A moldura reconhece a ressaca
e perdoa.
Impede que o tolo
sem aviso
escreva em pedra
o que quer que seja.
Analisa na prateleira
aquelas velhas bebidas,
um licor,
um uísque,
um conhaque e
sem hesitar
bebe todas.
Sendo moldura que é,
preenchida com álcool puro,
turva a imagem
e cria ilusões artísticas.
Ela não cria. Ela transforma.
E no meu caminho para o armazém
lembro:
talvez uma ou duas garrafas mais
sejam suficiente
para afogar as tintas
e a minha
melancolia.
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Do que realmente somos
PoetryPequena coletânea de poemas de minha autoria. Ao ler certamente notará uma natureza um tanto quanto irônica da maioria deles, mas isso é normal. Aproveite a leitura e obrigado por ler. P.s.: Livro em constante produção e edição, por vezes poderá oc...