Me desculpem se houver erros.
CLARY
Ele encerrou a chamada e continuou a me olhar.
- Sabe, Clarissa, foi uma grande coincidência te encontrar assim, tão fácil. Tenho ordens para levá-la, sem encostar sequer um dedo em você. - Ele falava, chegando cada vez mais perto e eu ia indo mais para trás, até as minhas costas tocarem o metal frio do carro velho e ele estar bem na minha frente, passando uma das mãos em meu cabelo e em seguida cheirando-o. Senti nojo de seu toque se tentei recuar, mas minha tentativa foi em vão. - Mas você é tão linda ... Ele vai me matar se ele descobrir o que eu quero fazer com você, ah sim, ele te quer tanto que às vezes chego a pensar que é louco. Você não faz idéia do quanto te procuramos, e agora você aparece bem na minha frente!
- O que você quer? - Perguntei em um tom baixo. Minha voz trêmula, igualmente ao resto do meu corpo.
- Eu quero você! Mas seu eu te tocar... - Ele pareceu em dúvida, eu temia o que poderia fazer. Quem estava atrás de mim? O que ele queria? Tantas perguntas rodeavam a minha cabeça que só fui retirada de meus devaneios quando ele falou, com a voz um pouco mais alterada. - Que se dane, não vou perder uma oportunidade dessas por causa do meu chefe de merda.
Então num movimento brusco e rápido ele me virou, fazendo com que meu rosto ficasse quase grudado ao metal enferrujado do carro, me deixando de costas para ele e prendendo as minhas mãos acima da minha cabeça. Pouco depois o senti pressionar fortemente seu corpo atrás do meu e algo duro pressionou minhas costas.
- Por favor, me solta ... - Eu implorava com lágrimas nos olhos, tentando ao máximo me lembrar das aulas de defesa pessoal que tive.
- Calma princesa, não chore, sei que vai gostar. E depois que eu te foder, vou te levar para o meu chefe e você não vai abrir o bico, porque se não eu te mato, entendeu? Você vai ficar quietinha.
Eu continuei calada e fechei os olhos com força. Só poderia ser um pesadelo. Logo senti suas grandes mãos tocarem o meu corpo. Ele as passou pela minha cintura até tocarem os meus seios, por cima da blusa. Me debati e tentei me soltar, gritando por ajuda. Mas eu sabia que ninguém me ajudaria, minha vida não é um conto de fadas, nenhum príncipe viria me salvar agora, era somente eu.
- Eu mandei você ficar quieta! - Gritou e puxou meu cabelo para trás com força e depois empurrou a minha cabeça para frente, me fazendo dar uma cabeçada na janela do carro. Olhei para frente atordoada, agora a minha cabeça doía muito. Vi o meu reflexo no vidro que agora estava todo trincado e minha testa sangrava. Meu Deus, eu ia morrer.
Ele voltou ao que ele fazia e arrancou a minha blusa, rasgando-a, e eu, num ato de desespero para me libertar, dei uma cabeçada nele com toda a força que eu tinha, fazendo com que a minha dor piorasse ainda mais. Mas pelo menos funcionou, ele deu um urro e me soltou para segurar o nariz, que eu tinha quase certeza que sangrava.
- Sua cadela! - Ele gritou, enquanto eu corria para fora do beco. Quando eu pensei que fosse me livrar dele, senti uma mão segurar minha perna, me fazendo perder o equilíbrio e cair no chão.
Antes que ele pudesse me prender novamente, me levantei num pulo. Ele foi apontar a arma para mim, mas antes que pudesse fazê-lo, dei um chute em sua mão, fazendo a arma voar para longe. Quase suspirei de alívio.
- Hum, você é espertinha, não? Mas eu também tenho outros truques.
Então ele retirou uma faca do bolso do casaco que usava.
Ele tentou me acertar uma vez, mas me abaixei, desviando do golpe. Ele tentou me dar alguns socos, que eu não consegui desviar de todos. Então acertou um soco em meu estômago que me fez cair no chão. Meus braços e meu rosto já tinham pequenos arranhões e hematonas. Eu não tinha me olhado no espelho, mas sabia que estava acabada.
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Amor à Três
RomanceCONCLUÍDA • Plágio é crime. • Qualquer cópia integral ou parcial, tradução, postagem ou afins sem a minha autorização será denunciado sem piedade Não recomendado para menores de 18 anos. • Dezembro 2016 - 40° lugar na categoria romance • Maio 2017...