Klaysller, ou melhor, Klay Montenegro é um simples garoto reservado em seus atos e pensamentos. Descobrindo a si próprio, se aventura em várias confusões. Paz interior, ser discreto e fugir de intrigas são riscados da sua lista quando entram em cena...
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Não dormi direito, só imaginando como vai ser a reação de todos na escola. Principalmente, daqueles babacas quando verem o Leo, bem provável que ninguém vá reconhecé-lo.
Pego a mochila e saio de casa.
— Oi, Klay! — Diz a Hívena, sorridente.
Eu estava tão ansioso que ao ver a Hívena, não tive outro pensamento ao não ser beijá-la. Meu corpo se chocou ao dela e nossos lábios se colaram por um impulso inexplicável.
— Oi. — Digo encerrando o beijo.
— Mas, o que foi isso, Klay? — Diz ela, completamente sem jeito, passando a mão pelo cabelo.
— Não sei... — Desvio o olhar, coçando atrás da nuca.
— Vê se avisa antes! — Ela dá as costas, passando a mão na boca, tentando, de alguma forma, amenizar o pouco que borrou do seu leve batom.
— Ladrão não avisa antes de roubar. — Sorri de canto, andando ao seu lado. — Bora! Quero chegar logo na escola.
— É, Vam... Vamos. Mas, o que tem hoje de tão interessante pra você querer ir pra escola? — Perguntou com uma sobrancelha arqueada.
— Nada, ué. — Dou de ombros, tentando disfarçar o entusiasmo.
~•*•*•~
Na escola, a expectativa só aumenta. O Leo ainda não havia chegado e convenço a Hívena a esperá-lo na entrada comigo.
— E aí, pessoal! — Marcos nos surpreende por trás, pondo as mãos sobre nossos ombros.
— Oi, Marcos. — Disse a Hívena. — Desencosta, Marcos. — Ela retira a mão dele.
— E aí, cara... — Diz ele, puxando uma mecha do meu cabelo e me afasto. — Preparado?
— O que vocês estão tramando? — Hívena rápido desconfia de algo.
Logo o carro do Leo estaciona, a alguns metros de nós. Abre-se a porta e, na hora, reconheço o sapato cano alto que o Marcos havia escolhido. Ele salta para fora do carro e chama atenção de todos em volta, devido a sua aparência. Mais uma vez, me surpreendo.
Magnífico era o cabelo, nada igual antes lambido por tanto gel. Agora é despojado. O rosto estava, absurdamente, irreconhecível sem aqueles óculos horríveis. Seu olhar se tornou intenso e parece jogar uma indireta de superioridade.