-Catarina!-alguém chamou, uma voz familiar, provavelmente do meu pai ou do Pierre.
-Vou já-respondi-Bruno, tenho de me ir embora. Acho que nunca mais nos vamos ver, mas gostei muito de te conhecer-abraçei-o apenas com um braço, pois segurava o cãozinho no outro.
-Vou tratar de voltar a ver você brevemente-disse ele ainda durante o abraço.
Eu achei aquilo um pouco estranho mas dei-lhe um beijo na cara e fui-me embora.
Quando cheguei ao pé do meu pai ele estranhou ao ver o cão.
-O que é isso?-perguntou.
-Um cão, não vês?
-Pois, obrigado, mas o que faz um cão contigo?
-Uma prenda, basta pagarmos mais 15 euros e eu levo o cão ao colo.
-A viagem é longa, ele vai precisar de fazer necessidades, não achas?
-Arranjamos uma caixinha e se ele fizer necessidades eu vou à casa de banho e limpo a caixa, mas tem de ser daquelas de plástico.
-Fica a saber que quem se vai responsabilizar pelo cão és tu.
-Eu sei, faço tudo sozinha, só preciso que compres a ração e depois eu compro uma caminha para ele e produtos para o lavar ou para a lavar. Não sei se é macho ou fêmea-levantei o animal e observei-uma fêmea, ainda bem! Vais-te chamar Cindy pode ser? -levantei novamente a cadelinha e roçei o meu nariz no dela. Tinha cerca de 3 meses, foi o que dissera o Bruno.
Após o tempo necessário entramos no avião, eu levava a Cindy na caixa com uma mantinha, comida e água.
*Após 5 horas de voo*
Tem sido uma seca porque não fiz quase nada...tirando o facto de ter lavado a caixa da Cindy 3 vezes. Ela não ladrou muito, já dormimos as duas e já só faltam 4 horas...já faltou mais certo?... Bem, a verdade é que quando olhava para a janela, observava as nuvens e lembrava-me do André e do Bruno. Que parva que fui! Se não tivesse vindo não tinha conhecido o Bruno, e não tinha problemas, mas também não teria a Cindy. Atravessámos de momento o oceano atlântico. Eu estava assustada porque odeio estar muito alta e tenho medo do mar, porque ia morrendo quando era pequenina. Afoguei-me e bati contra as rochas. Desmaiei e a minha mãe foi ter comigo a correr, tirou-me da água e levou-me aos nadadores salvadores, ligaram para o 112, fui para o hospital, fiquei internada durante 1 semana e depois saí, com moletas por ter deslocado o pé, mas os médicos disseram que voltaria ao sítio e voltou, por isso nunca mais senti dores ali, apenas tenho às vezes no braço que sofreu mais danos, o braço em que fiquei com a pele rasgada e que abriu até ao osso. Mas passado é passado e não gosto de más memórias...
*Após 8 horas de voo*
Estava a dormir muito bem há umas 2 horas quando acordo sobressaltada.
"Apertem os cintos por favor", disse uma das hospedeiras ao microfone. Apertei o sinto imediatamente e agarrei na caixa em que estava a Cindy e coloquei-a no meu colo. O avião estava a abanar tanto, estava mesmo assustada. A Cindy começou a ladrar e eu tirei-a da caixa e agarrei-a, comecei a fazer-lhe festas para ela se acalmar. Tentativa falhada, ela estava demasiado assustada. Coitadinha...
O avião estava a abanar imenso, estava mesmo assustada, o meu pai também estava e do banco da frente ia perguntando se estava tudo bem e dizia para ter calma porque era apenas turbulência. "Ok, Catarina, isto já passa" pensei. Mas enganei-me. O avião começou a descer e o piloto ligou o microfone e começou a falar:-Senhores passageiros, no sítio em que nos encontrávamos estava demasiada turbulência, por isso descemos um pouco para nos livrármos dela. Mantenham os cintos apertados e não saiam dos vossos lugares por favor.
Ficámos mais uns 2 minutos sem sentir turbulência mas ela voltou, por isso o piloto subiu novamente o avião. E assim ficámos durante 5 minutos. A turbulência insistiu por isso o piloto subiu ainda mais o avião. Todos os passageiros permaneciam calados por isso ouvimos o diálogo entre o piloto e o co-piloto.
-Não suba mais! O avião não aguenta tanto-disse o co-piloto.
-Não vamos andar mais na turbulência-respondeu o piloto.
-Não é seguro, nunca subimo mais que 10 000 pés!
-Mas vamos subir agora!
O piloto subiu e a Cindy começou a ganir. Devia estar com dores nos ouvidos, por causa da pressão e a dor dela passou para vários passageiros, principalemente crianças, que começaram a chorar por causa da dor.
-Não suba mais!-disse o co-piloto.
-Deixa-me trabalhar! Vamos e acabou!
Após o avião subir, um sinal disparou, dizendo que estávamos fora da zona de segurança. O piloto ignorou e continuou. A certa altura o avião começa a descer abtuptamente e o piloto fala ao microfone dizendo para os passageiros se pepararem para o caso de cairmos na água, dizendo que o sistema tivera uma falha.
Os passageiros começaram a entrar em pânico e as familias deram as mãos. Eu abraçava a Cindy e chorava. Estava tão assustada. Estúpido piloto! Porque raio teve de subir tanto?Agora íamos cair! Argh! Estava mesmo assustada, mesmo muito. Será que íamos morrer?
Olááá! Pois é! O avião pode cair! O que vai acontecer? Será que é o fim da fic com a morte da personagem principal? Será que é um sonho? O que será? Comentem e votem!! Obrigada e beijinhos!!
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Why? *PT*
De TodoCatarina é uma rapariga que vai ter de ultrapassar muitos obstáculos ao longo da sua vida. Estará ela pronta para tudo o que vem aí? Terá alguém para a apoiar?