Orphanage [L.S]

Twenty Two

Meu senhor, eu achei que tinha postado essa att, me desculpem mesmo pela demora.

Semana de provas is over hoje, era pra eu ter postado essa aqui semana passada, e eu achei que tivesse feito isso. Sorry :(

(A att é pequena, porque fica mais rápido de escrever)

Boa leitura. Xx.

-x-

Niall cantou parabéns para mim quando o liguei dizendo que chamei Anne de mãe pela primeira vez. Ele disse que fica muito feliz pelo avanço e que nem consegue imaginar os fogos de artifício no coração da mulher quando ouviu alguém lhe chamar assim depois de tanto tempo.

Eu me sinto satisfeito. Chamá-la de mãe, e logo no dia seguinte o Des de pai. Ele sorriu para mim, e deu tapas em minhas costas. Ofereceu me levar à tal biblioteca com milhares de livros diferentes, e lá ele me contou de sua época de escola e como nunca havia se interessado por livros até entrar na faculdade e ser praticamente obrigado a ler. Mais tarde ele pediu pizza e todos comemos assistindo Garfield no sofá da sala.

Mais uma semana passou rápido, e eu podia jurar que o nome Louis já não tinha o mesmo efeito em mim, até eu tirar um tempo para colar uma foto minha e de niall - tirada na câmera nova de meu pai, eu amei aquela coisa e quase roubei pra mim - na parede acima da minha cômoda de roupas.

É, eu nunca mais havia prestado muita atenção no que eu havia colocado ali. Eram apenas algumas fotos no orfanato, com meus amigos e com Louis.

Louis.

Ver novamente aquele sorriso com dentes caninos tão afiados, o canto dos olhos enrugados ao sorrir e o vasto mar dentro de suas orbes penetrantes. Ele é como uma obra de arte colada na minha parede.

Aquilo renovou minha memória do quão bom é ouvir sua risada e sua voz aguda, suas brincadeiras sarcásticas e implicantes. Isso só me causou uma sensação gritante de nostalgia, e o desejo de voltar correndo para os braços dele toma conta de mim agora, enquanto sinto as lágrimas se negarem a ficar dentro dos meus olhos.

Ah, Louis. Se eu soubesse que aquele garoto mais velho e tão interessante um dia me causaria tanta angústia eu não teria feito nada diferente. Porque eu não me arrependo de nada, nem mesmo de tê-lo deixado. Por mais que agora a culpa pareça martelar em minha cabeça, mas eu ignoro. Eu sei que foi a melhor opção, e nada pode ser feito agora.

A saudade é essencial para aprendermos a valorizar a pérola que temos em nossas mãos e nem mesmo nos damos conta.

Mas isso não me impede de continuar chorando por Louis, mais uma vez. Será que ele pode ouvir minha consciência em um desespero gritante por sua presença? Notícias. Apenas notícias seriam o suficiente para suprir o vazio e a preocupação que tenho com meu garoto, mas se bem que, como toda droga, Louis é viciante. E eu sei que no primeiro tipo de contato que eu tiver, não poderei parar por ali. Eu vou querer mais e mais até me ver sufocado em meu próprio amor não retribuído.

- Harry? - A voz de minha mãe surge atrás de mim, tento limpar as lágrimas antes de encara-la para responder.

- Oi mãe. - Forço um sorriso, mesmo que meus olhos vermelhos entreguem minha real emoção.

O barulho de seu sapato pisando no chão de madeira é tudo o que posso ouvir, ela está se aproximando até estar frente a frente comigo, deixando o olhar atravessar meu corpo e parar no amontoado de fotos na parede. Ela já havia as visto antes, quando Niall veio aqui pela primeira vez, ela passou um bom tempo as olhando.