Perdi a intimidade com as letras.
Também perdi a intimidade com os papéis.
Perdi a intimidade com a tinta e o lápis.
Não visito há tempos, quase um intruso
no lugar onde nasci.De qualquer forma, de nada esqueço.
Sempre saudoso, penso com carinho
naquela que costumava chamar de casa.
Onde curava minhas dores e
causava novas,
mais agudas que as anteriores.Atento para não aborrecer,
tento permitir-me ficar à vontade.
Escolho uma bebida,
recolho-me ao assento que mais me agrada
e espero.Apesar de poder visitar a hora que quiser,
espero sempre que me falem,
pois à poesia primeiro escuta-se,
depois,
a si mesma escreve.
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Do que realmente somos
PoesíaPequena coletânea de poemas de minha autoria. Ao ler certamente notará uma natureza um tanto quanto irônica da maioria deles, mas isso é normal. Aproveite a leitura e obrigado por ler. P.s.: Livro em constante produção e edição, por vezes poderá oc...