Caρítuło 22 ◆ A Cunhada

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No caminho de volta pra casa ali por volta das 18h, Hívena permanecia completamente em silêncio

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No caminho de volta pra casa ali por volta das 18h, Hívena permanecia completamente em silêncio. Um silêncio tedioso. Se ouvia apenas o fim de tarde cotidiano, o som dos nossos passos e o chaveiro tilintando na sua mochila e fico inquieto com aquilo...

   — Parece que se deu bem com a Larissa, não ouvi nenhuma discussão... — falei quebrando aquele clima e nos encaramos. Já estávamos próximos de nossas casas.

   — É... Só parece mesmo. — ela responde revirando os olhos. — A gente dividiu um espaço não as calcinhas querido! — sorrir de canto.

   — Caramba, mas tu hoje hein... — fico andando de costas de frente pra ela. — Parece que tocaram fogo na tua língua para com isso moça. — passei o dedo em seu nariz.

   — Desculpa moço. — Ela fez biquinho se jogando pra cima de mim e me afastei. Mas evito uma leve queda dela.

   — E se eu caísse? — Ela desajeitadamente se recompôs.

   — Não vai cair. Eu seguro. — Sorri de canto a puxando pela cintura.

   — HÍVENA??? — chamou uma garota saindo da casa dos Ribeiro. Ela tem os cabelos longos e se vestia muito bem.

   — BREANNA!!! — gritou Hívena correndo ao seu encontro.

Ah, é a irmã dela, Hívena falou que tinha uma irmã mais nova. Apenas um ano mais nova que ela. Vi algumas fotos dela, mas pessoalmente é bem melhor, apesar que não vejo muita semelhança entre elas, deve ter puxando a um parente bem antigo da família.

Elas se abraçam, gritam, pulam. Essas coisas histéricas que muitas garotas fazem.
Dai cai minha ficha, geral com irmãos e eu, até que tenho também, mas não conta.

   — O que você tá fazendo aqui? — Hívena perguntou realmente surpresa com a presença da irmã.

   — A mãe resolveu viajar de última hora e me arrastou junto. — Breanna passou a mão no cabelo que é enorme, nossa!

   — Cadê ela? Quero vê-la agora, que saudades... — Hívena adentrou a casa com sua irmã.

   E lá se foi a minha namorada e a cunhada que nem cheguei a conhecer. Me ignorou geral, mas não julgo. A saudade era nítida desde quando conheci a Hívena, acasos-acasos ela comentava algo que parecia com irmã, que a mãe não gostava e que o pai ensinou assim...

Adentrei minha casa e a Sra Montenegro não havia chegado, segui para meu quarto, jogo a minha mochila sobre a cama e já vou tirando toda a roupa no curto caminho até o banheiro. Debaixo do chuveiro relaxo demoradamente, até pesar na mente o consumo desnecessário de água. "Klay, você deve parar com isso!"  digo a mim mesmo ao enrolar a toalha na cintura e ver através da janela que o pôr do sol deu a vez para a lua cheia enorme e brilhante no céu negro. Peguei meu celular e além de uma chamada perdida da Hívena e outra da minha mãe, havia três mensagens de um número desconhecido. Olho a foto de perfil e parece... ainda estava carregando, é ela mesmo. Larissa.

Garoto Oculto [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora