I Do I, U Do Film

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- Só acho que isso não é assim... - IzZy passou a mão sobre os cabelos, batendo o lápis sobre a folha de caderno. - Moon... Eu acho que isso não tá certo.

- Que houve, amor? - Ele virou-se para ele. - Deixa eu ver... Eu acho que você deveria deixar essa rima aqui, porque assim essa fica mais rápida e fica mais legal, ainda que eu ache que essa música que vocês querem fazer não combine muito bem com o estilo do grupo.

- Mas o problema não é nem esse... Essa não é a faixa-título, mas essa músicas é a que as meninas mais estão tendo dificuldade pra pegar, já que como você pode ver, eu fiz essa melodia com o Deus, ele insistiu para fazermos algo mais inocente... - Ela suspirou, recostando na cadeira, cansada, ela olhou o relógio, 1:30 da manhã... Ela tinha muitas horas pela frente, Moon olhou para a garota, pesaroso, ele sabia exatamente como ela se sentia... E mesmo que não pudesse fazer muito por ela, queria ajudá-la, ele levantou da cadeira, a abraçando.

- IzZy, você já fez isso várias vezes... Não é agora que vai ficar estressada por causa disso. - Ele olhou nos olhos dela, dando um selinho na mesma. - Vamos, depois eu te compro algo pra comer.

- Algo pra comer? - Ela riu. - Tipo o que? Uma torta de limão.

- Pode ser, o que você quiser. Agora vamos lá, por mais que eu adore passar esse tempo aqui com você, não quero ter que aturar caras de panda por todo lado.

- Ei! - Ela deu um soco no braço dele. - Mas pode deixar. - Ela arregaçou as mangas da blusa, para continuar, pena que o telefone tocou. - Alô?

- IzZy? - Era Jay no telefone.

- Eu mesma.

- O que você tá fazendo acordada?

- Ué, trabalhando, e a Senhora? Está fazendo o que?

- Na verdade... Eu queria pedir uma ajuda.

- Uma ajuda? Jay me pedindo ajudas desse jeito? Que foi? Seu gato ficou preso em cima da árvore e precisa da minha telepatia pra tirá-lo de lá?

- Aff IzZy, cala a boca. - As duas riram. - Então, eu estava voltando para casa com o Tae, e quando chegamos lá, os caras do hotel disseram para passarmos a noite em outro lugar, porque parece que estava tudo congestionando de fãs na entrada, porque ela viram o J-Hope e a Juh entrando no hotel.

- Nossa, e eles ainda estão lá dentro?

- Sim, eles e a Mary e o Jin, mas não sei ao certo em qual dos hotéis eles estão, no nosso ou no deles.

- E eles não sabem o que tá rolando lá embaixo?

- Não fazem a mínima ideia.

IzZy ficou quieta por alguns segundos, bom, ela poderia resolver o problema da Jay rapidinho, a questão era, e Suga e Paula? Como ia ficar os dois? Logo agora que ela tinha conseguido fazer os dois ficarem sozinhos, ela teria que mandar a Jay pra lá.

- Jay, onde você tá?

- Na esquina.

- Bom... Fica lá no meu quarto, a porta tá aberta, eu ACHO que não tem ninguém lá, então cuidado quando for entrar, mas tirando isso, fica a vontade. - Meu Deus, tem como a IzZy ficar mais ingênua?

- Sério? Valeu IzZy! To indo pra lá, depois te pago algo pra comer.

- Qual os problemas das pessoas de hoje em dia? Não precisa Jay, o Moon já vai fazer isso.

- Hummmm, Moon né? - IzZy fez cara de pato. - Bye Líder!

- Tchau tchau! - Ela deligou.

- O que aconteceu com a Jay e o V?

- Então, longa história... Vamos voltar ao trabalho logo. Quero minha torta de limão. - IzZy deu um beijo na bochecha de Rap Monster, que riu, voltando a mexer na música.

~o~

- Onde estamos indo?

- Você logo vai ver, calminha.

- Mas é uma e meia da manhã! Eu deveria me preocupar para onde estamos indo!

- Comigo você não deveria se preocupar com nada. - Suga olhou a namorada bravo, pegou a mão dela e colocou junto com a dele no bolso do casaco. - Pode se acalmar?

- Posso... - Os dois andavam pela cidade agora iluminada pelas luzes da rua e pelos poucos carros que ainda ousavam transitar pela cálida noite, como vocês bem se lembrar, no episódio passado Suga chamou Paula para algum lugar e disse que a iria mostrar "uns truques", desde então, esses dois estão vagando pela cidade, em busca desses benditos truques.

- Pronto, aqui estamos. - O menino foi entrando no gigante estabelecimento, puxando Paula, que apenas olhava ao redor, ele parou em uma cabine, trocou poucas palavras com a pessoa ali e enfim entrou.

- Sério? É isso mesmo que estou pensando?

- Bom... Aqui a maioria das cosias podem estar em japonês, porém creio que o inglês você entende. - Ele riu da cara de tacho dela ao ler as palavras "Movie Theater" a.k.a  Cinema em letras garrafais gigantes.

- Que tipo de truque é esse que você quer me mostrar? - Eles pararam no balcão para comprar pipoca. - Vai até ter pipoca.

- Quem vai no cinema e não compra pipoca?

- Lá no Brasil, quando eu saia com meus amigos da escola, nós não costumávamos comprar pipoca.

- Vocês brasileiros são tão estranhos...

- Nós não somos estranhos! É que nós comíamos antes de entrar, então nem colava ficar comprando pipoca. - Ela fez um bico, Suga virou-se para ela em um ato surpreso, dando um selinho na garota, que ficou parada alguns segundos até voltar a respirar. Suas bochechas esquentaram. - Vamos logo. - Ela começou a puxar ele, que ria da vergonha dela, logo, eles estavam dentro do cinema, sentadinhos, comportados, magníficos... Ou nem tanto, brincadeira. - Por que escolheu um filme de basquete?

- Porque eu queria que um dia você saísse pra jogar comigo...

- Jogar com você? - Paula olhou surpresa para o menino, que sorriu com a surpresa dela. - Sério? Mas... Eu não sou tão boa...

- Você jogaria não é?

- ... Jogaria...

- Então tá ótimo, só encosta aqui e vê o filme. - Suga segurou a cabeça da menina, encostando-a em seu ombro, ela se ajeitou ali, pegando no sono, sendo abraçada pelo menino, que beijou o topo da cabeça dela.

~o~

Gaby escovava os dentes no quarto, Jimin e Manda tinham saído um pouco para fazer sei lá o que, não que isso importasse pra ela, ela cuspiu a pasta, limpando a boca, já estava de pijamas e pronta para entrar em um estado de hibernação mental que planejava sair dele só na manhã seguinte, quando precisasse ir para a sessão de fotos da revista lá. Seus afazeres super divos nem a importavam mais, sabia que Xero estava no Japão, provavelmente tão perto dela, que ela mal conseguia ver, e o que ela podia fazer? Isso mesmo, um belo e maravilhoso nada.

Não havia recebido uma mensagem sequer depois daquela. Sabe. Ela era a Gabriele. E a Gabriele não podia ser iludida desse jeito. Se fosse a Gabriele de sempre, ela simplesmente mandaria ele para aquele lugar e dane-se o resto, quem precisa de encosto na vida? Ela que não, ela já tinha muita coisa na qual se encostar. Enfim, deitou-se, de fone, ouvindo qualquer música aí que representasse alguma cosia que nem ela mesma sabia, até o momento que a altura do som diminuiu e volto logo em seguida que ela sabia mesmo sem olhar, que havia recebido uma mensagem.

Abriu os olhos em um piscar de um vaga-lume e leu o nome na tale, claro, quem mais podia ser? A Operadora que não podia, enfim na mensagem estava escrito:

Boa noite, amor, te amo demais, não se esqueça de mim, ok?

Ela desligou o celular, virando-se para o outro lado, querendo realmente esquecer.

Ascension: Time to ShineOnde histórias criam vida. Descubra agora