A visita

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No sábado seguinte, eu e a Clarice apanhámos o autocarro e fomos até ao hospital em que o Diogo estava internado.
A minha tia estava na porta principal, onde nos encontrámos com ela:

-Bom dia-saudou.

-Bom dia-respondemos em uníssono eu e a Clarice.

-Passei todo o dinheiro da tua conta para a minha conta no banco, já falei com os médicos e disseram-me que se podia pagar em prestações ou tudo de uma vez, mas como a maioria das pessoas não tem esta quantia de dinheiro, paga-se em prestações. Eu disse-lhes que preferia pagar tudo agora, em cheque, é claro. O que acham?-perguntou a Sara.

-Eu não sei mesmo como lhe agradecer! Muito obrigada por tudo! Eu concordo plenamente com a sua ideia, muito obrigada!-agradeceu a Clarice.

-Não tem de quê, eu é que fico contente por poder ajudar-respondeu a Sara.

-Então, entramos?-perguntei.

-Com certeza, quero ir ver o meu Diogo-disse a Clarice.

Entrámos no hospital e dirigimo-nos ao piso do cuidados intensivos. Perguntámos aos médicos se podiamos ir visitar o Diogo:

-O Diogo, como sabem, está em coma. Ele estava muito fraco para continuar à espera dos tratamentos. Como na 3ª feira recebemos um telefonema da Senhora Sara Neves a dizer que ia pagar os tratamentos do Diogo, já os mandámos vir e felizmente chegaram ontem. Vamos efetuar o pagamento e depois começamos a tratá-lo. Podem ir ver o paciente uma a uma-explicou o médico.

-Bem, eu e a Catarina não o conhecemos, acho que basta ir a mãe dele, a Senhora Clarice-disse a Sara.

-Eu gostava de ir também tia-pedi à Sara.

-Oh, então pode ir-disse a Sara.

-Vou dar-vos duas batas para vestirem, sigam-me por favor-pediu o médico.

-A Senhora pode ir com o meu colega Paulo-a Sara e o Paulo cumprtimentaram-se com um aperto de mão- ele tem acompanhado o Diogo e está informado.

A tia Sara foi com o Paulo para efetuar o pagamento e eu e a Clarice seguimos o médico para vestir as batas.

De seguida, fomos para um corredor e esperámos apenas 5 minutos até nos chamarem. Entrámos as duas na sala, pois o médico disse que ia abrir uma exceção.

-Oh, meu filho!-exclamou a Clarice quando entrámos na sala-tenho tantas saudades tuas meu bem!

O Diogo estava cheio de tubinhos aqui e tubinhos ali. Ele tinha cabelo preto e olhos azuis, mas como eles estavam fechados não os consegui ver, mas a Clarice já mo descrevera. Só penso como vai reagir o meu pai quando souber. Por fim, lá falei:

-Ele é...muito bonito Clarice, sai a ti.

-Oh, nada disso! Ele sai mas é ao pai-pude ver que a expressão da Clarice não foi a melhor, só de se lembrar do marido horrível que tivera.

-Para mim sai a ti!-disse-lhe.

-Como queiras-reespondeu ela com um sorriso.

Ficámos uns 10 minutos no quarto e depois saímos. Reencontrámos a minha tia e ficámos a falar um pouco sobre os pagamentos:

-Eu passei o cheque, foram aproximadamente 35 mil euros-declarou a minha tia.

-Muito obrigada, não me canso de lhe agradecer-disse a Clarice com um enorme sorriso.

Às tantas eu senti que o mundo estava a andar à roda e não me senti bem.

-Clarice...-chamei num murmúrio. Não me lembro do resto, apenas sei que quando acordei estava deitada numa maca, num quarto do hospital, ainda via tudo desfocado, mas ouvi, com alguma dificuldade, vozes que pareciam propagar-se no vazio.

-Já verificaram o número de glóbulos vermelhos e brancos?

-Sim, tudo ok! A pulsação também está normal, mas a sunstância que é produzida duran...-não consegui ouvir mais nada, pois voltei a desmaiar.


Oláá, peço desculpa não ter publicado, estou de férias num sítio que é difícil ter internet e só consegui publicar agora mesmo por isso. Desculpem! Obrigada a todos os que estão a ler e a votar. Beijinhos a todos!!!

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