Caρítuło 10 ◆ Cinema (REVISADO)

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Hívena

— Acho que está bom. — Falei para mim mesma, em frente ao espelho. Faço algumas poses, verificando o vestido branco, estampado com pequenas flores. O cabelo, deixei solto mesmo e fiz uma leve maquiagem, sendo olho marrom esfumado e batom rosa bem claro, em que os lábios ficam mais evidentes.

  Daqui a pouco, o Klay aparece... Onde será que vamos? Ainda não tenho a menor ideia. No entanto, qualquer lugar serve, claro, com uma certa exceção. Só não quero ficar em casa. Com as mãos, dou uma leve bagunçada no cabelo, deixando-o mais despojado. Quando ouço o soar da campainha.

  Acho que é ele... Não, Hívena! É o entregador de pizza, que veio por livre e espontânea vontade.

  Antes de me despedir dos meus avós, eles já impuseram a regra de estar em casa antes das onze horas. Fazer o quê, tem que respeitar os mais velhos. Abro a porta e o Klay, que estava de costas, se vira pra mim. Ele me olhou de cima a baixo, boquiaberto, e sorriu. Camisa cor de vinho, com as mangas puxadas até os cotovelos e calça jeans. É... bonitinhose ele fosse telepata, eu ganharia um golpe de luta surpresa agora. — Enfim, ele está bonito.

  — E aí, vamos? — Continua com o sorriso. Fecho a porta e passo por ele, sentindo o seu perfume, ainda mais intenso.

  — Nossa, você tá...

  — Feia, já sei. — Abaixo a cabeça, fazendo drama.

  — Não, quê isso! Você está linda. — Disse, erguendo meu rosto pelo queixo.

  — Que gentileza. — Ironizo. — Obrigada. — Sorri e ele resmungou.

  — Onde vamos? — Ele perguntou, com a mão atrás da cabeça.

  — Não sei. — Forço um sorriso e ele me encara.

  — Como não sabe? — Perguntou, surpreso, com as sobrancelhas arqueadas. — Que eu me lembre, foi você que chamou pra sair.

  — Desculpa, eu não conhecer nada por aqui, moço. — Torço a boca, como desfeita.

  — Deixa eu pensar... — Disse com a mão no queixo. — Ah, vamos no cinema, ainda dá tempo de entrar na seção das oito e meia.

  — Ótimo, mas qual filme está em cartaz? — Quis saber.

  — Ah, sei não... vamos saber quando chegar lá. — Dá de ombros.

  — Espero que não seja terror. — Faço cara de choro, temendo o pior.

  — Não gosta, é? — Ele me encara, de forma assustadora. — Pois, agora eu torço pra ser terror. — Praguejou, rindo de canto.

  — Se for eu não vou assistir, morro de medo.

  — Deixa de ser mole, Hívena, não tem nada de mais. Bora, que o táxi já está esperando.

  — Oh gente, a mamãe ainda não liberou o carrinho para o filhinho dirigir. — Digo com voz de criança, o seguindo. Ele para, de repente, me encara sério e engulo aquilo à seco.

  — Vai esnobando. — Passa o dedo no meu nariz, com um leve sorriso nos lábios e segue a mão para o meu cabelo puxando uma mecha. Doeu? Sim, doeu, e ele percebeu, ao correr, antes que eu fizesse alguma atrocidade.

Garoto Oculto [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora