Ten

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Eu saí pra assistir um filme e qnd voltei tinham 68 notificações, caramba, isso é totalmente incrível, nem tenho como agradecer, sério, mt obg, to adorando ver os comentários e os votos, me faz querer poder largar tudo só pra escrever pra vcs, mas realmente n dá

Vamos ao cap...

-x-

- Me solta... - Ed berra pulando pra todos os lados como uma gazela - Que o otp se declarou, preciso gritar!

- Não seja ridículo... - Desde que havia saído do quarto meu rosto não abandonou a cor vermelha - Ele apenas disse que sente o mesmo. E você já está gritando.

Sussurro a última parte o fazendo parar e me encarar, cruzando os braços com indignação, rio um pouco disso mas logo ele responde afiado.

- Ridículo é você, Harold! - Ele apontou para mim - Que não enxergou que aquele garoto só restava se jogar em cima de você.

Sorrio acanhado por finalmente relembrar todos os momentos em que ele me tratava diferente e eu custei a perceber, viro para o outro lado da cama e cobrindo meu rosto com o travesseiro, tentando abafar meu grito de felicidade. Ed não para de pular, parece um mico-leão-dourado.

- Quando for o casamento eu vou levar uma plaquinha escrito "eu sempre shippei" e sair por aí exibindo meu otp recém casado - Ele diz com os olhos no além, interpretando o momento com um sorriso orgulhoso no rosto.

- Qual o problema de você e o Niall? - Me levanto ficando em frente ao ruivo, que ainda dá pequenos saltos jogando fora toda a sua masculinidade. - Vocês sempre com essas histórias de "shippo" e coisas estranhas...

- Desculpe, mas olhe vocês... É inevitável.

Suspiro, bagunçando os cachos e andando de um lado para o outro, observando Ed finalmente se acalmar e sentar na cama. Ele está por fora como eu estou por dentro, minha vontade é de gritar por aí que beijei Louis e que ele disse que me ama como nunca amou ninguém, quero esfregar isso na cara de Elizabeth, na cara de Mary -aquela desgraçada, na de todos os homofóbicos pelo mundo, até mesmo na dos meus pais, aqueles que me abandonaram, quero mostrar o quanto eu não preciso deles pra ser feliz, pois eu tenho Louis em minha vida e nada mais importa.

Mas não funciona assim tão fácil. Tenho algo muito importante para resolver, algo que dependendo da decisão pode mudar bruscamente minha vida, o pior é que de uma forma ou de outra eu perderia meu pequeno príncipe, a diferença é apenas que uma delas prolonga nosso tempo, porém a outra me dá uma família pelo resto da vida. E, como me disseram antes, após eu resolver as coisas com Louis tudo seria mais fácil para eu me decidir, mas infelizmente não está sendo.

Apenas mais e mais dúvidas surgem e tenho medo de chegar a hora na qual vai realmente ser necessário contar a ele sobre tudo, e deixar que ele me dê a opinião decisiva, aquela me tiraria todas as dúvidas sobre me jogar ou não do penhasco. Ele nunca me deixaria ir, se realmente sente o que diz ele nunca vai deixar ninguém nos distanciar.

- Você não deveria estar em seu quarto? - Pergunto a Ed, saindo o transe - Já passa das 22 horas.

Ele me lança um olhar questionador e dou de ombros, eu esperava que ele ao menos respeitasse o horário de recolher, mas tratando-se de Edward ele não respeita nem mesmo a lei da gravidade, o cabelo ruivo e a expressão doce é apenas uma máscara para o rebelde sem rédeas que vive no jovem de Ed. Com seu violão e seu estilo ele sai pelos corredores chamando a atenção dos desacostumados, ele adora.

- Estava pensando se você não queria ir comigo até o terraço para sentirmos um pouco de adrenalina - O ruivo convida, arrumando as inúmeras pulseiras no braço pálido com pelos claros como o sol.

Orphanage [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora