Sanguinário

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Pode culpar-me,
talvez seja minha culpa
afinal.
Olhe para mim,
não as palavras, sequer as letras,
mas o homem
por trás delas.

Consegue enxergar?
Eu,
sangrando meu coração
esperando que meu sangue
salve.
Mas ninguém o recebe.

Meu sangue não serve,
apaixonei-me
e estou contaminado.
Doente de amor.
Miserável.

E mesmo assim
insistes.
Sórdido e grosseiro,
deixe-me em paz,
não te sirvo de mais nada.

Mas o ego pede,
ele reclama!
O ego necessita meu sangue,
mas ele não o bebe,
não o quer para isso.
Apenas quer vê-lo escorrer
e divertir-se rindo
até desidratar-se e desmaiar.

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