Senti um arrepio da ponta dos pés, até a cabeça. Depois uma formigação. A formigação que só sinto quando o Eduardo me toca.
Abri meus olhos devagar e vi ele ao meu lado na cama.
Passei as mãos pelo rosto. Pensei que fosse uma ilusão, mas não era.
Sentei e ele segurou a minha mão.
Ele estava ao meu lado e eu poderia sorrir, mas não podia. Nossa conversa seria decisiva.
- Nós...- Eu começei mais ele colocou o dedo na minha boca.-- Shiiii!- Ele disse.- Eu te amo!- Ele sussurrou mordendo a minha orelha. Meus pelos se arrepiaram.-
- Eu te amo!- Disse a ele.-
A boca dele percorreu todo o meu rosto, até chegar a minha. Nós nos beijamos suavemente e fomos acelerando. Nos beijamos por uns cino minutos.
- Nós...- Eu estava sem fólego.- Nós precisamos conversar.- Eu disse e consegui me levantar.-
Ele ficou me olhando. Peguei meu celular e já passava das dez.
- Eu sei.- Ele disse levantando.- Não pode ser amanhã?- Não. Tem que ser agora.- Eu sentei na cadeira e ele na cama.- Eu não tenho uma maneira mais suave, eu não sei que tipo de eufemismo eu poderia utilzar para te dar essa notícia.
- Você quer terminar comigo?- Talvez ele queria terminar comigo depois que eu diga a verdade.-
- Não.- Suspirei.- Eu...- Olhei para os lados e depois voltei minha atenção a ele.- Eu... Eu te traí.- Disse e ele arregalou os olhos.-
- O quê?
- Eu te traí.- Disse levantando. Minha voz estava pesada e eu estava me controlando para não chorar.-
- Com quem?- Ele não estava alterado. Ele continuou sentado. Não parecia nervoso. Sua voz estava normal. Firme como sempre.- Você vai me dizer com quem foi?
- Se eu disser, você nunca mais vai querer ficar comigo. Eu sou um doente. Você vai sentir nojo de mim.
- Espera aí, você ficou com o seu pai?- Como ele conseguiu ligar as coisas tão rápido.- É isso?- Concordei. Agora ele levantou.-
- Se você não quiser mais ficar comigo, eu vou entender. Ninguém merece uma traição. Ninguém.- Eu disse. Ele me encarou e depois ficou de frente para a porta do quarto e de costas para mim.-
- Era só isso que você tinha para me falar?
- Sim. Infelizmente era só isso.
- Você ama o seu pai?- Ele me olhou com os olhos marejados.-
- O amo como pai, não como amo você. Eu só senti vontade de beijá - lo.
- Eu também tenho uma coisa para te falar.- Eu suspirou. Estava preparado para ouvir:"não existe mais nós."- Eu também te traí.- Ele parecia falar a verdade.-
- Você está falando sério?- Ele concordou.- Com quem?
- Com o Leandro... Meu primo.- Ele virou de costas.-
Eu não esperava escutar essas palavras saírem da boca dele.
Sentei na cama e ele continuou imóvel.Eduardo
Chegamos na casa da minha avó, e ela estava muito feliz por nós estarmos lá. Passava das oito e ela insistiu para que tomássemos café da manhã com ela.
Sentamos. Ela vivia sozinha, meu avó morreu há anos.
Terminamos às nove e eu fui direto para o sofá. Meus pais ficaram na cozinha e Bianca foi brincar na rua.
"Queria tanto estar aí com você."
Eu enviei para o Eduardo."Eu também queria muito que você estivesse aqui comigo." Ele respondeu. A campanhia tocou e minha avó foi abri - la.
"Nós praticamente acabamos de chegar e só vamos voltar na segunda à noite." Compartilhei com ele o que minha avó queria, e meus pais acabaram cedendo.
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Aceitando ser assim(Conto Gay)
RandomSegundo Livro: Dreuh Martins, passou por poucas e boas. Foi enganado e confiou em quem não devia. Ele foi culpado por tudo o que aconteceu no passado e mais uma vez, ele foi parar em uma cama de hospital, só que dessa vez, tudo indicou sua morte. "O...