupado.

- Por favor, é urgente. Preciso muito falar com ele.

- Sinto muito, mas eu não posso. São regras.- Eu bufei.-

- Para toda regra há uma exceção.- Disse.-

- Para essa não há.- Ela falou voltando sua atenção para o computador.-

- Eu não queria fazer.- Disse e ela me olhou rápido... Assustada.-

- Isso o quê?- Ela perguntou -

- Eduardo Moraes disse que eu podia vir, mas pelo visto ele estava enganado. Uma pena que vou ter que reclamar como fui tratado aqui.- Virei rápido.-

- Espere Senhor.- Ela disse e eu ri antes de voltar minha atenção a ela novamente.-

- Sim?

- Há uma exceção.- Ela disse pegando o telefone.- Qual o seu nome?

- Dreuh Martins.

- Alô? Enfermeiro Henry, aqui tem um senhor chamado Dreuh Martins querendo falar com você. O que eu digo?... O.k.- Ela desligou.- Ele pediu para você esperar.

- Obrigado. Tudo acaba bem quando está bem.- Disse e sentei na sala de espera.-

Depois de uns cinco minutos, ele apareceu na minha frente.
- Oi.- Ele disse e eu levantei.-

- Oi. Desculpa incomodar você. Mas eu preciso muito falar com você.

- Claro.- Nós saímos da clínica e fomos para uma panificadora.-
Fizemos nossos pedidos. Eu estava morrendo de fome.
- E então? O que aconteceu?- Ele perguntou.-

- Bom, talvez você não queira me ajudar. Mas ao Eduardo sim, não é?- Perguntei e ele tomou um gole do seu café.-

- Sim, Eduardo é como um irmão para mim, eu sempre vou ajudá - lo se eu puder, mas e aí, o que aconteceu com ele?

- Ele está sofrendo muito pela ausência da sua mãe. Ele disse que ela completou ano ontem, e ele chorou por não estar ao lado dela.

- Sinto muito. Também não faço a menor ideia do que fez minha mãe sair da casa dele. Ela já ia completar dezeoito anos que trabalha lá.

- Se ele a ver. Ele ficaria muito bem. Você pode marcar um encontro.

- Não sei Dreuh, ela disse que quer se distanciar de todos daquela casa.

- Mas por quê?

- Não sei.- Ele me olhou triste.-

- Por favor. Eles conversam e vemos no que vai dar.

Aceitando ser assim(Conto Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora