Capítulo 24

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Eduardo
- A essa hora o Dreuh já deve ter chegado.- Disse para mim mesmo.-
Já estava próximo ao prédio que ele mora. Estava com muitas saudades dele.
Subi o elevador e me aproximei do seu apartamento.
Achei estranho a porta estar aberta. Entrei devagar.
- Ai meu Deus Dreuh!- Corri quando vi ele jogado no chão.-
Bati de leve no rosto dele, e ele acordou.
- O que aconteceu?- Perguntei.-

- Alguém me bateu.- Ele disse.-

- Vem, eu te ajudo.- Levantei ele do chão.-
O deixei sentado no sofá e fechei a porta.
- Tem ideia de quem fez isso com você?- A única reação dele foi balançar a cabeça em sinal negativo.- Está sentindo dor?

- Um pouco.- Me aproximei.- Pediram para eu parar de procurar.- Ele me olhou desesperado.-

- Você acha que foi aquele homem?

- Não sei. Eu só estou com medo.

- Não precisa ter, eu estou com você.- Abraçei ele.-
Ele tomou um banho e deitamos agarradinhos.
- E então, quais as notícias?

- Nenhum deles é meu pai.

- Que pena.

- Resta fazer o exame com o Diogo.

- Você não quer que ele sejá seu pai, não é mesmo?

- Não. Eu não tenho nada contra ele, gosto dele como um amigo. Só não consigo ver ele como um pai.

- Se não for ele, vai ser bem mais difícil.

- E como vai. E você, o que descobriu com o André?

- O que já suspeitávamos. Foi ele quem enviou mensagem para mim. E... Sim, teve uma pessoa que pediu para ele acabar com o nosso namoro.

- Quem foi? Ele disse?- Levantei.- Ele disse?

- Sim.- Olhei para baixo.- Foi sua mãe.

- Minha mãe?- Ele gritou.-

- Foi.

- A Dany passou dos limites. Eu vou falar com ela.- Ele pareceu ligar as coisas muito rápido.- Foi ela quem mandou?- Ele concluiu sem pensamento.- Se ela mandou André atrapalhar nosso namoro, com certeza ela mandou essa pessoa misteriosa vir aqui.-

- Eu não tenho certeza.

- Mas eu tenho.

- Vamos deixar isso para depois, tenho um assunto mais importante agora.- Tirei uma caixinha de veludo do meu bolso.-
Antes que eu pudesse falar alguma coisa, os olhos dele já estavam cheios d'água.
- Nós já passamos por muitas coisas juntos. Nosso primeiro encontro foi muito louco, mas ainda assim, você aceitou ficar comigo e eu seria louco se não reconhecesse isso. Nesses últimos meses, eu pude perceber que minha vida sem você, não é mais vida. Nenhuma palavra nesse mundo é capaz de expressar o tamanho do amor que sinto por você. Desde a primeira vez que te vi, eu me apaixonei... Dentre esses meses, eu me apaixonei diversas vezes, e todas, absolutamente todas, foi por você. Só por você. Porque é você que eu respiro Dreuh. Você ocupa todos os meus pensamentos. E é por isso, que agora eu quero saber...- Abri a caixa. Nós dois já estávamos chorando.- Dreuh Martins, você quer casar comigo?- Ele levantou lentamente.-

- Eu...

- Eu sei.- Interrompi ele.- Nós somos muito jovens, mas eu sei que o que eu mais quero é casar com você. Eu prometo te fazer feliz todos os dias e sempre dizer a você que te amo. Te amo muito.- Ele me beijou.-

- Eu só ia dizer que é o que eu mais quero.- Ele riu e me deu alguns selinhos.- Eu te amo.- Ele secou minhas lágrimas.- E só de saber que você vai acordar ao meu lado, prova o tamanho do seu amor por mim.- Ele riu.- Eu quero muito casar com você... É o que eu mais quero.

Aceitando ser assim(Conto Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora