Me desculpem se houver erros.
CLARY
Me sentei na grama fofinha, me encolhendo nela. Abraçei meus joelhos e deixei as lágrimas escorrerem livremente. Olhei para trás, Luke e Ian me observavam atentamente.
Os seguranças que estavam alguns passos atrás olhavam ao redor, parecendo prestar atenção em tudo o que estava acontecendo ali. Olhei para Luke suplicante e ele pareceu entender.
Ele saiu, me dando privacidade. Logo Ian estava saindo também, restando somente os seguranças e eu.
Eles estavam um pouco distantes, não iriam escutar o que eu iria dizer. Coloquei minhas mãos na lápide fria e olhei ao redor. Vários túmulos iguais a esse se encontravam ali, todos com o sobrenome Lancasters. Alguns poucos tios e tias, avós. Eu não tinha nenhum parente vivo.
Acho que meu pai nunca reparou que eu tinha percebido o quanto de mortes da parte da família dele estavam acontecendo, ele nunca me contava o que os matava, falava que era melhor eu não saber. Os parentes da minha mãe eu nunca conheci, se estavam vivos ou não, eu não sabia.
Senti a leve brisa da manhã e inspirei profundamente até meus pulmões arderem. As lágrimas corriam livremente em meu rosto. Olhei para o nome escrito a minha frente, mal podia acreditar que meu pai havia me deixado.
Começei a sussurrar de modo que só eu escutava com a cabeça ainda apoiada nas mãos.
- Papai ... Sei que você cuida e zela por mim. Deus só deu a mim para você como filha única. Eu te amo. Você sempre estará comigo e no meu coração. Nas minhas lembranças. Eu ... Estou tentando ser forte, por você.
Fiz uma breve oração pedindo a Deus para que desse paz ao meu pai, que apesar de tudo ele merecia. Que me ajudasse a achar o rumo certo e que me guiasse.
Acho que tinha se passado meia hora desde que eu estava ali, debruçada sobre a lápide gélida falando sozinha.
Senti um cutucão em meu braço e me mexi. Logo após isso ouvi alguém chamando meu nome. Abri os olhos com dificuldade e avistei Luke ao meu lado. Estava tentando entender o que aconteceu, mas não foi preciso pensar muito, logo a realidade me bateu.
- Eu dormi aqui? - Falei meio grogue.
- Sim, dormiu.
- Quanto tempo?
- Acho que fazem uma hora e meia desde que chegamos.
Me levantei sentindo uma dor no braço por ter domido em cima a pedra. Minha perna direita estava dormente, de modo que tive que arrasta-lá.
- Me desculpe, eu estava tão cansada que.... - Fui cortada por Luke, que passou gentilmente as mãos pelo meu rosto, causando arrepios em todo meu corpo.
- Tudo bem Clary. Pode ficar o tempo que você quiser, não nos importamos.
- Não, vamos embora. - Olhei mais uma vez para o túmulo, sentindo um aperto no meu coração.
Seguimos até o carro com os seguranças atrás de nós. Ian estava encostado no carro e assim que nos viu abriu a porta e entrou. Não sabiamos ao certo para aonde ir, então resolvemos parar em um parque para andar um pouco.
Descemos do carro e começamos a andar pela grama verde do lugar. O dia estava fresco, então várias pessoas andavam para lá e para cá.
Me sentei na grama, embaixo de uma árvore e fechei os olhos, aproveitando o pequeno momento de paz. Logo Luke e Ian se juntaram a mim.
Passei uma mensagem rápida a Thomas avisando aonde estavamos.
Clary: Já saimos do cemitério. Está tudo bem aqui.
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Amor à Três
RomanceCONCLUÍDA • Plágio é crime. • Qualquer cópia integral ou parcial, tradução, postagem ou afins sem a minha autorização será denunciado sem piedade Não recomendado para menores de 18 anos. • Dezembro 2016 - 40° lugar na categoria romance • Maio 2017...