Nanda
Meu quarto não era grande como o que tinha no castelo quando criança, tinha um grande roupeiro com suas portas com espelho dois criados mudos e uma cama com uma coxa de renda rosa a esquerda da cama uma escrivaninha e acima uma prateleira com livros e a porta para o banheiro a única parte da casa que parecia pertencer a uma princesa, o único luxo que não pude abandonar foi a grandiosa banheira, dos lugares que já estive meu quarto era o único no mundo em que podia colocar o pensamento em ordem, ouço batidas na porta e em seguida entra Jenne com um sorriso alegre.
- Achei que estava em seu escritório, fui ate lá e não a achei?
Tomei coragem apesar do meu visível desanimo e me sentei na cama.
- Eu estava lá com seu pai e depois que você o levou ate o Daniel, vim ate aqui para pensar um pouco.
- Você esta preocupada com o que o Bruno tem a dizer?
- Sim, hoje tivemos uma conversa apesar dele não ter dito nada andei pensando, para o rei ter mandado o filho até aqui e não outra pessoa me assusta, meu cesto sentido me diz que pode esta ai o motivo da morte do meu pai.
- Será? Mas porque o rei esperar tanto tempo para vir a traz de você?
- Amiga eu não sei mas, descubro hoje.
Jenne desmancha sua cara de preocupação e seu sorriso me contagia.
- Precisamos ver alguns detalhes de sua coroação coisa simples mas sei o quanto fica desligada quando não consegue resolver um problema, primeiro já decorou seu decurso e o cronograma da cerimônia, tem também o vestido da coroação e do baile depois.
levantei meus braços em forma de rendição e Jenne sorrio.
- Calma já esta tudo no esquema, falta apenas o cronograma mas vejo isso mais tarde.
Ainda sorrindo Jenne senta ao meu lado e segura minhas mão. - Nanda eu nunca te pedi nada então peço agora, ouça com carinho um dos pedidos do Bruno e saiba que se aceitar me fará muito feliz. Sem pressão!
- Tenho suspeita que esse pedido tem haver com o Daniel, gosta mesmo dele?
Ela da um sorriso tímido, no qual valeria mais que qualquer palavra.
- Prometo pensar em você durante nossa conversa. Tomei coragem para me levantar e antes de começar a andar em direção a saída ajeitei o meu vestido azul ele tinha um tecido leve e não estava amarrotado.
- Você esta linda amiga, com certeza ele vai notar.
- Obrigado, mas não estou pensando nisso. Tentei mentir para ela e para mim mesma, porem meu sorriso envergonhado me entregou.
Deixei Jenne em meu quarto e segui pelo corredor ate as escadas as desci e segui até, meu escritório ao entrar tomo um susto.
- Ai você já esta ai? Bruno me olhava e me sinto envergonhada.
-Desculpe achei que estava a minha espera por isso entrei, como não estava resolvi espera-la, a propósito esta muito bonita. Ele me deu um de seu sorriso sedutor e antes que eu corresse para seus braços ouço batidas na porta e Paulo entra em seguida.
- Ola Altezas enfim vamos ter nossa conversa? Bruno vai em direção a Paulo e aperta sua mão.
- É um prazer conhece-lo senhor.
- Veremos se realmente será. Bruno não se abala com a provocação de Paulo e continua firme.
Pedi para que Paulo se sentasse em minha cadeira e eu e o bruno nos sentamos nas poltronas o escritório não era grande então ficamos próximo o suficiente para conversamos.
- Bruno no dia que chegou você deixou claro que sua vista não se tratava de ferias como foi nos dito antes e também disse que nada bons.
Bruno me entrega um envelope e retiro dele um papel amarelado, quando lei não consigo acreditar no meus olhos, sinto uma sensação ruim tomar conta do meu corpo e Paulo se preocupa.
- Você esta bem querida?
- Acho que sim. Me levanto e entrego os papeis para Paulo e me viro para encarar o Bruno.
-E não é só isso, acredito que esse seja o motivo pelo qual causou a morte de seu pai.
fiquei tão transtornada pelo que acabei de ler que nem liguei os pontos, com certeza esse era o motivo do desespero de meu pai aquele dia.
- O seu pai é pior que eu pensei nunca imaginei que o motivo da morte do meu pai seria dinheiro. Paulo ao terminar de ler o contrato, e sente a necessidade de me deixar sozinha com o Bruno.
- Querida vou levar esses papeis para os advogados e depois falamos. Ele sai e eu encaro bruno olhando em seus olhos.
- O que queres que eu faço não tenho da onde tirar o dinheiro e não posso entregar meu país para ele?
- Sinto muito, mas eu não posso voltar sem o dinheiro, ele seria capaz ate de guerra para ter o que quer, o único jeito é pagar.
Jogo o meu corpo de volta na poltrona. - Não tenho da onde tirar essa fortuna, até tenho um dinheiro em caixa mas é do fundo de emergência contra catástrofes naturais, se eu usa-lo o país ficaria vulnerável, sem contar que a população não aceitaria de forma alguma.
Bruno se levanta e ajoelha a minha frente segurando minhas mãos.
- Acredito que a guerra seria pior, não quero interferir na sua decisão, só quero que pense que não tenho como evitar nada agora, Nanda não tenho escolha tenho que voltar com o dinheiro, ou terei que levar um dossiê com tudo que vi aqui.
Puxo minhas mãos com agressividade fazendo ele cair sentado no chão. - Você não pode fazer isso!
- Nanda eu não tenho escolha, você esta esquecendo de ver o meu lado, imagina o que ele faria comigo, eu o odeio tanto ou mais que você aquele homem matou a minha mãe, tento contar isso para Bya a anos e não consigo, quantas vezes fiquei olhando ele da janela com um rifle apontado para sua cabeça com vontade de atirar e não posso, seria um caos os aliados dele causariam uma guerra pelo poder e eu jamais tomaria o controle.
Eu imaginava que a sua vida era triste mas nunca imaginei que ele se sentia dessa maneira e o quanto seria complicado tentar resolver alguma coisa em sua casa, as lágrimas corriam pelo meu rosto e mesmo com muita vontade eu não pude abraça-lo, meus pensamentos estavam no ódio do pai dele e nas consequências do não pagamento da divida para meu povo. Sai correndo da sala como uma criança assustada deixando ele para traz senado no chão e também com lágrimas nos olhos, e fui para o único lugar onde eu podia colocar meus sentimentos em ordem.
Ola gostaria de agradecer o carinho e dizer que minha menininha já esta melhor. Beijos ate o próximo capitulo.

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Por outro lado
RomansaNanda herdou mais que dinheiro do seu pai, recebeu o direito de governar, o amor de um povo, pelo qual dedicaria a vida. Mesmo com o passar dos anos ela nunca esqueceu as circunstâncias que levaram a morte do pai e agora ela terá a oportunidade de r...