Me desculpem se houver erros.
CLARY
Corri para meu quarto o mais rápido que pude. Assim que entrei bati a porta e a tranquei.
Deslizei pela porta e começei a chorar. Abraçei minhas pernas de forma reconfortante e protetora como eu costumava fazer.
Pai, o que eu faço?
Sussurrei para mim mesma e me levantei cambaleando, empurrando os móveis que estavam no meu caminho e derrubando um abajur caríssimo no processo. Parei no meu destino e olhei no imenso espelho que havia no quarto. Uma garota de baixa estatura e magra com a maquiagem borrada me fitava de volta.
Olhei para meus pulsos e começei a tirar desesperadamente as pulseiras grossas que os cobriam.
Assim que as removi prendi a respiração. Meus pulsos estavam marcados por cicatrizes.
O que eu fiz? Deus, o que eu fiz?
Essa pergunta circulava em minha mente desde a noite em que meu pai havia sido internado no hospital. Eu me lembrava de tudo.
7 dias atrás...
Eu não sei o que está acontecendo com papai, ele está doente, tossindo muito e está indisposto a quase tudo. Ontem de noite quando fui falar o típico boa noite me deparei com ele tossindo sangue. Paralisei na porta, completamente assustada.
Abri a porta de seu enorme quarto que estava encostada de uma vez e o olhei. Ele logo tratou de esconder o pano que usava para cobrir a boca.
- Pai? Tudo bem?
- Tudo lindinha. - Ele sorriu e eu retribuí, com os olhos cheios de lágrimas. - Ei, o que foi? - Ele me chamou para mais perto. Lindinha era o apelido que ele me deu quando eu era apenas um bebê.
- O senhor está doente? - Perguntei receosa.
- Claro que não. É só uma tosse, já já passa.
Suspirei e segurei o choro.
- Eu vou dormir, se precisar de algo me avisa, tudo bem?
Ele me olhou e sorriu.
- Acho que essa frase devia ser minha. - Ele riu e começou a tossir novamente. - Pode me fazer um favor, lindinha? - Assenti com a cabeça. - Liga para a Dra. Rose, por favor?
- Okay. - Peguei a lista telefônica na cômoda ao lado da cama e começei a folheá-la rapidamente. Dra. Rose era uma médica da família. Ela tinha feito o meu parto e sempre cuidou de mim e de meu pai. Achei seu número e disquei.
- Alô? - Rose perguntou sonolenta, provavelmente ela estava dormindo agora. São exatamente 01:00.
- Rose? É a Clarissa.
- Clarissa Lancaster? O que aconteceu desta vez, filha? Tudo bem?
- Na verdade não ... É papai, ele está doente.
- Oh céus, Jon está doente? Não me lembro a última vez em que ouvi isso! Estou chegando em vinte minutos.
- Muito obrigada Rose, estou te esperando.
Desliguei e avisei a meu pai que ela logo estaria aqui. Corri em direção aos portões de casa e esperei Rose chegar. Assim que ela passou pelos seguranças e entrou na mansão fui ao seu encontro.
- Clary! - Ela sorriu e me abraçou fortemente. Rose estava com o cabelo desgrenhado, calça moletom cinza, uma camiseta qualquer e um par de pantufas de coelhinho cor-de-rosa. Ela percebeu que eu a olhava e riu. - Desculpe as roupas, mas vim correndo. Aonde está seu pai?
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Amor à Três
RomanceCONCLUÍDA • Plágio é crime. • Qualquer cópia integral ou parcial, tradução, postagem ou afins sem a minha autorização será denunciado sem piedade Não recomendado para menores de 18 anos. • Dezembro 2016 - 40° lugar na categoria romance • Maio 2017...