Capítulo 12

47 11 3
                                        

Nanda


Meu quarto não era grande como o que tinha no castelo quando criança, tinha um grande roupeiro com suas portas com espelho dois criados mudos e uma cama com uma coxa de renda rosa a esquerda da cama uma escrivaninha e acima uma prateleira com livros e a porta para o banheiro a única parte da casa que parecia pertencer a uma princesa, o único luxo que não pude abandonar foi a grandiosa banheira, dos lugares que já estive meu quarto era o único no mundo em que podia colocar o pensamento em ordem, ouço batidas na porta e em seguida entra Jenne com um sorriso alegre.

- Achei que estava em seu escritório, fui ate lá e não a achei?

Tomei coragem apesar do meu visível desanimo e me sentei na cama.

- Eu estava lá com seu pai e depois que você o levou ate o Daniel, vim ate aqui para pensar um pouco.

- Você esta preocupada com o que o Bruno tem a dizer?

- Sim, hoje tivemos uma conversa apesar dele não ter dito nada andei pensando, para o rei ter mandado o filho até aqui e não outra pessoa me assusta, meu cesto sentido me diz que pode esta ai o motivo da morte do meu pai.

- Será? Mas porque o rei esperar tanto tempo para vir a traz de você?

- Amiga eu não sei mas, descubro hoje.

Jenne desmancha sua cara de preocupação e seu sorriso me contagia.

- Precisamos ver alguns detalhes de sua coroação coisa simples mas sei o quanto fica desligada quando não consegue resolver um problema, primeiro já decorou seu decurso e o cronograma da cerimônia, tem também o vestido da coroação e do baile depois.

levantei meus braços em forma de rendição e Jenne sorrio.

- Calma já esta tudo no esquema, falta apenas o cronograma mas vejo isso mais tarde.

Ainda sorrindo Jenne senta ao meu lado e segura minhas mão. - Nanda eu nunca te pedi nada então peço agora, ouça com carinho um dos pedidos do Bruno e saiba que se aceitar me fará muito feliz. Sem pressão!

- Tenho suspeita que esse pedido tem haver com o Daniel, gosta mesmo dele?

Ela da um sorriso tímido, no qual valeria mais que qualquer palavra.

- Prometo pensar em você durante nossa conversa. Tomei coragem para me levantar e antes de começar a andar em direção a saída ajeitei o meu vestido azul ele tinha um tecido leve e não estava amarrotado.

- Você esta linda amiga, com certeza ele vai notar.

- Obrigado, mas não estou pensando nisso. Tentei mentir para ela e para mim mesma, porem meu sorriso envergonhado me entregou.

Deixei Jenne em meu quarto e segui pelo corredor ate as escadas as desci e segui até, meu escritório ao entrar tomo um susto.

- Ai você já esta ai? Bruno me olhava e me sinto envergonhada.

-Desculpe achei que estava a minha espera por isso entrei, como não estava resolvi espera-la, a propósito esta muito bonita.  Ele me deu um de seu sorriso sedutor e antes que eu corresse para seus braços ouço batidas na porta e Paulo entra em seguida.

- Ola Altezas enfim vamos ter nossa conversa? Bruno vai em direção a Paulo e aperta sua mão.

- É um prazer conhece-lo senhor.

- Veremos se realmente será. Bruno não se abala com a provocação de Paulo e continua firme.

Pedi para que Paulo se sentasse em minha cadeira e eu e o bruno nos sentamos nas poltronas o escritório não era grande então ficamos próximo o suficiente para conversamos.

- Bruno no dia que chegou você deixou claro que sua vista não se tratava de ferias como foi nos dito antes e também disse que nada bons.

 Bruno me entrega um envelope e retiro dele um papel amarelado, quando lei não consigo acreditar no meus olhos, sinto uma sensação ruim tomar conta do meu corpo e Paulo se preocupa.

- Você esta bem querida?

- Acho que sim. Me levanto e entrego os papeis para Paulo e me viro para encarar o Bruno.

-E não é só isso, acredito que esse seja o motivo pelo qual causou a morte de seu pai.

fiquei tão transtornada pelo que acabei de ler que nem liguei os pontos, com certeza esse era o motivo do desespero de meu pai aquele dia.

 - O seu pai é pior que eu pensei nunca imaginei que o motivo da morte do meu pai seria dinheiro. Paulo ao terminar de ler o contrato, e sente a necessidade de me deixar sozinha com o Bruno.

- Querida vou levar esses papeis para os advogados e depois falamos. Ele sai e eu encaro bruno olhando em seus olhos.

- O que queres que eu faço não tenho da onde tirar o dinheiro e não posso entregar meu país para ele?

- Sinto muito, mas eu não posso voltar sem o dinheiro, ele seria capaz ate de guerra para ter o que quer, o único jeito é pagar.

Jogo o meu corpo de volta na poltrona. - Não tenho da onde tirar essa fortuna, até tenho um dinheiro em caixa mas é do fundo de emergência contra catástrofes naturais, se eu usa-lo o país ficaria vulnerável, sem contar que a população não aceitaria de forma alguma.

Bruno se levanta e ajoelha a minha frente segurando minhas mãos.

- Acredito que a guerra seria pior, não quero interferir na sua decisão, só quero que pense que não tenho como evitar nada agora, Nanda não tenho escolha tenho que voltar com o dinheiro, ou terei que levar um dossiê com tudo que vi aqui.

Puxo minhas mãos com agressividade fazendo ele cair sentado no chão. - Você não pode fazer isso!

- Nanda eu não tenho escolha, você esta esquecendo de ver o meu lado, imagina o que ele faria comigo, eu o odeio tanto ou mais que você aquele homem matou a minha mãe, tento contar isso para Bya a anos e não consigo, quantas vezes fiquei olhando ele da janela com um rifle apontado para sua cabeça com vontade de atirar e não posso, seria um caos os aliados dele causariam uma guerra pelo poder e eu jamais tomaria o controle.

Eu imaginava que a sua vida era triste mas nunca imaginei que ele se sentia dessa maneira e o quanto seria complicado tentar resolver alguma coisa em sua casa, as lágrimas corriam pelo meu rosto e mesmo com muita vontade eu não pude abraça-lo, meus pensamentos estavam no ódio do pai dele e nas consequências do não pagamento da divida para meu povo. Sai correndo da sala como uma criança assustada deixando ele para traz senado no chão e também com lágrimas nos olhos, e fui para o único lugar onde eu podia colocar meus sentimentos em ordem.

Ola gostaria de agradecer o carinho e dizer que minha menininha já esta melhor. Beijos ate o próximo capitulo.

Por outro ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora