As pazes

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Estou tão feliz! Consegui ajudar a Sra. Clarice! Vou poder pagar os tratamentos do Diogo e talvez ele recupere do cancro!

-Muito obrigada Catarina!-exclamou a Sra. Clarice, agradecida.

-Não tem de quê!-disse eu.

Dirigimo-nos a casa e quando chegámos já eram 19:15. Fizémos o jantar, comemos vimos ainda a novela e depois fomos dormir. Eu adormeci passado pouco tempo. Sonhei que estava com a minha mãe a passear no parque e a comer gelados, o parque municipal ao qual ela me levava quando eu era mais nova.

Acordei de manhã e reparei que eram 7 horas. Como era quarta feira, decidi levantar-me para ir à escola. Vesti-me, tomei o pequeno almoço e depois escrevi um bilhete para a Sra. Clarice a dizer que ia à escola. Deixei-o em cima da mesa da cozinha, disse onde estava a chave de casa e o que ela podia comer. Saí e fui até à escola.

Quando cheguei a campainha tocou e fui para a aula. A Bianca viu-me e eu ia ter com ela para lhe contar, mas em viz disso ela entrou rapidamente na sala, deixando-me sem oportunidade para falar.

-Bom dia alunos!-saudou a professora.

-Bom dia stora-respondeu a turma.

-Catarina! Vejo que decidiu regressar. Então andou onde a menina? Em casa a relaxar? As férias ainda não começaram-disse a professora.

Eu comecei a chorar, o Gonçalo e o Amdré eram os únicos que sabiam o que se tinha passado, mas não contaram a ninguém, porque eu lhes pedi.

-Catarina, não é preciso tanto, já não é nenhuma criança-disse a professora.

A turma riu-se. Eu chorei. A Bianca e o André foram os únicos que não se riram.

-Catarina, pode parar de chorar?-disse a professora, quando eu chorei ainda com mais força-Catarina! Não é motivo para tanto!

-É sim!-gritei, e a turma calou-se- a professora não sabe o que se passou!

-A menina não diz!-insinuou a professora.

-É difícil dizer isto!-gritei-Deve achar que as pessoas não têm sentimentos!

-Não me volta a levantar a voz!-gritou a professora-Quer ir para a direção?

-Mande-me para lá a vontade! Não mudará nada! Ninguém me vem buscar!-gritei, a chorar.

-O que quer dizer com isso?-perguntou a professora!

-A minha mãe morreu e o meu pai saiu do país!-gritei, chorando tanto como quando contei ao André.

-Aaa-a professora ficou atrapalhada-vá lá abaixo desanoviar, quem é que e é amiga dela? Ah! Bianca, vá com ela.

-Eu?

-Sim Bianca, vá!-ordenou a professora.

A Bianca saiu comigo até à rua, para eu poder arejar.

-Sinto muito-disse ela, a certa altura.

-A culpa não foi tua-respondi, entre soluços.

-Eu sei, mas, eu também gostava muito dela e, acho que estarmos afastadas te fez mal. Fui uma parva-admitiu ela.

-Não foste nada, eu é que achava que o Gonçalo era mais compreensível-disse por fim.

-Bem, eu proponho que voltemos a falar, como era dantes-disse a Bianca.

-Eu aceito isso. Estou um pouco melhor agora! Posso contar-te tudo o que se tem passado!-disse eu, limpando as lágrimas.

-Eu também tenho coisas para te contar, mas deixemos isso para depois, é melhor voltarmos para a sala. Estamos aqui à cinco minutos e a professora deu-nos precisamente esse tempo. Vamos à casa de banho para lavares a cara-disse a Bianca agarrando-me pela mão.

Seguimos devagar até à casa de banho, lavei a cara e voltámos à aula.

-Mais calma?-perguntou a professora.

-Sim-respondi. Nunca gostei muito da professora de história, e agora gosto ainda menos, depois do que fez.

Quando saímos da aula fui para o intervalo com a Bianca e contei-lhe tudo, sobre o André e o Gonçalo, sobre a minha mãe o meu pai, o Diogo e a Sra. Clarice. Ela focou-se mais nos rapazes.

-Asério?-perguntou ela-mas gostas do André ou do Gonçalo?

-Eu gosto do Gonçalo...e do André-respondi - É difícil, o André tem sido um querido, enquanto que o Gonçalo parece estar a deixar de gostar de mim...

-Sabes, se amas duas pessoas e não sabes qual escolher, escolhe a segunda. Se gostasses mesmo da primeira, não haveria uma segunda opção-disse ela, para me encorajar.

-Eu sei, mas é difícil...

-Tens de fazer a escolha acertada. Deixa andar assim mais um ou dois meses para ver o que acontece, ok?

-Ok...-respondi eu- Então e tu? Como vais de rapazes?

-Bem, há um rapaz...-começou ela.

-Ai! Conta!-disse eu, entusiasmada.

-Há um rapaz que me tem andado a falar um pouco... é giro e tem sido muito fofo.

-Quero saber quem é!-disse eu.

-Ai, ok. É o Afonso Silva!

-Do 9°D?-perguntei.

-Sim! Fala baixo!-pediu ela.

-Desculpa!!-disse eu sorrindo. Sabes, eu acho que vou escolher...

Oláááá! Tudo bem com vocês?
Espero que gostem deste capítulo e que leiam o próximo.
Eu ando e ler algumas fics, que se parecem um pouco ou com a minha ou com o futuro da minha. Não estou a dizer que andaram a copiar, nem eu copiei, mas o facto do trabalho que as personagens da minha fic têm, foi verdadeiro. Eu tenho a fic toda escrita, apenas passo para o wattpad. Por isso se existirem partes parecidas em fics diferentes, ninguém andou a copiar.

Beijos!!

Why?   *PT*Onde histórias criam vida. Descubra agora