Desmoronando- parte 1

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 Capítulo dedicado a luidynogueira, meu querido irmão, que fica horas conversando comigo sobre livros, e sobre o meu livro. Obrigada por me incentivar a ler, esse é um dos motivos de  eu estar aqui escrevendo hoje.Te amo.

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Agradeço também a cada de vocês que está lendo o meu livro.

Hoje completei 2k de leituras, e estou muito feliz.

MuItO ObRiGaDa!

Sem mais delongas.

Boa leitura!

E, como sempre, desculpe-me por qualquer erro.

Jéssica Miranda ;)

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Junho 2012

Valentina

Estava no quarto de minha tia, para ser mais exata, nós estávamos em seu closet, escolhendo uma roupa para eu usar essa noite; isso, porque de noite eu irei até a minha casa, encontrar o Arthur. Nós, eu e ele, íamos finalmente colocar os pontos nos "is".

Sentia, nesse momento, um frio na barriga. Era uma sensação esquisita, é como se o meu corpo fosse tomado pela minha ansiedade, e, por meu medo. Pois, sabia que teria contar tudo a ele, o que eu não sabia é se teria coragem.

Foi, então, que tia Helena me trouxe de volta à realidade:

- O que acha desse vestido, querida? Era um vestido longo de seda cinza azulado, frente única, com uma faixa na horizontal que marcava a cintura. O decote frontal, era em um grande V; além disso, o vestido era amarrado na nunca, assim, o tecido que sobrava das amarras, brincava nas costas expostas. Traduzindo: o vestido era simples e perfeito.

- Tia, ele é perfeito!

- Toma, experimente. Vamos ver como fica.

Comecei a tirar o vestido azul que eu vestia na frente de minha tia, e, logo vi o seu semblante mudar. Ela levou as mãos à boca. E, foi, então, que me lembrei que meu corpo estava cheio de hematomas. Apesar de ela saber o que tinha acontecido comigo, ainda não tinha visto. Acho que foi chocante demais me ver daquele jeito, e eu fiquei sem palavras, afinal, não tinha nada a ser dito. E, logo, pensei: se ela reagiu assim, o Arthur vai ficar louco quando vir.

Assim, me entrego mais uma vez a tristeza em que vivo nos últimos dois dias. Sinto os meus olhos se encherem de lágrimas, do mesmo modo que os olhos de minha tia, então, nos abraçamos e choramos juntas.

Somos interrompidas por batidas na porta do quarto.

- Helena? Desculpe incomodar, mas, você pode abrir a porta? Pergunta Ana, do outro lado da porta.

- Já vou Ana. Ela olha para mim enquanto limpa o rosto, apagando o caminho de suas lágrimas, e me diz: - Vou ver o que a Ana quer, vista o vestido enquanto isso. Eu já volto.

- Está bem. Digo, e, repito o seu gesto de limpar o rosto.

Ela saiu, deixando-me sozinha. Vesti-me rapidamente, para esconder as marcas ainda doloridas de meu corpo. Estou parada me admirando em frente ao espelho, o vestido ficou ótimo, no entanto, terei que arrumar uma boa maquiagem para tampar as marcas de meu rosto, já que roupa nenhuma tampa, a não ser que use uma burca, mas isso não é uma opção.

Ironias do Destino - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora