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Me desculpem se houver erros.

CLARY

Luke me olhava atento depois de eu narrar detalhadamente o acontecido, seus olhos verdes me encaravam como se ele pudesse ler os meus mais profundos pensamentos.

Ele não disse nada, não havia nada o que poderia ser dito naquele momento. Seu silêncio não me incomodava, ele me confortava, pois mesmo sem ele dizer sequer uma palavra, eu já entendia o que ele queria dizer.

Ele beijou minhas lágrimas enquanto acariciava meu rosto com o polegar. Pude perceber que seus olhos estavam marejados, ele sentiu o que eu senti.

Então aproximou seu rosto do meu e me beijou bem lentamente, explorando cada canto da minha boca. Uma de suas mãos segurava a minha nuca delicadamente enquanto a outra apertava a minha cintura, me puxando para me sentar em seu colo.

Agarrei seu cabelo loiro com as minhas mãos, bagunçando-o. Não sei o motivo, mas eu sorri em meio ao beijo. Estava feliz por ter alguém como Luke ao meu lado, para me erguer quando eu caísse e para me dizer palavras bonitas quando o meu mundo estivesse desabando.

E foi nesse momento que eu percebi que ele jamais quebraria o meu coração e que ele nunca me deixaria. Eu estava apaixonada por Luke.

E Deus, era tão bom poder finalmente admitir com clareza e sentir o que eu sentia sem nenhuma restrição.

Nos distanciamos para recuperarmos o fôlego, ainda com as nossas testas grudadas umas as outras e nossas mãos entrelaçadas.

Luke abriu a boca para falar algo, mas antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, ouvimos uma batida na porta do meu quarto, que foi aberta bruscamente.

Luke pulou da cama no mesmo instante em que a porta foi aberta e eu tentei fazer o mesmo, mas por causa do ferimento em minha perna eu dei um pulo, falei um "Ai" e caí de costas na cama.

Me sentei rapidamente e olhei para a pessoa que estava parada na porta. Era Lilian, que agora gargalhava pela nossa trapalhada.

- Ah crianças, podem relaxar que eu não vou contar para os seus pais, tudo bem? - Eu olhei para Luke, que sorria constrangido, ajeitando as calças para tentar esconder sua ereção de Lilian enquanto eu estava toda descabelada e roxa de tanta vergonha. - Só passei para ver como a menina Clarissa estava, mas pelo visto... - Ela falou e piscou um olho, quando ia saindo de vista deu meia volta e me olhou. - Ah, e você está bem Clary?

Assenti, com vergonha demais para dizer qualquer coisa.

- Que ótimo! Com licença, não quero mais atrapalhar. - E dando um sorriso, Lilian saiu a passos largos do meu quarto.

Assim que ela saiu, enfiei meu rosto nos travesseiros, morrendo de vergonha. Pude ouvir Luke rir ao meu lado e passar uma das mãos em meu cabelo.

- Deus, que vergonha! - Falei, ainda com o rosto enterrado nas almofadas.

- Fique tranquila, é o jeito dela mesmo.

O celular de Luke começou a tocar, e em poucos segundos ele o atendeu. Pude ler o nome de Meggy no visor.

- Alô? Oi mãe - Ele ficou quieto enquanto escutava o que sua mãe dizia. - Tudo bem, pode deixar... Tá, tchau.

- O que ela queria? - Perguntei assim que ele encerrou a chamada, sem conseguir conter a minha curiosidade.

- Ah, nada de mais. Eles convidaram alguns amigos e sócios da empresa para um... churrasco em casa hoje à noite.

Arqueei a sobrancelha, o olhando como se tivesse dito algo ridículo.

Amor à TrêsOnde histórias criam vida. Descubra agora