Capitulo 18

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Diogo parecia realmente bem tenso pelo o que ia falar. Eu estava com medo da verdade, mas queria ela a todo custo. Não fazia ideia do que ele poderia me dizer, e isso, já estava me deixando louco.
- Não vou enrolar mais você.- Ele disse.-

- Já estava na hora.- Ele suspirou.-

- Sua mãe e eu éramos mais que amigos naquela época.

- Vocês eram namorados? Isso não é nada.

- Nós não éramos namorados. Sua mãe... Sua mãe era garota de programa.- Ele falou de uma vez.-
Senti como se uma jiboia apertasse minha garganta, pois parecia que um nó estava se formando.
Sua mãe era garota de programa.
Sua mãe era garota de programa.
Sua mãe era garota de programa.
A voz do Diogo ficou vagando em minha cabeça. Como assim? Do que ele estava falando?
- Eu sei que é difícil de acreditar.- Ele prosseguiu.- Mas infelizmente essa é a verdade.

- Por que quis me falar isso agora?- Perguntei depois que pude fazer com que as lágrimas parassem de querer sair.-

- Eu até não queria contar mais, mas você insistiu. Desculpas.- Ele olhou para baixo.- Quando sua mãe e eu nos conhecemos, pouco tempo depois ela engravidou.

- O que está querendo dizer com isso?- Já não aguentava mais segurar as lágrimas.-

- Dreuh, eu posso ser seu pai.

- O quê?- Gritei alto.- Você está louco. Eu já tenho um pai. O que deu em você Diogo? Por que tudo isso agora? O que você ganha me fazendo ficar confuso?

- Eu não queria deixar você assim. Mas analisa meu lado. Eu posso ter um outro filho. O mínimo que eu queria, é que ele soubesse disso.

- Essa está sendo a pior noite da minha vida. Você não é meu pai. Meu pai é o Rodrigo, não você. Essa brincadeira não tem a menor graça.

- Mas não é brincadeira Dreuh.

- Para mim é.- Saí rápido da cozinha e entrei na sala.-
Eduardo estava conversando com Daví e Alan. Lilian estava olhando fixo para a tevê.
- Vamos Eduardo.- Falei chamando a atenção de todos.-

- O que aconteceu?- Lilian perguntou levantando.-

- Você deve saber muito bem.- Disse seco. Ela me olhou e foi direto para a cozinha.-

- O que aconteceu amor?- Eduardo perguntou.-

- Em casa conversamos, agora vamos.- Começei a andar e ele me seguiu.-
Depois que passei do portão principal, começei a chorar de novo.
Dessa vez Eduardo estava dirigindo.
Minutos depois entramos no nosso apartamento e eu fui direto para o banheiro. Demorei o máximo que pude, quando saí, Duda estava dormindo de bruços. Ele usava somente uma cueca branca que dava um maior volume à sua bunda.
Coloquei uma cueca preta e me deitei ao lado dele. Demorei tanto no banho que ele acabou dormindo.
Começei a passar a mão nos cabelos dele.
Deitei olhando para o teto.
Depois de algum tempo, desliguei o abajur. O quarto ficou totalmente escuro.
- Vem cá.- Eduardo sussurrou e me puxou de leve. Coloquei minha cabeça em seu peito.- Eu te amo.- Ele disse e me deu um beijo na cabeça.-

- Eu te amo.- Falei e fechei os olhos.-
Nossa, como eu o amava. Não queria que nada e nem ninguém atrapalhasse a nossa relação.

Na manhã seguinte, acordei primeiro que ele. Tomei banho e fui para a cozinha. Preparei todo o café da manhã.
Algum tempo depois, Bianca e a amiga dela entraram rindo e arrumadas para irem à escola.
Elas tomaram café e seguiram para a sala. Eduardo apareceu no meu campo de visão. Ele já estava pronto, mas ainda continuava com uma carinha de sono.
- Bom dia!- Ele me olhou um pouco sério e sentou.-

Aceitando ser assim(Conto Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora