ELLA
Estou pronta para colocar a comida congelada no microondas quando ouço alguém batendo na porta. Estranho, não deixei ninguém subir.
Assim que abro a porta tenho uma surpresa. É Vince que está parado na minha frente.
— Antes que você bata a porta na minha cara, saiba que eu trouxe uma oferta de paz. — Ele diz e então abre a caixa de pizza que carrega em suas mãos e que eu não havia notado antes por causa do meu choque ao vê-lo parado na minha porta.
Olho para o conteúdo da caixa, é uma pizza de chocolate preto e branco. Pequenos pedaços de morango formam a palavra perdão no centro.
Tento segurar, mas um pequeno sorriso se forma no canto dos meus lábios. Devo me considerar sortuda já que parece que ele reconsiderou a ideia de sermos amigos. Decidi que vou aceitar o que ele tem para me oferecer.
— Sorte sua que chegou bem na hora. Ou eu aceito as suas desculpas ou como algo congelado. Então entre. — Digo pegando a pizza de suas mãos. Vince sorri e passa por mim.
— Precisamos conversar. — Ele diz, colocando as mãos nos bolsos da calça jeans.
— Depois. — Eu peço. Não quero ouvir agora que ele não me ama e que eu não devo ter esperanças e que a sua amizade é tudo o que eu posso ter.
— Primeiro vamos comer. — Dou um sorriso fraco, sei que estou apenas adiando o inevitável.
— Tudo bem. — Ele concorda. — Mas antes de qualquer coisa, eu preciso me desculpar pelo modo que eu te tratei. Eu não deveria ter te expulsado daquele jeito, espero não ter te machucado.
— Está tudo bem, não machucou. — Não fisicamente pelo menos. — Chris está na sala assistindo desenho, ele vai ficar feliz em te ver.
— Ótimo. — Vince abre um sorriso enorme. — Vou ir ver como ele está.
Vou até a cozinha e pego dois pratos no armário. Coloco um pedaço de pizza em cada um, pego os talheres e alguns guardanapos e sigo para a sala. Ao chegar na porta, paro e observo, Chris está agachado e Vince está ao seu lado, brincando com ele enquanto um desenho infantil passa na TV.
Sorrio. Sempre que vejo os dois juntos sinto um calor gostoso em meu peito.
Aproximo-me e deposito os pratos na mesinha de centro. Vince olha para mim e sorri.
— Ele está tão grande.
— Ele tem crescido rápido, e eu não gosto disso. — Digo e ele ri.
— Você gostaria que ele fosse desse tamanho para sempre, não é?
— Às vezes eu me pego pensando no quanto eu não quero que ele cresça, então percebo que estou me adiantando. Eu ainda tenho muito tempo para curtir ele assim, pequeno.
Vince se levanta do chão e vem se sentar junto comigo no sofá, assim que Chris percebe que ele perdeu seu companheiro de brincadeira, começa a resmungar.
Ele pega um dos seus bonecos e caminha até Vince, ele ainda é meio desajeitado e medroso com relação a andar, ele odeia quando cai por isso reclama quando eu o faço andar.
— Brinca. — Ele joga o boneco no colo de Vince e diz com a sua vozinha fina.
— Vince vai comer agora, meu amor. Depois ele brinca com você. — Digo devolvendo o seu boneco.
— Brinca, brinca. Vinci, brinca. — Ao ouvir suas palavras, Vince e eu nos olhamos assustados.
— Ele acabou de dizer o meu nome! — Vince abre um sorriso enorme. — Chris, você sabe quem eu sou?
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Paixão em Jogo (Livro 5)
RomancePROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS! Livro cinco da Série da Paixão.