Klaysller, ou melhor, Klay Montenegro é um simples garoto reservado em seus atos e pensamentos. Descobrindo a si próprio, se aventura em várias confusões. Paz interior, ser discreto e fugir de intrigas são riscados da sua lista quando entram em cena...
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Dias depois do jantar com os Ribeiros que por sinal foi muito bom, diversas vezes retornei para uma breve visita. Hoje é sexta-feira estava escurecendo e minha mãe chega do trabalho, admiravelmente no seu horário de costume. Sem falta ela vai ter que me falar o motivo desses sumiços misteriosos e quando eu pergunto, ela arruma um meio de escapar.
— Sra. Montenegro pode abrir o jogo, fala logo o motivo dessas saídas sem horário pra voltar e essas ligações que passa horas batendo papo. Já estou ficando preocupando, tem haver com sua saúde? — quis saber.
Ela inspirou fundo e colocou sua bolsa sobre a mesa.
— Já tá na hora mesmo de falar... — ela passou a mão no cabelo, jogando a franja pra trás. —Klay assim como você, eu estou namorando também. — soltou uma fraca risada seguido de um sorriso largo.
— E quem é ele? Eu quero conhecer...
— Se tudo der certo ele vem amanhã jantar com a gente...
— Como assim se der certo? Já estão em crise... Vish. — ironizei.
— Obvio que não Klay. Rotinas corridas.
— Certo então, se for o caso, minha namorada pode vir também? — sorri e ela assentiu que sim.
Encerro o assunto dando as costas seguindo para meu quarto.
Espero, não... Eu quero que esse namorado da mãe seja bom pra ela, caso contrário prefiro nem imaginar, eu não suportaria vê-la sofrer por um otário qualquer.
Acordo de manhã sentindo leves movimentos no meu cabelo. A claridade da janela incomodou um pouco. Quem abriu essa cortina?
— Bom dia...
— Hívena, o que faz aqui? — semicerrei os olhos.
Ainda não me acostumei que ela já é de casa, as vezes me assusto com suas aparições. Na real me esqueço até que tenho namorada. Ainda é algo novo para minha mente.
— Você estava fofo dormindo... — ela me deu um selinho inesperado.
— Eu sei! — sorri.
— Hum... convencido ele. — puxou leve o meu cabelo.
— Que horas são?
— Quase 10h.
— Já acordou meu filho?! — minha mãe perguntou pela porta entreaberta. — Te arruma que vamos no supermercado, você vem também Hívena?