Capítulo 7

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Nanda

Estávamos no carro em direção a escola, Bya estava calada, mas tive a impressão de que tomava coragem para falar, resolvi puxar assunto.
- Bya esta gostando do meu país?
- Sim claro é lindo, eu nunca tinha saido de casa eu e o Bruno vivemos presos, o papai me evita mas o Bruno não tem essa sorte, mas sei que sou pro meu pai apenas um instrumento para, obrigar o Bruno a fazer o coisas horríveis, se não fosse ele não sei o que seria de mim.
Fiquei horrorizada com suas palavras, como uma criança já conhecia tanto sofrimento.
Mas de repente o seu rostinho triste deu lugar a um sorriso.
-Nanda é verdade que aquela cicatriz que o Bruno tem na sobrancelha foi você que causou?
Deu uma gargalhada eu não tinha reparado, e agora estava louca para reve-lo, na hora lembrei que aquele homem lindo tinha mais para adimirar. Ficou maluca Nanda! Me recriminei em pensamento é melhor me concentrar na Bya.
-Sim eu estava com muita raiva ele me irritava de mais, ai teve um dia que perdi a cabeça. Como me arrependo disso.
Ela sorriso é fez uma pergunta clássica de todas as crianças.
- Já estamos chegando?
- Sim querida.
Era verdade depois de auguns minutos já tínhamos estacionado o carro e entrado na escola, no campo havia umas trinta meninas a minha espera, Bya fez amizade de imediato, durante o treino e pude perceber que ela tem talento para para esporte, ela se saio muito bem apesar de ser a primeira vez que jogava. Nos divertimos muito e acabamos extrapolando na hora.
Já era noite e tínhamos que voutar assim que comecei a dirigir Bya adormece e quando chegamos tive que entrar em casa com ela nos braços.
Assim que entrei na sala vi que tinha um grupo a minha espera, Bruno estava em pé visivelmente impaciente, Jenne e Daniel estavam sentados no sofá conversando.
- Nossa como vocês demoraram? Eu estava preocupado.
- Desculpa quando eu estou no treino eu esqueço da hora.
Bruno pegou a Bya dos meus braços e entregou para o Daniel.
- Leva ela pra mim?
- Claro.
Jenne se levantou e acompanhou Daniel até o segundo andar, e eu e o Bruno ficamos sozinhos.
- Desculpas eu não queria preocupar-lo.
- Tudo bem é que eu não estou acostumado a ficar longe dela.
- Ela é incrível e tem talento com a bola.
Bruno sorrio orgulhoso e me lembrei de reparar a cicatriz e ela deixava ele ainda mais charmoso. Me aproximei e coloquei a não por cima da cicatriz.
- Nunca tive a oportunidade de pedir desculpas. Ele segurou a minha mão e me olhou nos olhos.
- Tudo bem afinal eu merecia.
Rimos juntos. Fiquei constrangida ao notar que Jenne nos observava da escada.
- Nanda acabaram de me ligar e chegou mais um grupo de refugiados eles chegaram por mar e o estado deles é grave estão muito desidratados.
Fiquei preocupada, essa situação está ficando insustentável.
- Meu Deus! Essas pessoas estão se arriscando de mais e o pior é que não temos mais como receber ninguém, Bruno você precisa fazer alguma coisa.
Bruno disse cabisbaixo.
- Sinto muito não posso fazer nada.
Fiquei furiosa.
- Como assim não pode fazer nada?
- Você tem ideia do que meu pai faria com essas pessoas se soubesse.
- Tem razão, bem passou pela minha cabeça.
Ele segurou a minha mão.
- Por favor receba essas pessoas, eu prometo arcar com todas as dispersas, por favor. Essa situação não vai durar mais tempo.
Eu não podia negar esse pedido, mas o que ele queria dizer com isso, tenho que me lembrar de perguntar depois.
- Tudo bem, agora eu vou tomar um banho e resolver esse problema.
- Eu vou com você.
Jenne deu um sorriso maliciosos eu sabia que ela soltaria uma se suas pérolas.
- O banho ou o problema? Desculpa eu não resistir.
Ela ria e eu fiquei tão envergonhada que minhas bochechas ficaram vermelhas, preferi não comentar.
- Bruno acho melhor que você não vá, acho que as pessoas não vão te receber bem.
- Você tem razão, então eu vou subir, obrigado por tudo.
Foi ai que notei que ainda segurava a mão dele, fiquei com uma sensação estranha depois que ele soltou.
Bruno subiu as escadas e Jenne veio me cutucar.
- Vocês dois em?
- Não é nada disso que está pensando. Jenne cruzou os braços.
- Sei? Anda vamos resolver a situação dos refugiados e você precisa de um banho está com grama no corpo todo.
- Está bem, vou rápido para poder sair.
Dei um beijo no rosto de Jenne e fui para meu quarto.

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