O cúmulo do azar

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Olá querid@s,
Como estão?
Desculpe a demora, mas segue mais um capítulo.
Espero que gostem.
Desculpe-me por quaisquer erros.
Um abraço carinhoso,
Jéssica Miranda.
😍😍😍😍😍😍

Valentina

Naquela tarde...

Eu te pergunto, qual é o cúmulo do azar? Será que é o seu noivo ficar com ciúme do ex marido? Será que é o seu noivo ignorar todas as suas ligações? Será que é seu noivo desligar o telefone sem te dar ao menos uma chance de se explicar? Será que é você acordar atrasada? Ou será que é você pedi o serviço de quarto e se deparar com a pior surpresa do dia? Que merda, acho que se o cúmulo do azar tivesse um nome, ele seria: Valentina.

Nada em vida é fácil desde os meus 15 anos, desde o dia em que eu beijei o Arthur a primeira vez. Desde então, a minha vida é uma montanha russa, recheada de descidas e loops do diabo. É sério, sabe aquela subida lenta? Sabe aquele segundo parado no topo de um pico, antes da fatídica descida? Então, esse segundo é único segundo de calmaria que tenho, pois eu estou sempre em constante descida ou em constante subida, e me resta apenas uns poucos segundos de estabilidade. Quer saber a verdade: isso é extremamente cansativo.

Eu estou esgotada fisicamente e mentalmente. Sabe o que é angústia? Então, ela tomou conta de mim, a minha mente não vê como tudo isso pode acabar bem, e eu só sei chorar abraçada ao meu filho. As lágrimas caem se misturando a minha maquiagem e a minha coriza. Logo, o meu nariz está entupido e desespero já passou do nível dos gritos. Eu não sei o que fazer, na verdade eu não sei o que eu fiz para merecer isso. Meu Deus, será que eu joguei pedra na cruz? Me pergunto. Enquanto nada calma tento acalmar o bebê.

- Mamãe, puquê cê tá cholano? Meu anjinho pergunta limpando o meu rosto com a palma de sua mão.

- Nada meu amor, a mamãe tá bem. Falo terminando de secar o meu rosto.

- Mamãe, eu quelo ir pá casa.

- A mamãe também, meu amor. A mamãe também. Digo abraçando-o e beijando o topo de sua cabeça.

É duro ter que admitir, mas acho que dessa vez eu não vou acabar numa estrada com alguns hematomas e uma alma destroçada. Dessa vez, eu acho que eu volto para lugar nenhum. Acho que o meu destino será uma cova rasa qualquer, isso eu tiver sorte.

Algumas horas antes...

Depois passar o resto da tarde e boa parte da noite tentando falar com o Hugo, eu desisti. Mas, fiquei tão chateada com aquela situação toda, pois eu sabia que tinha pisado na bola. Contudo, eu não esperava uma reação como essa vindo do Hugo. O homem que vive dizendo que a gente resolve as coisas conversando. Acho que ele se esqueceu de um dos seus mantras. Mas, enfim, resolvi não julgar-lo e dar um tempo para que a sua raiva passe. Fui dormir arrasada, depois de jantar com a Melissa, a Júlia e os meninos. Devido à mesa estar cheia, eu e a minha amiga não podemos conversar muito. Assim, recolhi a minha angústia e o bebê e me tranquei no quarto.

Custei dormir, e quando acordei e olhei o relógio do meu celular, e já eram oito horas da manhã. Você deve estar pensando ainda falta uma hora para o exame, mas quando você está numa metrópole como Belo Horizonte, você precisa sair de casa ao menos uma hora antes, por causa do trânsito infernal. Enfim, passado o taquicardia que o susto proporcionou, eu resolvi que não tinha problema se eu chegasse um pouco atrasada. Por isso, liguei para o serviço de quarto e pedi o café da manhã. Não posso sair por aí com o meu bebê com fome. Além do mais o café da manhã é uma refeição importantíssima, e mais eu não faço ideia do trânsito que irei enfrentar.

Ironias do Destino - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora