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Me desculpem se houver erros.

PS: capitulo curtinho pessoal, 1600 palavras, mas na minha opinião ele é essencial para o decorrer da história.

CLARY

Oito meses depois...

Voltei da faculdade exausta, o metrô estava lotado, o que me fez perder um bom tempo até conseguir um trem com espaço.

Devia admitir que a vida em New Haven era bem mais sossegada sem os paparazzis atrás de mim toda vez que eu mostrava o rosto em público, o modo mais eficiente que encontrei para evita-los foi pintar o cabelo que antes era ruivo de um platinado quase branco.

O curso de direito era interessante, o que me mantinha distante das notícias ao meu respeito nas redes sociais. Eu evitava ver, mas às vezes era inevitável não xeretar o que as pessoas diziam sobre mim. De acordo com a internet eu havia sido sequestrada ou até mesmo morrido. Os Willians não deram muitas informações a respeito, apenas negaram os fatos expostos pela mídia.

Ian e Luke...

Apenas em pensar sobre eles o meu coração se acelerava de um modo doloroso que me fazia ter uma imensa vontade de correr até os dois e me perder nos seus braços até o mundo acabar. Então a minha razão me lembrava que o que eu estava fazendo era por eles. Por todos eles.

Pois o amor só podia ser verdadeiro quando não havia egoísmo.

Eu não sabia se eles haviam conhecido alguém e não queria pensar sobre isso. Eu dei a chance de um recomeço para nós três, mesmo sabendo que o meu coração e alma pertenciam a apenas duas pessoas e aquilo nunca mudaria.

Frustrada, joguei as coisas sobre a mesa do pequeno apartamento que eu aluguei e me sentei no sofá beje, fechando os olhos para apagar a imagem dos dois pares de olhos possessivos sobre mim. Eu imaginava ser encontrada na primeira semana do meu sumiço, mas tudo indicava que estava me escondendo bem. Não usava cartões de crédito e evitava andar muito a pé nas ruas. E além disso, o nome registrado em Yale não era Clarissa Lancaster. Eu optei pelo sobrenome da minha mãe de quando ela era solteira. Clarissa Marie. Poucas pessoas o conheciam.

O meu celular começou a tocar insistente no bolso, então o peguei sem muita vontade.

- Quem é? - Atendi e me sentei no estofado.

- Clary? É a Izzy. - Ouvi a voz infantil e suave de Isabelle do outro lado da linha. Eu simplesmente não consegui ficar longe dela, então resolvi manter contato com a minha irmãzinha que concordou em guardar o segredo. Toda semana ela me ligava no telefone pré-pago. Eu estava me sentindo uma criminosa.

- Izzy! Tudo bem? - Mudei o meu tom de voz, já sentindo o stress se esvair de mim. Isabelle tinha esse poder de fazer qualquer um se sentir melhor.

- Sim, tudo, e com você? - Ela soava preocupada. Não pude evitar e soltei uma risada baixa.

- Eu estou bem, não precisa se preocupar. - A acalmei, ouvindo o som da sua respiração compassada. Sem dúvida ela devia estar escondida em algum canto do seu quarto, evitando ser vista.

- Eu estou com saudades, Clary. - Isabelle sussurrou com a voz embargada, prestes a chorar.

- Eu também sinto a sua falta Izzy. Mas você é forte, sabe cuidar da nossa família sem mim. - Tentei amenizar a situação, mas eu também estava com os olhos úmidos. Ia voltar a conversar com ela quando fui interrompida.

Amor à TrêsOnde histórias criam vida. Descubra agora