A saída

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     Peço-vos que leiam a nota final! Por favor!

Pronto. Tomei mesmo a minha decisão. Quero mesmo ter este bebé. Quero criá-lo mesmo muito. Provavelmente vou viver com o meu pai para o Luxemburgo. Será melhor para mim e para o bebé. Talvez até possa levar o André e a Bianca, a Clarice e o Diogo. O meu pai está a ganhar muito dinheiro lá fora e secalhar consegue pagar as viagens. É uma questão de lhe perguntar.

   Depois dessa decisão saí do hospital e marcaram uma ecografia para a semana seguinte. Todas as semanas faria uma, para verificar se estava tudo bem com o bebé e se precisava de ficar internada. Como é uma gravidez de risco é normal que andem "sempre em cima de mim".

   Agora tinha de mudar um pouco o meu estilo de vida: passaria a tomar outras refeições, não poderia praticar equitação, embora já não o fizesse à um ou dois meses, porque o Spirit continuava mal da pata, mas pronto. Agora eu teria aulas particulares de hidroginástica(sempre achei que fosse um desporto para velhos, sem ofensa).

   Mas acho que valia a pena pelo meu bebé. Pessoalmente eu queria uma menina, mas tinha que esperar até ao quarto mês para descobrir.

   Fui a casa do Gonçalo. Ele tinha de saber que eu não ia abortar e que a criança devia querer conhecer o pai verdadeiro quando crescesse.

   -Tas parva? Não quero saber nem de ti nem desse estúpido bebé, aborta cara***! Não tens idade para teres bebé!-gritou ele.

   -E tu não tens idade para abusares de mim seu cabr**!-gritei eu.

   -Olha, vai pró cara*** e morre lá fudi** pelo teu pai,ok?

   Eu irritei-me e deixei escorrer umas quantas lágrimas (sim, sou muito sensível), como é que ele me ofendeu daquela maneira?

   -E já agora-continuou ele- eu e a andamos, por isso esquece-me-disse ele.

   -Já esqueci!-gritei, saindo a correr.

   Que estúpido! Como é que foi capaz? Agora anda com a Jenifer? Argh! Odeio-o!

   No dia seguinte, depois das aulas fui novamente ao hospital ver o André e o Diogo. Fui sem a Clarice, mas quis or ver o Diogo, não sei porquê. Após estar a olhar para ele uns 5 minutos comecei a falar com ELE não sei porquê:

   -Olá Diogo. Espero que possas curar o cancro. Sei que vais perder esse lindo cabelo quando fizeres quimioterapia, mas vais ver que vais recuperar e vais voltar a estar com a tua mãe e vais conhecer-me e vais ter casa, vamos viver todos para o Luxemburgo, assim espero, vamos viver todos felizes.

   Acho que fiquei um pouco aliviada a falar com ele, claro que não obtinha resposta, mas senti que ele me ouvia e pensei que podia desabafar com ele. Passaria a fazê-lo sempre que lá fosse.

  Os dias passaram, tornando-se semanas. Passaram 4 semanas desde que decidi que não queria abortar. Oas tratamentos dos André estavam a correr bem e se tudo desse certo ele deveria sair do Hospital dentro de 2 semanas. O Diogo estava a iniciar a 3ª parte dos tratamentos e apesar do seu corpo continuar fraco, estava a aceitar muito bem.

   Era dia 14 de dezembro. Fui ao hospital. Entrei no quarto do Diogo, como fazia sempre que lá ia. Sentei-me na cadeira e iniciei a conversa.

   -Olá Diogo. Estou feliz por estares a recuperar aos poucos. A Clarice também, obviamente. Ela tem sido uma segunda mãe para mim, sabes? Adoro-a muito. E agora vejo-te como uma espécie de irmão. Quero muito que recuperes. Tenho muito para te contar pessoalmente, quero dizer, quero que oiças mesmo o que te estou a dizer. Agora tenho de ir ver o André. Até amanhã maninho!-disse eu beijando-lhe bochecha.

   Fui ter com o André e ele estava bem melhor. Recuperara a sua cor normal, já não estava tão pálido. Agora ficaria ainda 2 semanas no hospital (como referi anteriormente) para as últimas análises. Ficaria ainda 1 semana em casa a repousar e só depois retomaria os estudos. Já faltava pouco. Duas semanas passavam num ápice! Esperei, esperei e esperei. Mas os dias pareciam alongar-se cada vez mais. Isso irritava-me muito! Mas tive de ser paciente. Todos os dias fui ao quarto do André e todos os dias fui falando com o meu "maninho" Diogo. Eu estava a afeiçoar-me mesmo muito a ele. 

   Finalmente as 2 semanas chegaram ao fim e o André ia sair do hospital.

   -É hoje!-disse-lhe quando cheguei.

   -Eu sei amor, mas agora ainda fico 1 semana em casa-disse ele.

   -Mas já não estás neste inferno-disse-lhe abraçando-o.

   Ele também me abraçou e depois de sairmos do quarto, fomos para o carro onde a Clarice nos esperava.

   -Olá meu querido-saudou a Clarice-como te sentes?

   -Bem, pelo menos muito melhor que há um mês atrás-respondeu ele.

   -Queres que te leve para casa ou queres ir para algum sítio antes?

   -Pode levar-me já para casa por favor.

   Seguimos até a casa dele, onde a mãe o esperava muito contente. Despedimo-nos e fomos para casa.

   -Agora só faltam mais 3 meses até o Diogo acordar!-disse à Clarice.

   -Se é que vai acordar-disse ela.

   -Porque dizes isso?-perguntei.

   -Porque ele continua fraco. Temo perdê-lo mesmo.

   -Clarice! Ele vai acordar! Deixa-te desses pensamentos! Eu sei que ele vai acordar!

   Continuámos a falar até ela aceitar que ele ia acordar. Eu sabia que ele conseguia resistir ao cancro e recuperar!Ele TINHA de acordar!




   Olááá! Espero que estejam a gostar! O André saiu do hospital! Preciso da vossa ajuda. Se o bebé da Catarina sobreviver, precisa de um nome. Não sei se vai ser rapaz ou rapariga. O que preferem? E que nomes é que gostavam que o bebé tivesse? Eu tenho algumas ideias, mas gostava de saber a vossa opinião. Comentem aí sr preferem um rapaz ou uma rapariga e que nome é qur gostavam que tivesse! Beijinhos!!

  

  
   

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