Cap. 21 - Correndo contra o tempo

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— Sua voz está estranha, tem certeza que está tudo bem, Vince?

— Está sim, Savy. — Minto com mais facilidade do que se estivesse olhando em seus olhos. — Só estou um pouco cansado, só isso.

— Você realmente soa cansado. Aqueles gigantes não estão te dando uma folga, não é?

— Não, tenho trabalhando como um louco.

— Mas é o seu sonho, então vale a pena.

— É, acho que sim. Mas como está tudo por aí em Wills Point?

— Tudo ótimo. — Savannah responde e posso sentir o sorriso em sua voz.

— Como está a minha garota?

— Se o Justin ouve você falando assim dela, ele arranca sua cabeça fora.

— Eu sei, é por isso que eu falo. — Respondo dando uma risada fraca e breve.

— Jessy está bem, ela e Justin foram cavalgar.

— Cavalgar? Ela não é pequena demais para isso?

— Ela já está com três anos, Vince. Nossa, como o tempo passa! Enfim, Jessy está louca depois que Justin lhe deu um pônei de presente, ela o faz leva-la para cavalgar todo dia.

— E ele vai se reclamar, certo?

— Com certeza, nunca vi um pai tão coruja como Justin. Eu digo para ele se controlar ou ela vai acabar ficando mimada demais, mas quem disse que ele me ouve? Ele faz qualquer coisa pela princesinha dele. E quando não é ele são meus pais ou os pais de Justin.

— Jessy tem muita sorte por ter nascido em uma família cheia de amor, e principalmente por ter você como mãe.

— Obrigada, Vince, faço o que posso. — Ela ri e eu agarro o telefone com mais força. Sua risada me lembra do meu tempo em Dallas, todas as besteiras e as coisas boas que aconteceram por lá. — Você tem que vir nos visitar qualquer dia desses.

— Tem certeza? — Levanto a sobrancelha, mesmo que ela não possa ver.

— Eu sei o que você está pensando, mas prometo que Justin vai se comportar.

— Não tenho tanta certeza, ele ainda acha que eu quero você de volta, não é?

— Bem, ele é...ele é o Justin, então você já sabe como é.

— Sim, eu sei, ciumento até os ossos. — Digo e Savannah ri. — E os gêmeos, estão com o que, um ano?

— Um pouco mais de um ano, na verdade. Eles estão tirando um cochilo, como dormem esses meus meninos. — O carinho na voz de Savannah é palpável mesmo há mais de 2 mil quilômetros de distância. E eu fico feliz por ela, feliz que mesmo depois do que eu fiz e de todas as dificuldades, ela e Justin estão finalmente felizes.

— Você está feliz, não é? — Pergunto.

— Mais do que feliz, amo minha família e meus amigos, não poderia pedir mais do que isso.

— Que bom, Savy, você merece.

— E você?

— Eu o que?

— Está feliz? Vivendo o seu sonho e tudo o mais.

— É, eu não...eu não diria que estou feliz, esse não é o meu melhor momento.

— Como assim, o que aconteceu?

— Não é nada, deixa pra lá.

— Claro que não, você acabou de me dizer que não está feliz. Algo deve ter acontecido, o que foi?

Paixão em Jogo         (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora