Sinto o chão sob meus pés,
mas estará realmente ali?
As pedras, a terra,
poderei, de fato, tocar?Os prédios assistem inertes.
As janelas espiam, e as pessoas
riem amedrontadas.
Perdão se as assustei.Uma igreja anciã encara-me:
que espera? Uma confissão?
Ela não entende,
minha atenção, não merece.
Melhor distanciar-me.Um lugar sombrio
parece oferecer abrigo, mas
é tão sombrio.
Devo temer?Olho novamente para meus pés.
O chão continua lá.
Aparentemente,
não há de deixar-me tão cedo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Do que realmente somos
PoetryPequena coletânea de poemas de minha autoria. Ao ler certamente notará uma natureza um tanto quanto irônica da maioria deles, mas isso é normal. Aproveite a leitura e obrigado por ler. P.s.: Livro em constante produção e edição, por vezes poderá oc...