Capítulo 13

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Bruno

Sai com meu coração em pedaços da sala da Nanda, vê-la perder sua pose de durona me doeu, sempre soube que as loucuras do meu pai eram só dele e dessa vez ele foi longe de mais, ver as lágrimas dela me deu a certeza que a amo, é desesperador o fato de que ela não será capas de olhar na minha cara nunca mais, como eu queria ter uma solução, acho que seria capaz de dar minha vida em troca disso. Pensei em ir a traz dela e tentar explicar o inexplicável, mas com certeza iria piorar as coisas, sai andando sem rumo pela casa e quando me dei conta estava no jardim resolvi me sentar em um banco na parte mais escura do jardim, fiquei ali olhando pro chão e nem me dei conta que as horas passaram.  Agora eu só sentia raiva e acabei por dar um soco no banco.

- Droga será que ele nunca vai parar de estragar a minha vida?

Depois do meu desabafo, vejo uma luz vindo em direção a mim, e era ela com a lanterna do celular ligada.

- Oi eu estava te procurando.

Ela senta ao meu lado e pude sentir seu corpo quente encostar ao meu.

- Achei que estava com raiva de mim, estava até esperando os guardas mandados por ti para me prender.

- No momento de raiva até pensei nisso, mas lembrar das suas palavras , me acalmaram e eu não posso jogar a culpa em cima de você, você uma vitima também.

Essa era a ultima coisa na qual eu esperava ouvir dela, não me contive puxei ela para meu colo e a beijei, e aquela certeza me veio mais uma vez e as palavras saíram sem que eu controlasse.

- Eu sempre amei você, nem os anos que separados mudaram isso, só que agora eu não sou mais um garotinho idiota mendigando sua atenção agora eu sou um homem e te prometo que farei tudo para proteger o seu país que é a sua vida.

Pude notar algumas lágrimas saírem de seus olhos, e levei as minhas mãos ao seu rosto para enxuga-las.

- Nunca imaginei que diria isso a você mas eu também te amo, sem contar que é estranho a gente só se entendeu a dois dia.

- É o destino, esta escrito nas estrelas.

Rimos juntos e ela se deitou sobre o banco apoiando sua cabeça em minhas pernas e ficamos calados por um tempo enquanto eu acariciava seu cabelo.

- Nanda o que pretende fazer?

- A única coisa que me veio a cabeça foi sobre umas informações que soube na resistência, eles pretendem tomar o poder eu posso tentar oferecer uma ajuda maior para eles adiantarem o plano e depois renegociar a divida.

- Então quer dizer que é a senhorita que esta financiando a resistência.

- Foi o jeito que eu encontrei para me vingar a morte do meu pai.

- Como eu nunca soube disso?

Ela deu uma gargalhada e eu acabei rindo junto.

- Claro que você não saberia, você é o sucessor do cara que eles querem combater.

Não sei se era o momento certo para contar, mas não queria esconder nada ela.

- Acho que não sou um líder tão bom quanto eu pensei nunca me preocupei em saber de onde vem o dinheiro que mantém vivos meus ideais.

Ela se levanta bruscamente, e me olha perplexa.

- Quer dizer que o líder da resistência contra seu pai é você?

- Sim, é um trabalho que venho fazendo a anos, entrei no grupo quando não aguentava mais ficar assistindo as atrocidades do meu pai, na primeira tentativa de enfrenta-lo ele foi capaz de ameaçar a vida da Bya, fui conquistando espaço lá dentro ate me tornar o líder e hoje temos um cronograma rigoroso já conseguimos identificar todos os parceiros do meu pai e no momento certo eu vou atacar sem precisar de um derramamento de sangue.

- Pelo jeito não tem como adiantar o plano. Seu sorriso foi subsistido por um biquinho de desanimo que me fez beija-la mais uma vez.

- Sinto muito, você tem ideia de como eu quero te ajudar, mas nisso eu não posso mexer, e ainda vou precisar da sua ajuda. Preciso que de asilo para a Bya e o Daniel tenho que mantê-los longe caso as coisas não saírem como planejado.

- Sim claro, eu imaginava que você me pediria algo assim depois de uma conversa com a Jenne.

- Obrigado, a segurança deles é muito importante para mim, agora posso iniciar o plano sem medo algum.

- Andei relendo aquele maldito contrato e cheguei a conclusão que eu tenho que resolver sozinha, é meu dever como rainha afinal foi o meu avó que fez a divida, meu pai até tentou e agora cabe a mim resolver.

Nanda enquanto falava desmanchava o nó causado por mim em sua correntinha em nosso ultimo beijo e o pingente me chamou a atenção.

- Nossa até parece uma chave de verdade?

- E é de verdade pertencia ao cofre pessoal do meu pai, trouxe quando me mudei para cá mas nunca tive coragem de abrir.

- Abre quem sabe acontece um milagre e lá esta cheio de diamante. Rimos juntos.

- Só um milagre mesmo.

Eu a puxei para mais perto de mim e a abracei.

- Já pensou no escândalo que vai ser quando seus súditos, souberem que estamos juntos?

- Nem fala, minha popularidade vai no chão, mas se contarmos na hora certa acho que impacto será menor, será melhor quando você for rei e tiver despachado seu pai para cadeia.

- Combinado, e se tudo der errado? Disse triste.

- Vai dar tudo certo agora, você tem mais um motivo para viver eu. Não consegui conter o riso, parei por um momento para registrar em minha cabeça cada segundo desses momentos com ela para lembrar quando tiver que voltar.

  - O que foi?

- Nada meu amor.  O frio aumentou e nem o calor do corpo dela estava mais me esquentando.

- Vamos entrar estou com frio?

- Eu também vamos. Seguimos abraçados para dentro e acompanhei ala ate seu quarto.

- Posso entrar um pouquinho? Eu sabia que a resposta seria não e nem era a hora certa, mas quis provoca-la.

- Não! Ela me deu um papinha no peito, e eu a beijei.

- Eu estava brincando, disse ainda com ela em meus braços. - Boa noite.

Ela entrou e eu segui pelo corredor pensando como foi surpreendente o meu dia.

Por outro ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora