O dia seguinte passou lentamente. Eduardo e eu nos falamos algumas vezes. Lí não foi à escola, teve que viajar à trabalho.
Minha cabeça estava a mil. Hoje seria a cirurgia da minha mãe. Cheguei em casa, me arrumei rapidamente e Rodrigo e eu seguimos até minha antiga casa.
Carlos abriu a porta. Entramos e esperamos Dany terminar de ficar pronta.
- Eu fico feliz que vocês estejam se dando bem.- Carlos falou.-- Eu também.- Disse. Ficamos em silêncio.- Você tem falando com Kauã e Isa?
- Já faz alguns dias que não falo com eles, por quê?
- Nada. Só acho que eles estejam me evitando.
- Não é isso. Eles só estão passando por um momento difícil. É só isso.- Meu celular tocou, era o Kauã.- Oi Kauã.- Carlos me olhou.-
- Oi. Sinto muito por tudo e principalmente por sua mãe.
- Obrigado... Acho que já falei isso um milhão de vezes. Mas obrigado.- Eu ri de leve.- E como anda as coisas por aí?
- Seguimos o seu conselho. Até o momento está funcionando. Isa sai com umas meninas e eu com uns meninos. Em casa nos tratamos bem. Acho que vai rolar.
- E o bebê?
- Bem, Isa e eu pensamos bem e vamos deixá - lo sob cuidados do meu pai durante o dia e voltaremos a estudar.
- Ele já sabe disso?
- Ainda não.
- Quer dizer para ele agora?
- Claro.
- Kauã quer falar com você.- Entreguei meu celular a ele.-
Carlos saiu da sala restando apenas Rodrigo e eu.
- Estou nervoso.- Confessei.-- Eu também.- Ele disse.-
- Estou pronta.- Minha disse e veio descendo as escadas.- Vamos?
- Carlos está falando ao telefone.- Dois minutos depois, Carlos voltou à sala.-
- Prontos?- Concordamos.-
Seguimos até à clínica.
Dany se preparou para a cirurgia e logo segui para a sala.
Rodrigo e eu ficamos apriensivos.
Meia hora de cirurgia já havia se passando e nenhuma notícia. Levantei.
- Preciso tomar um pouco de ar.- Disse saindo.-
Cheguei ao lado de fora e a rua estava movimentada.
Eu não aguentei e começei a chorar. Eu não queria perder minha mãe. Não queria.
Começei a andar de um lado para o outro. Estava inquieto.
- Dreuh?- Escutei a voz do Eduardo. Olhei para frente e era ele mesmo.-- Pensei que não viria.- Corri e o abraçei. Ele retribuiu.-
- Eu não te deixaria sozinho nesse momento.
- Obrigado.- Disse.- Estou com medo.
- Vai ficar tudo bem. Você vai ver.- Ficamos abraçados por alguns minutos e depois entramos na clínica. Carlos já estava na recepção pelo visto não aguentou ficar mais na sala de cirurgia.-
Sentamos e continuamos a esperar.Meia hora depois...
Uma hora já tinha se passando. Meus nervos estavam à flor da pele. Os ossos dos meus dedos já deveriam estar quebrados de tanto eu estalar.
Um homem todo de branco saiu por uma porta. Carlos levantou e logo em seguida todos levantamos.
- E então?- Carlos estavam impaciente, assim como todos nós.-- No momento o que posso dizer é que ocorreu tudo bem na cirugia. Mas somente com os tratamentos é que saberemos mais.- Sentei de alívio.- Ela precisa descansar e não pode receber visitas agora.- Ele disse e saiu.-
- Dreuh, você precisa descansar também.- Rodrigo falou.-
- Eu quero estar aqui quando ela puder receber visitas.
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Aceitando ser assim(Conto Gay)
DiversosSegundo Livro: Dreuh Martins, passou por poucas e boas. Foi enganado e confiou em quem não devia. Ele foi culpado por tudo o que aconteceu no passado e mais uma vez, ele foi parar em uma cama de hospital, só que dessa vez, tudo indicou sua morte. "O...