Novas facetas

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Olá querid@s,

Segue mais um capítulo, que era para ter sido postado ontem, mas não deu. :(

Para esclarecer, toda segunda tem capítulo (e hoje tem capítulo na madrugada de segunda para terça), e às vezes um bônus durante a semana.

Enfim, é isso!

Boa leitura!!!

Desculpe-me por qualquer erro.

Jéssica Miranda. ;)

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Junho de 2012

Arthur

Assim que eu dei a notícia para o meu sogro ele saiu correndo da L & A. É claro que não disse que sua filhinha havia me traindo, mas, deixei isso implícito. Ele sacou rápido. Homem esperto.

Nesse momento, ele já deve estar tirando satisfação com ela. E, eu? Estou adorando. No fundo, sei que deveria ter dito mais algumas verdades para Valentina, porém, tomado pela raiva, não pude fazer-lo. No entanto, arrumei alguém que terminasse o que comecei. Mesmo estando satisfeito com minha atitude, ainda sinto um incômodo, pois sei que meu sogro pode ser tão ruim, ou até pior do que eu. Já presenciei brigas entre ele e João, entre ele e Valentina, e te digo que algumas vezes ele foi cruel.

Por mais que eu queira ignorar esse incomodo, que ele está aumentando. Ele é famoso sentimento de culpa que aumenta a cada segundo. Só agora começo me dá conta do quanto essa minha vingança foi infantil e maldosa. Isso definitivamente não é coisa que um homem de trinta e cinco anos deve fazer. Todavia, a culpa é dela. É sempre ela me fazendo agir de modo irracional. É sempre ela me tirando, ou, me dando a paz.

Que merda! Estou fodido, e muito fodido. O que fazer para voltar a ser eu? Porque estou me fazendo essa pergunta? É simples, o antigo Arthur não estaria pensando nas consequências de suas atitudes, ele estaria comerando por ter se vingando. A regra era: bateu, levou. E eu estaria realizado e pensando em quais posições eu irei comer as gêmeas quentes e francesas. Mas não, eu não podia agir assim agora, eu tinha que ficar preocupado com uma pessoa que não merece.

Dá uma agonia tremenda quando você descobri que não é mais o mesmo. É horrível quando você percebe que ainda ama a mulher que te dilacerou. Acho que eu a amaria mesmo que ela tivesse cometido um crime. Eu acho que sempre vou amá-la. Mas que caralho. Isso me assusta, e, muito.

Mesmo amando e, sim, me arrependo de ter contado ao pai dela sobre o nosso divórcio, não pense você que estou pronto para perdoá-la, porque não estou. O que ela fez não tem perdão, eu não perdoou traição, nunca vou pedoar. Nunca! O que nós tínhamos acabou, nós não vamos reatar, eu não vou aceitá-la de novo, nós não seremos mais um casal. E ainda estou com a ideia fixa de que eu preciso voltar a ser o que eu era. Essa será a minha estratégia de sobrevivência. Sim, eu sei que sem ela a minha não terá graça, então sei que vou apenas sobreviver, como eu sempre fiz antes dela. Foi só com ela que eu vive, agora isso não será possível. Isso pode parecer romântico, porém, é trágico.

E, vá logo entendendo. Mesmo eu sabendo de tudo isso, eu ainda vou me encontrar com as gêmeas. A se vou.

*******

Algumas horas depois

Estou saindo de casa e vou me encontrar com as gêmeas francesas Cristine e Cristal. Por quê esses nomes se elas são francesas? É porque o pai delas é francês, mas a mãe é brasileira. Elas nasceram na França, e seus pais se divorciaram, a mãe veio com Cristine para o Brasil, e a Cristal ficou com o pai, até completar dezoito anos. Agora, ela mora seis meses lá e seis meses cá. Para minha sorte, esse semestre ela está aqui. Por quê sei de tudo isso? Depois de tantas transas virei amigo de Cristine que me contou essa estória.

Ironias do Destino - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora