Caρítuło 2 ◆ Encontros Desencontros (REVISADO)

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  Durante o intervalo, ainda no 2° andar, enfrento o tráfego de ida e vinda de alunos ao meu redor

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  Durante o intervalo, ainda no 2° andar, enfrento o tráfego de ida e vinda de alunos ao meu redor. Alguns metros à frente, contra à minha direção, vem o novato, andando sem rumo algum, no largo corredor. Ele é um pouco mais alto que eu, cerca de uns quatro centímetros. Seu cabelo assim como o meu, não possui um corte bem marcado. Aqueles de lateral baixa e o topo mais alto, enfim, é uma bagunça de fios castanhos escuros. Porém, é uma bagunça, despojada, e não desleixada, para constar.

  — Fala aí... — paro na frente dele, o impedindo de prosseguir. — Teu nome é Marcos, né?

  — Isso... e o seu, como é? — ele me encara.

  — Klaysller, mas pode me chamar de Klay. — estendo a mão para um aperto e ele retribui.

  — Ok, Klay... A gente se ver por aí? — assenti e ele passa por mim.

  Repentinamente, meu olhar fica hipnotizado pela garota cheirosa dos cabelos longos que encontrei na entrada. Por estar de frente, agora pude ver o seu rosto. Que perfeição. Acompanhado de traços finos que lembram uma americana. Linda sintonia de uma boca bem desenhada, nariz levemente arrebitado e olhos negros. Senti uma sensação estranha no meu estômago, chegando a ficar bobo com a sua beleza. Ela andava ao lado do Romário, nem me surpreendeu. O cara tem uma lábia para fazer amizades, ao contrário de mim, que sou péssimo. Bom... Péssimo não, digamos que, despreocupado.

  Eles tomam direções opostas e me aproximo do Romário.

  — Quem era a garota da conversa? — perguntei como quem não quer nada. No entanto, não dava para esconder o ar de curiosidade.

  — Ah! — ele arregalou os olhos. — É a Larissa, minha prima. — diz passando a mão nos cabelos.

  — Hum... Larissa... — sussurro coçando o queixo. — Espera, sua prima? — Caiu a minha ficha.

  — É cara, ela veio de outra cidade. É sobrinha do meu pai. — desviou o olhar para sua prima, que conversava com duas garotas, sentadas no parapeito enquanto ela permanece em pé, variando os movimentos das mãos, entre a cintura e o cabelo.

  — Bonita ela... — volto a encará-lo, com um sorriso de canto.

  — É... bonita, mas... Perigosa. — ele solta uma leve risada.

  — Hã... Perigosa como? — quis saber. Afinal, esse "perigosa" despertou outra curiosidade em mim.

  — Ela veio expulsa da antiga escola. Não se engane com esse rostinho lindo... Essa aí, é uma encrenca total... — ele põe a mão no meu ombro. — só estou avisando, pra depois, não entrar numa enrascada. — dito isso, me dá as costas indo em direção a um grupo de caras e junto a eles, some descendo as escadas.

Garoto Oculto [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora