Me desculpem se houver erros.
CLARY
Acordei me engasgando com o meu próprio ar, me sentei rapidamente e senti uma tontura que fez tudo doer.
Tentei me levantar, mas quando coloquei meus pés no chão me senti fraca e exausta por causa da noite mal dormida. Estava louca para tomar um banho quente e lavar o rosto com uma água gelada.
Abri a porta do box, liguei o chuveiro e tirei as roupas. Entrei dentro da água maravilhosamente morna molhando meu rosto e cabelo, querendo acreditar que todo esse pesadelo era simplesmente um sonho ruim, que papai estava em casa resolvendo os negócios da empresa.
Infelizmente não era a realidade.
"Por quanto tempo será que dormi?"
Depois que tomei banho, me enrolei em uma toalha e sai do banheiro. Foi quando levei o maior susto da minha vida.
Ele, o próprio Ian estava deitado na cama com o meu... o meu... caderno de desenhos em suas mãos, vendo folha por folha, ninguém podia fazer isso, aquilo era pessoal demais!
- Que demora. - Ele resmungou sem tirar os olhos do caderno. - A propósito... - Ian me olhou, deixando os olhos vagarem brevemente pelo meu corpo, o que me fez apertar ainda mais a toalha nas minhas mãos, eu não confiava nos meus dedos trêmulos naquele momento. Vi um requisito de diversão brilhar em seus olhos, provavelmente vendo a raiva eu queria transmitir e em seguida repuxou os lábios em um sorriso torto. - Você desenha bem.
- Isso é pessoal, me devolva! - Fui para cima dele, que ergueu seu braço tentando dificultar para que eu pudesse alcançar o caderno. Estava nas pontas dos pés e mesmo assim não conseguia alcançá-lo o que fazia Ian só rir das minhas tentativas falhas.
Até que ele se desequilibrou quando eu me joguei com mais força sobre ele, me derrubando repentinamente na cama com apenas um empurrão de leve. Só que Ian certamente não esperava que eu ia segurar em sua blusa, consequentemente o levando junto comigo.
Caímos na cama, ele por cima de mim e ficamos assim por longos segundos. Ele olhando para meus olhos intensamente e eu para os seus por um grande período de tempo. Sentia o meu coração pulsar no meu peito enquanto o seu corpo cobria o meu. Até ele aparentou surpresa com o que havia acabado de acontecer, mas não se desvencilhou. Eu podia sentir a sua respiração ofegante e sabia que eu não estava muito diferente. Ficamos naquela bolha até ouvirmos uma pessoa limpando a garganta, nos tirando do estado que estávamos.
Ian se levantou, ajeitando o terno impecável que ele vestia, vendo uma garotinha de uns oito anos rindo da cena que acabou de presenciar.
- Isabelle, você não tem o que fazer? - Ele perguntou, arqueando uma sobrancelha na direção da menina.
- Eu? Bom, foi a mamãe que me pediu para ver se você já tinha chamado Clary para o café da manhã, lembra? - Isabelle quis zoar mais ainda. - Ou uns tais olhos azuis te impediram de pensar? - Ian pegou um travesseiro e jogou na direção dela, que por pouco não foi acertada. Isabelle saiu correndo pelo corredor e ele falou em um tom alto:
- Vamos resolver isso depois!
- Não vamos não Ian, você me ama! - Ela gritou do de volta.
- Não abuse da sorte! - Ele respondeu num tom de brincadeira. Eu queria muito rir, mas estava em choque pelo o que aconteceu, então fiquei parada o fitando com o rosto em brasas. Ele voltou a me olhar e apontou para o guarda-roupa com um simples aceno de cabeça.
- Se vista, Meggy pediu que eu a chamasse para se juntar a ela no café.
Ele pegou o travesseiro e o jogou na cama, saindo do quarto como se nada houvesse acontecido.
Só isso?
Assim que fechou a porta eu sorri. Não entendi porque estava sorrindo igual a uma idiota sendo que era para eu estar chorando.
Eu vi alguma coisa diferente nele.
Jon às vezes me achava doida por ver coisas que não existiam, mas eu tinha esse dom de ver beleza em uma coisa que não tinha beleza alguma.
Me levantei e abri o guarda roupa, encontrando diversas roupas novas dentro do mesmo.
Olhei para o banheiro de novo e vi de onde estava perfumes e vários outros produtos que as mulheres ficariam loucas para ter.
Eu não havia reparado nisso quando estava lá. Todos os meus cremes prediletos estavam no balcão do banheiro. Meggy não deixou escapar nada... ela escolheu tudo como eu supostamente gosto e colocou nesse quarto.
Voltei para o closet e escolhi uma coisa simples e bonita para usar naquele dia, um vestido preto soltinho.
Quando pus os pés para fora do quarto fui parada por um armário. Um bruta montes moreno estava com os braços cruzados, me encarando.
- Oi. - Disse meio sem graça, ele me olhou e, sem dizer nada ou esboçar qualquer reação, deu espaço para que eu conseguisse sair do quarto.
Observei o corredor e vi a menina de hoje cedo, Isabelle, me olhar com seus lindos olhos cor de mel e caminhar até mim em pulinhos.
- Prazer, eu sou a Isabelle. - Ela abriu um sorriso banguela. - Ouvimos muito falar de você, Clarissa. É uma pena que o seu papai tenha ido embora, mas agora eu tenho uma irmãzinha!
Antes que eu pudesse falar qualquer coisa ou pelo menos tentar formular uma frase, ela puxou a minha mão e começou a descer as escadas.
- Rápido, vamos nos atrasar para o café. Mamãe vai ficar uma fera!
Eu andava tão rápido que quase tropeçava em meus próprios pés.
Finalmente descemos as escadas e paramos em frente a porta de madeira do cômodo onde todos supostamente comiam.
- Isabelle? - Sussurrei, acuada. Sabia quem encontraria atrás daquela porta e para ser honesta, estava morrendo de medo.
- Me chame de Izzy. - Ela riu e bateu na porta antes de entrar, o que me fez notar que era bem educada.
Assim que cruzei a porta três olhares se voltaram a mim. Meggy, Thomas e Luke.
Ian? Bem, ele nem se deu o trabalho de levantar o olhar dos papéis que jaziam sobre a mesa.
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Amor à Três
RomanceCONCLUÍDA • Plágio é crime. • Qualquer cópia integral ou parcial, tradução, postagem ou afins sem a minha autorização será denunciado sem piedade Não recomendado para menores de 18 anos. • Dezembro 2016 - 40° lugar na categoria romance • Maio 2017...