Decidi ligar ao André para saber se podia passar pela sua casa para falar com ele. Óbvio que ele respondeu que sim. Vesti-me e saí de casa.
*Campainha Toca*
-Olá amor-saudei.
-Olá amor-respondeu ele-entra.
Entrei, saudei os pais dele e fomos para o seu quarto. Deitámo-nos na cama um ao lado do outro e começámos a falar:
-Então? Porque precisavas de falar?-perguntou ele.
-Bem, eu queria, tu sabes, pensar em nomes para o bebé e queria saber se já tens ideias. Visto que vais ser, bem, o pai dele ou dela-disse eu.
-Eu não sou bom com nomes, visto que nem sou o pai verdadeiro, acho que podes escolher o que quiseres-disse ele.
-Oh, mas eu queria que tu dissesses de que nomes gostas, acho que também é importante, e quero que me ajudes a escolher um nome-disse eu.
-Aaaa, deixa-me pensar...se for rapaz...talvez...David e se for rapariga...Rita, gosto desses nomes.
-Eu também gosto desses nomes. Mas também gosto de Sofia e de Rodrigo.
-Yha, também são fixes-disse ele-mas tu é que sabes amor.
Depois disso almoçámos e fui-me embora à tarde.
Fui ao hospital ter com o Diogo e "falar" com ele, sobre os nomes.
-Olá mano. Olha, eu gostava de saber a tua opinião relativamente aos nomes. Eu gosto muito de Sofia e de David. Concordas?
Na minha cabeça ele respondeu-me.
"Maninha, adoro as tuas escolhas, tu é que sabes que nome lhe queres dar"
Eu pensei um pouco e disse:
-Vamos fazer uma coisa. Eu digo três nomes de menina e naquele em que o teu batimento cardíaco aumentar, é o que vou escolher.
-Rita...-o batimento manteve-se.
-Laura...-o batimento manteve-se.
-Sofia...-o batimento também se manteve.
Desiludida, repeti tudo e o batimento continuou o mesmo, mas quando disse o último nome, o Diogo respirou de uma forma tão profunda que eu entendi isso como um "sim, gosto desse". Fiquei contente e depois avancei para os nomes dos meninos.
-Rodrigo...-ele não fez nada.
-Guilherme...-nada.
-David...-o seu batimento aumentou um pouquinho e eu pensei que era um sinal.
-Obrigada maninho!Se for menina vai ser Sofia, se for menino vai ser David-abracei-o.
Depois de mais uns 5 minutos lá dentro saí e dirigi-me a casa, para contar à Clarice o que tinha acontecido. Ele ficou muito feliz por eu já saber os nomes que queria. Decidimos ir jantar fora com o André ao centro comercial. Depois fomos dar um passeio perto do rio, à luz das estrelas. Eu gostava muito de fazer aquilo, era como se, o vento que me batia na cara, levasse todos os problemas que às vezes voltavam. Estava de mãos dadas com o André a Clarice ia ao nosso lado. Após pensar um pouco, decidi dizer:
-Clarice, André, preciso de vos contar uma coisa. Quando o bebé nascer, não vou poder ir para a escola durante 6 meses e, acho que não conseguiria viver sempre a ouvir críticas das pessoas, todos os dias, como têm feito agora. Por isso, pensei em ir para o Luxemburgo, onde está o meu pai. Ele queria que eu fosse para lá viver e agora que isto aconteceu, é o que quero fazer. Quero ir viver para o Luxemburgo.
-O quê? Catarina, vais-me deixar?-perguntou o André.
-Não! Eu quero levar-te. A ti e a tua família. Tal como a Clarice e o Diogo.
-Catarina, eu percebo que já não queiras viver aqui, mas eu tenho uma vida aqui, o André tem uma vida aqui!-disse a Clarice.
-Mas Clarice! Lá íamos viver muito melhor. O meu pai consegue trabalho para todos com muita facilidade-expliquei-por favor! Venham comigo! Eu quero ir-me embora. Não consigo aturar mais as pessoas!-gritei.
-Amor, eu vou pensar nisso, mas é complicado...-disse o André indeciso.
-Pensem por favor!-pedi.
Após este diálogo seguimos para casa, sem falar. Levámos primeiro o André e depois é que fomos para casa.
No dia seguinte, quando voltei da escola liguei ao meu pai.
*Chamada On*
-Estou sim?
-Olá pai! Tudo bem?
-Sim filhota e contigo?
-Também, está tudo ótimo. Pai, estou a ligar-te porque, pensei naquilo que disses-te sobre eu ir para aí viver contigo.
-Sim.
-Eu quero ir para aí! Pai, estou farta das pessoas! Não aguento mais! Eu quero ir para aí!
-Então vou marcar um voo para a semana.
-Espera pai!
-O que foi?
-Eu quero ir com a Clarice, o Diogo, o André e a Bianca e com as respetivas famílias!
-Deves estar a brincar certo? Onde é que os vais pôr? Sabes bem que eles têm vida aí!
-Mas pai, eles são a minha família!
-Não Catarina! Vens tu e a Clarice, mais ninguém.
-Mas a Clarice tem o Diogo aqui.
-Então vens só tu, para a semana.
-Pai não! Eu quero dizer-lhes se é rapariga ou rapaz pessoalemente!
-Desculpa Catarina, mas vou marcar um voo para a semana. Depois ligo-te a dizer o resto. Beijo.
*Chamada Off*
Boa, agora tinha de ir viver com o meu pai SOZINHA. Porque é que lhe liguei? Argh! Porquê?
Tinha de ir contar ao Diogo. E assim fiz. Fui ao hospital. Fartei-me de chorar ajoelhada e agarrada a ele.
Depois fui ter com o André e também chorei agarrada a ele.
-Agora nunca mais te vou ver!-gritei a chorar.
-Eu vou visitar-te-disse ele.
-Não quero que me vás visitar. Assim só ias lá 1 vez por ano! Quero que vás para lá viver!-exclamei, muito triste.
Ele abraçou-me e disse-me:
-Nada nem ninguém nos vai separar. Nem que tenhamos um mundo entre nós. Nunca gostei de ninguém como gosto de ti e nunca vou amar alguém como te amo. Prometo que vou ver-te. A ti e ao nosso bebé.
Eu sorri e abracei-o.
Mesmo que ele me fosse ver, ia dar ao mesmo. Não ia viver comigo! Estava tão chateada. Tão triste. Tão abatida. Não sabia mesmo se queria entrar naquele avião e dizer adeus a toda a minha vida. Não queria. Não queria deixar a Bianca. Não queria deixar o André. Não queria deixar a Clarice. Não queria deixar o Diogo. Não queria ir...sem eles...
Oláá! Já escolhi os nomes! Obrigada pela vossa ajuda! Então? Será que a Catarina vai para o estrangeiro? Ou será que continuará em Portugal? Comentem aí o que acham porque é muito importante para mim! Votem por favor! Beijinhos para todos!
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Why? *PT*
RandomCatarina é uma rapariga que vai ter de ultrapassar muitos obstáculos ao longo da sua vida. Estará ela pronta para tudo o que vem aí? Terá alguém para a apoiar?