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Me desculpem se houver erros.

CLARY

Silêncio.

Luke não havia dito sequer uma palavra desde que saímos.

Já havíamos chego em Atlanta a um tempo e nada dele falar comigo. Eu sei que estava chateado, mas ele tinha que me entender. Talvez eu não tivesse mais tanto tempo para descobrir a verdade sobre o que estava acontecendo comigo, essa era a verdade.

Eu sentia como se cada minuto da minha vida fosse importante. E de fato, era.

Olhei pela janela do carro as pessoas andando, cada uma preocupada com seus próprios problemas.

Começava a chover, para melhorar mais ainda o clima em que estávamos.

- Vamos fazer o seguinte. - Ian se pronunciou pela primeira vez, dividindo os olhares entre a estrada e em mim. - Iremos nos encontrar com Rose no almoço. Nosso vôo só sai de noite, então temos tempo de sobra à tarde. Tudo bem?

Assenti e voltei a olhar para o nada.

                *** *** ***

O local do encontro era uma lanchonete no centro da cidade. Adentramos e pude perceber que era um lugar bem limpo e arrumado. Bem estilo anos 70.

De longe pude enxergar uma mulher de costas com os cabelos castanhos na altura dos ombros. Rose.

Fiz um sinal para os meninos e seguimos em direção a ela, ignorando os olhares cobiçosos tanto femininos como masculinos sobre os dois homens ao meu lado.

- Rose. - Falei suavemente, tocando em seu ombro de leve. A mesma me olhou e abriu um enorme sorriso, se levantando para me abraçar.

- Clary! Há quanto tempo. Tudo bem com você? Sente-se.

- Tudo sim Rose, e com você? - Me ajeitei na cadeira. Ian e Luke a cumprimentaram e se sentaram também.

Era nítido as olheiras fundas e a aparência cansada dela.

- Tudo ótimo... Bom, qual o motivo dessa reunião afinal? - Ela perguntou olhando para Ian e Luke, que me encaravam fixamente.

Respirei fundo.

- Você sabe o motivo Rose.

Ela imediatamente arregalou os olhos e olhou para os lados, preocupada. A mudança de comportamento repentina dela fez os dois homens ao meu lado entrarem em alerta.

- E-eu não sei do que está falando, Clary. - Ela sorriu nervosa.

- Não precisa fingir que não sabe, eu li a carta.

- Clary, é muito arriscado, eu...

- Rose - Segurei em seu braço bem forte, a olhando no fundo dos olhos. - Eu preciso saber o que está acontecendo. Estou recebendo ameaças e eu preciso da verdade. Temo não ter mais muito tempo.

- Certo, certo. Escute. Tudo o que eu descobri foi sozinha. Seu pai me contou algumas coisas... Venha, vou te mostrar.

Ela se levantou e seguiu para fora. Me levantei e fiz o mesmo que ela, até chegarmos no estacionamento em frente a lanchonete.

- Venha aqui! - Ela me indicou o seu carro e entramos. Os garotos ficaram fora, vendo se ninguém se aproximava.

- O que você tem aí? - Perguntei curiosa, enquanto ela retirava uma pasta azul marinho debaixo do banco do motorista.

- Arquivos. Para entender o que está acontecendo, vou te contar uma história que poderá ajudar. - Ela abriu a pasta e retirou algumas fotos com anotações. - Sua mãe, Angelie Lancaster, era uma moça muito desejada na época. Era uma pessoa muito gentil e inteligente. Ela já tinha sido casada, Marcos Hill, era o nome dele.

Amor à TrêsOnde histórias criam vida. Descubra agora