Eu sou um novo cara

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Olá querid@s,

Hoje tem dobradinha. Ouvi um ebaaa?

Espero que sim.

Desculpe-me por quaisquer erros.

Um abraço carinhoso,

Jéssica Miranda!

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Valentina

- Eu amo, Arthur. Digo o que sinto, parece que desliguei o filtro entre o cérebro e a língua. Meu Deus, o que acontece comigo quando estou com esse homem, parece que ele domina tudo em mim, me sinto quente, sufocada. Estou sempre em alerta, sempre esperado o que está por vim. 

Ele ainda está parado em minha frente, olhando para mim como se não acreditasse no que acabará de ouvir. Sua boca está levemente aberta, e os seus olhos estão brilhando enquanto me observam de cima a baixo. Respiro fundo, enquanto a gente conversa pelo olhar. Ele morde o lábio e dá um passo em minha direção, mais um passo em minha direção. A distância entre nós é cada vez menor, eu sei que devia fugir; eu devia estar me movendo na direção oposta, mas meus pés não saem do lugar, e os meus olhos não saem daqueles lábios, e...

A princípio os meus lábios não se movem, só sentem os lábios que os pressionam. Aquela boca macia, aquele hálito quente, aqueles braços fortes, uma mão em minha nuca e outra em minhas costas, aquela proximidade tão gostosa. Sinto seu corpo se encaixando ao meu, sinto quando ele me inclina um pouco para trás, e sinto quando a sua língua quente invade a minha boca. Tudo começa devagar, como se as nossas línguas dançassem uma música lenta, aos poucos o ritmo vai aumentando. É tudo tão intenso, que em poucos segundos sou toda sensações. Sou a sensação de seu toque; sou a sensação de sua língua quente dentro minha boca;  sou a sensação da minha língua sedenta pela sua boca; sou a sensação de aperto em minha cintura; sou a sensação de aperto em minha nuca; sou a sensação de minhas pernas falhando; sou a sensação de sua ereção em minha barriga; sou a sensação de ser segurada por braços firmes; a sensação dos meus seios endurecendo; sou a sensação de minha calcinha molhando; e sou a sensação de culpa, quando ouço:

- Valentina, o que você está fazendo? 

 Paro de beijá-lo, mas ele permanece imóvel, eu olho em seus olhos, mais perto do que deveriam estar e olho para Mel parada na porta com as mãos na cintura. Sei que ele pode ver o pavor em meus olhos, aos poucos ele vai me soltado.

- Mel... começo a dizer, contudo sei que nada justifica o que ela viu. - Eu...

- Nós voltamos. O Arthur disse ao meu lado. Viro-me para ele e começo a discutir:

- Não, nós não voltamos Arthur. Você está ficando louco?

- Eu sou louco por você.

- Aí meu Deus, era o que me faltava. Nunca mais faça isso comigo.

- Fala isso para você mesma, eu não fiz nada que você não quisesse.

- Seu babaca, eu não queria te beijar, eu tenho namorado.

- Sei.

- É claro que sabe.

- Eu acho que você não vai ter mais namorado quado a sua amiguinha contar a ele o que fizemos. Nesse momento, eu olho para a porta que agora está vazia. Aí meu Deus, cadê a Melissa, penso e saio correndo a sua procura, e claro que o Arthur vem atrás.

Ironias do Destino - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora