Você de novo? - Parte 3

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Olá querid@s,
Desculpe-me pela demora. Eu sei que é chato esperar, mas, não pude escrever. Eu estava doente, ainda, estou, na verdade, contudo, agora estou conseguindo escrever. Enfim, se quiserem um conselho: usem repelente, pois a zica não presta.
Bom, agora vamos ao que interessa: CAPÍTULO NOVO.
Espero que gostem.
Desculpe-me também por quaisquer erros!
Beijinhos no ♥♥♥♥♥,
Jéssica Miranda.

Arthur

Acabei de dizer a Valentina que iria lhe contar toda a verdade. Agora, estou me segurando para não sair correndo. É quase sufocante a sensação que sinto, é como se eu estivesse completamente exposto, e não sou bom com isso. Contudo, sinto que devo isso a minha flor, ela precisa saber quem eu sou de verdade.

A minha meta é reconquistá-la, mas, dessa vez sem mentiras. Hoje, quase na casa dos quarenta, quero um relacionamento sincero, quero alguém que me ame como eu sou, com todos os meus defeitos e qualidades. Está bem, isso pode ser meio clichê, é verdade, só que chega um ponto na vida que a gente quer que o sentimento de uma mulher seja verdadeiro, principalmente, quando você é completamente apaixonado por ela.

É assustador como eu a amo, se qualquer outra mulher tivesse me contado o que ela me contou, eu a dispensaria, na verdade, eu nem a escutaria. Mas, a Valentina não, eu já havia a perdoado antes mesmo que ela tivesse abrido a boca. É pavoroso como eu aceitaria tudo vindo dela, qualquer coisa mesmo.

Isso sem contar o fato de que mataria por ela, e por falar nisso, eu vou acabar com o desgraçado que a vez sofrer. Por causa desse filho da puta eu perdi os primeiros anos de vida do meu filho, e passei anos sofrendo por causa da minha flor.

De repente a vida ficou mais leve, sinto um alivio tão grande por tê-la ao meu lado. Ainda não acredito que há alguém no mundo que ame mais que eu. O amor é tamanho que me contento com as migalhas que estou recebendo hoje, quando eu queria mesmo estar em nossa casa, em nossa cama, amando cada pedacinho dela.

- Você vai ficar aí olhando para o tempo? Estou esperando você começar. Não consigo conter o sorriso em ver que a impaciência dela continua a mesma. - Do que você está rindo? Ela pergunta ainda mais impaciente.

- Nada, minha flor. Digo, e ela desvia o olhar. É ótimo saber que ainda mexo com ela. Isso deixa a porta aberta para eu voltar.

- Eu já te pedi para não me chamar assim. Dessa vez não sorrio, mas gosto mais ainda, quanto mais ela nega, mais ela gosta.

- Como quiser, minha tulipa. Digo para provocar.

- Sério, Arthur? Ela pergunta se levantando.

- Tá bem, parei. Digo segurando sua cintura, sentindo o tremor percorrer seu corpo.

- Acho melhor eu ir embora. Ela diz sentada de novo.

- Não vá. Me desculpe, eu preciso que você saiba da verdade. Eu preciso que você ouça tudo que eu tenho a dizer. Mas, primeiro me prometa que vai me ouvir até o final.

- Mais promessas? Aceno uma afirmativa com a cabeça. - Tudo bem, eu prometo. Agora, pare de me enrolar.

- Valentina, quando você tinha oito anos de idade eu tinha dezoito.

- Arthur, eu sei qual a nossa diferença de idade.

- Calada, Valentina. Digo com aquele olhar.

- Você sabe que eu tenho 28 anos agora, não sabe? Ela pergunta, e eu ignoro.

- Continuando... enquanto você era apenas uma criança, eu já me tornava um adulto. Bem, naquele ano, muita coisa aconteceu os meus pais morreram, o João foi morar comigo e comecei a descobrir um outro mundo. Eu era meio revoltado, e a única coisa que eu tinha, que me importava de verdade, era a amizade do seu irmão. Apesar de ter uma casa enorme, um apartamento no centro da cidade, e uma conta bancária lotada, o vazio em mim nunca foi preenchido, até você, é claro. Mas voltando ao assunto, eu faria tudo por seu irmão, e fiz, assim como ele fez por mim. Quando ele saiu de casa e foi morar comigo, ele não quis ficar as minhas custas, enfim, o orgulho dos Kolwaski. Então, o João arrumou um emprego em uma boate. No começo, eu achei meio estranho, mas ele gostava tanto do trabalho que resolvi conhecer. Não demorou para eu saber o motivo de meus amigo está feito pinto no lixo, era o emprego dos sonhos, grana fácil, bebida liberada e mulheres a reveria.

Ironias do Destino - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora