Meu mundo está caindo. É isso. Só pode ser isso. É quase inacreditável o que estou vendo. Minhas pernas fogem por um instante do meu controle, mas eu preciso caminhar. E é isso que eu faço.
Meu coração está palpitando. Minha vontade é de me enterrar.
Eduardo e André estão se beijando. E o mais inacreditável é que Eduardo parece estar gostando.
- Parabéns!- Digo. Os dois me olham. Eduardo tenta abrir a boca, mas não consegui.- Nem tente se explicar. Nada que você diga vai mudar o que aconteceu aqui. Você me traiu.- Olhei para o André. Ele dá um pequeno sorriso. Deve estar muito contente pela sua conquista. Eu poderia dar uma bela surra nele, mas não. Se o Eduardo prefere ele do que a mim, tudo bem, eu aceito.- Você conseguiu o que tanto queria.- Dou as costas e começo a andar.-
Lí segura meu braço mas me desvencilho dela.
Saí sem direção pelas ruas da cidade. A única coisa que sei, é que quero ficar longe do Eduardo. E por conta disso, voltar para casa, não é uma opção.Eduardo
Eu não sei bem o que está acontecendo. Só sei que tem uma pessoa me beijado. Acho que é o Dreuh, acho que mais ninguém teria motivo para me beijar.
Essa noite a boca dele está muito diferente. Há algo de diferente nele.- Parabéns!- Ouço uma voz muito semelhante a do Dreuh, fiquei muito curioso e decidi olhar. Quando percebo que de fato é o meu Dreuh, meu mundo congela. Eu tento abrir a boca, mas não consigo.- Nem tente se explicar.- Ele diz.- Nada que você diga vai mudar o que aconteceu aqui. Você me traiu.- Tive vontade morrer ao ouvir isso. Ele olhou para o André.- Você conseguiu o que tanto queria.- Deu as costas e começou a andar.-
A Lí tenta segurá - lo, mas ele consegue se soltar. Me movo para segui - lo, mas alguém segura meu braço. Olho rápido para trás e é o André. Uma raiva toma conta de mim e o empurro, mas ele não chegou a cair no chão.
- A culpa disso é sua.- Toda a bebida que eu consumi durante a noite foi embora. De uma hora para outra eu fiquei sóbrio.-- Eu não forçei você a me beijar.- Ele gritou. A música estava alta.-
- Você...- Passei a mão nos cabelos.- Eu te odeio André. Eu pensei que você quisesse ser apenas meu amigo, mas não.- Bufei.- Que raiva! O Dreuh estava certo, esse tempo todo você estava planejando isso.
- Eu não planejei nada. Você está me ofendendo.
- É claro que planejou. Você sabia que meu namorado estava aqui.- A música diminuiu gradativamente. O fluxo de pessoas já havia diminuído.-
- Na boa Eduardo, depois do que você fez aqui, não creio que o Dreuh seja seu namorado ainda.- Lí falou.-
- Eu sei disso.- Estava inquieto.- O que eu faço?- Gritei.- Eu vou atrás dele.- David me parou.-
- Cara, na boa. Deixa ele esfriar a cabeça.- Ele disse.-
- Eu não posso deixar ele sozinho. Aqui é perigoso.
- Tenta ligar para ele.- André disse. Eu não queria ouvi - lo, mas ele tinha razão.-
Quando peguei o celular, havia uma mensagem. Abri rápido e era dele.
"tô muito decepcionado cm vc. acabou tudo. Ñ me espere mais. Te odeio."
Soltei o celular. Sentei de uma vez no chão, não me importava que as poucas pessoas que estavam ali, estivessem vendo.
- O que houve?- Lí perguntou desesperada.- Aconteceu alguma coisa com ele?- André pegou o celular.-- Ele acabou tudo.- Ele falou de uma vez.-
- Eu já imaginava.- Lí disse e eu começei a chorar.-
- Vamos sair daqui.- David falou.-
- Eu também concordo.- André falou.-
- Não!- Gritei.- Eu nunca mais quero te ver. Vai embora André. Nós nunca vamos poder ser amigos.- Ele me olhou sério e depois saiu.-
Lí e David me levantaram. Saímos.
- Você não aguenta dirigir.- Lí disse.-
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Aceitando ser assim(Conto Gay)
De TodoSegundo Livro: Dreuh Martins, passou por poucas e boas. Foi enganado e confiou em quem não devia. Ele foi culpado por tudo o que aconteceu no passado e mais uma vez, ele foi parar em uma cama de hospital, só que dessa vez, tudo indicou sua morte. "O...