Ironias do Destino - Completo

Correndo atrás - parte 1

Olá querid@s,

Como eu já disse, repito: estou amando os comentários de vocês. Mandem sempre que quiserem, pois é um prazer respondê-los.

Espero que gostem desse capítulo. As coisas estão esquentando.

Amo muito o carinho que vocês tem para comigo. Muito obrigada!

Como sempre, me desculpem por quaisquer erros!

Jéssica Miranda

;)

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Junho de 2012

Arthur

Duas horas depois...

Já estou na L & A, já recebi olhares indecorosos, já ouvi vários cochichos, e já recebi uma visita de Joaquim, todos estão querendo saber o que aconteceu com o meu rosto. Estou pouco me fodendo para os outros, mas dei satisfação para o meu chefe, e, no momento, meu ex sogro; eu lhe disse que cai e bati o rosto no chão. Claro que não colou. Então, contei a verdade, disse que tomei uma surra. Ele nem se preocupou em perguntar quem foi o responsável, apenas me mandou sumir do escritório, e completou dizendo que estou assustando os funcionários com o meu comportamento mais grosseiro do que nunca, com a minha cara fechada, e, agora, roxa. E mais me falou que agora estou de férias, pediu que voltasse amanhã para assinar os documentos necessários.

Quase arranquei a porta da minha sala quando saí. Eu não estou puto, estou furioso. Ninguém me tira do meu trabalho, só não soquei o Joaquim, eu nem sei porque não soquei ele. Talvez, eu o soque amanhã por me afastar do meu emprego, que é a única coisa que mantem a minha cabeça ocupada.

Sabe de uma coisa, desgraça pouca é bobagem mesmo. É tanta coisa ruim acontecendo, que eu começo me perguntar se ainda pode piorar.

O meu celular vibra no bolso do meu terno, finalmente, é o meu contato com notícias da Valentina.

- Fala.

- Eu a encontrei.

- Onde ela está?

- Ela embarcou num avião para o Rio de Janeiro na sexta. E ao que tudo indica, ela está mobilando um imóvel, pois comprou muitos móveis que serão entregues num apartamento no Leblon.

- Já sei para onde ela foi. Faço o depósito mais tarde.

- Não se preocupe com isso, eu já fiz.

- Que seja pela última vez.

- Só quis te poupar trabalho.

- Já te dei o meu recado.

- Entendi.

- Ótimo.

Sim, pode ficar pior, minha mulher mudou de Estado, meu contato invadiu a minha conta. E por aí vai. Acho que vou evitar entrar em elevadores e atravessar ruas, porque nunca se sabe o que pode acontecer quando se está numa maré de azar como essa.

*******

De volta em casa começo a pensar em qual atitude devo tomar. A Valentina foi embora, foi para longe de mim, ela fugiu de mim, e de todos os nossos problemas.

Numa hora dessas ela deve estar lá curtindo uma praia com aquela maluca da Melissa e aquele irmão dela, tomará que chova.

E sim, eu sempre sei de tudo. Principalmente, sei de tudo que envolve a minha mulher. O que eu posso fazer? Sou meio obsessivo.