Uaaau!

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Entrei no avião ainda com lágrimas a caírem pelo rosto. Sentei-me no banco e olhei pela janela enquanto o piloto se preparava para levantar voo. Após uns 10 minutos ali parado, o avião começou finalmente a andar. À medida que descolávamos eu olhava para o aeroporto e depois para o céu. Pedi desculpa à minha mãe por não ter ido ao cemitério, mas se o fizesse provavelmente teria mesmo ficado em Portugal.

Como gosto de andar de avião não tive problemas nenhuns, ao contrário da senhora que ia ao meu lado, sempre enjoada.

Acabei por aterrar às 22 e 45 no aeroporto. Segundo o que me disseram, o aeroporto chamava-se Findel ou cena parecida. Quando saí do avião fui buscar a mala e fui para a entrada principal onde um carro me esperava. Segundo o meu pai, era aquela matrícula, por isso entrei no carro, onde fui muito bem recebida pelo motorista. Ele chamava-se Pierre e disse que era o motorista particular do meu pai. Parecia que o meu pai tinha mesmo melhorado o salário, o que era muito bom. Durante o caminho para casa, o motorista foi-me fazendo algumas perguntadls, às quais eu respondia sempre de bom grado. Até que ele me perguntou algo que me deixou triste:

-Foi fácil?

-Acha? Não foi nada fácil deixar a minha melhor amiga, o meu namorado, a senhora que tem estado comigo e o meu maninho-respondi cabisbaixa.

-Imão? O Senhor Fernando não me disse que tinha mais filhos-estranhou o motorista.

-E não tem, mas eu chamo-lhe maninho porque é o filho da senhora que tem estado comigo, a Clarice. Ele está no hospital em coma, mas eu ia lá todos os dias falar com ele. Gosto muito dele, sabe?

-Hum, isso é bom. E a senhora que tem estado consigo como se chama?

-Clarice.

-E tem que idade?

-50.

-Asério? Eu tenho 51.

-Pois...-não sabia o que responder.

Quando cheguei à casa onde estava o meu pai, em Vianden, não consegui acreditar logo que o meu pai estava a viver ali. Uma mansão? Era gigante! E bonita também, toda branca com um grande jardim à frente e com uma piscina no quintal. Quando entrei reparei que tinha várias salas e quartos. Tinha um jacuzzi interior e no piso de cima tinha uma rede no chão que dava para ver o rés do chão! Estaria a sonhar? Não, não estava a sonhar. O motorista (chama-se Rui) levou-me até ao meu quarto. Uau! Era tão grande! E tinha uma bela vista. Tinhamos quartos para tanta gente! Porque é que eles não puderam vir? Argh!

Depois de conhecer todos os cantos da casa, fui ter com o meu pai ao seu escritório.

-Olá pai-cumprimentei.

-Olá Catarina-respondeu ele-a viagem correu bem?

-Sim.

-E gostas da casa?

-Da casa? Isto é uma mansão!-disse eu contente.

-Espero que gostes-disse ele.

-Só não percebo porque é que eles não puderam vir-disse triste.

-Catarina, já falámos disto, sao 10 da noite não quero discutir-disse ele secamente.

-Tá, vou para o meu quarto-disse saindo.

Fui para o meu quarto e deitei-me em cima da cama. Liguei o computador e fui ao skype ver se o André se estava on. Infelizmente não estava, devia estar já a dormir, tinha de descansar. Por isso decidi deitar-me e também acabei por adormecer.

Quando me levantei no dia seguinte tomei o pequeno almoço e fui para a sala ver televisão. Eram sensivelmente 10 horas quando decido ligar o skype, para ver se o André estava on. Felizmente estava, por isso liguei-lhe:

-Olá amor-saudou.

-Olá amor-respondi.

-Então? A viagem correu bem?

-Sim, não ouve turbulência nem nada.

-Que bom, e a tua casa?

-Casa? Eu não vivo numa casa.

-Então?

-Isto é uma mansão!-disse com os olhos esbugalhados.

-Asério? Que fixe! Eu contento-me com esta vivenda, tu sabes...

-Pois sei...

-E o teu quarto?

-É gigante! A cama é que é menos confortável. Tenho de me habituar...

-Gostava de estar aí...

-Eu também queria que estivesses...

-Um dia vou visitar-te.

-Espero bem que sim. Olha, o Pierre está a chamar-me. Desculpa, mas tenho de ir.

-Quem é o Pierre?

-O motorista do meu pai.

-Motorista? Amor, tu tiveste mesmo sorte.

-Yha. Olha tenho mesmo que ir. Até logo-mandei um beijo com a mão.

-Adeus.

Fui vestir-me e daí até à rua.

-Pierre, este não é o carro do meu pai-disse eu eu ao entrar.

-Pois não, esta é a SUA limusine.

-A MINHA limusine?-perguntei pasmada.

-A SUA limusine menina.

-Oh! Uau, tenho a minha própria limusine! Que fixe!

Seguimos até ao centro comercial para eu ver as lojas. Eram bem grandes até. Depois do almoço voltámos para casa e fui tomar banho. Quando acabei olhei para o espelho e reparei que a minha barriga estava já um pouco grande. Acariciei-a dizendo "a mamã ama-te muito. Vais ser muito feliz, prometo!".

Oláááá! Espero que estejam a gostar. A Catarina adorou a mansão. E vocês? Comentem o que acharam e votem porque é muito importante para mim! Beijos.

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