Bônus - Desesperado - parte 1

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Olá querid@s,

Segue mais um capítulo, ele é meio pequeno, mas ficou bom. Quer dizer, eu acho que ficou. Depois me digam o que acharam.

Desculpe-me por quaisquer erros!

Beijinhos,

Jéssica Miranda.

♡♥♡♥♡♥♡♥♡

Arthur

Já faz quase uma semana que estou no Rio e ainda não mudei a minha tática de abordagem, sendo assim, estou fazendo plantão na porta do prédio, todavia até hoje nada de Valentina.

E se eu já estava puto quando vim para cá, agora eu estou quase louco. Já tentei subornar cada um dos empregados do prédio, porém, todos dizem não, porque o seu Hugo é uma pessoa muito boa.

É uma merda mesmo, parece que o infeliz é uma espécie de queridinho do edifício. Já não sei o que eu faço, estou a ponto de invadir o lugar. Ah, claro que eu já tentei ligar para Valentina e o celular dela só dá desligado.

Agora, vou dá a minha última cartada, vou ligar para o telefone da Melissa, o meu contato conseguiu para mim. Eu não queria chegar a esse ponto, mas situações extremas pedem medidas extremas. Ligo:

- Alô.

- Quem fala?

- Foi você que ligou. Quer falar com quem?

- Com a Melissa Vidal.

- Ela quem está falando. E você quem é?

- Sou o Arthur.

- Arthur?

- Sou o marido de Valentina.

- Você quer dizer o ex marido.

- Deixe eu falar com ela, por favor.

- Não sei se ela vai querer falar com você. Ótimo a Valentina está de fato com ela.

- É claro que vai, ela me ama.

- Gente! A modéstia passou, parou e ficou, né?!

- O quê?

- Quer saber, vai a merda, Arthur. Quer falar com a Valentina ligue para ela. E se ela não te atender é porque não quer falar com você. Então desencana.

Eu ia mandar aquela mulher atrevida para a puta que pariu, mas não deu tempo porque ela desligou o celular em minha cara. Puta merda, que desaforada. Bufo. E agora eu realmente já não sei mais o que fazer.

********

Estou um caco, agora eu estou parecendo um espectro. Não aguento mais ficar aqui sentado em frente ao prédio esperando que a Valentina apareça.

Eram sete horas da noite, estava pronto para ir embora quando a vejo saindo da portaria do prédio. Ela estava usando um vestido floral e se apoiava numa muluta. Eu quis correr até ela, todavia ela estava com a maluca da amiga, com uma criança, e com o bom samaritano. Ela tinha tanto lugar para andar, e escolhou ficar perto daquele filho da puta. O meu sangue ferve só de vê-la próxima a ele. Quase que atravesso a rua para socar a cara dele. Mas, por algo motivo desconhecido eu paro, e subitamente sei que se eu fizer isso, a Valentina não vai querer me ouvir. Por isso, resolvo segui-los e assim que eu tiver uma oportunidade me aproximarei.

Eles não vão longe e rapidamente entram no shopping do Leblon e logo seguem para a praça de alimentação e se acomodam.

Acomodo-me num lugar mais distante e os observo. Vejo que eles estão num papo animado, enquanto esperam o sem noção fazer o pedido numa pizzaria. Concluo assim, que eles irão demorar por aqui. E resolvo comprar uma camisa, quero estar com uma boa aparência quando for falar com a minha flor.

*********

Valentina

Depois do nosso combinado, eu e Hugo voltamos às boas. Não nós não nos beijamos mais, e também não rolou mais aquela chupada gostosa. Mas, nós estamos melhor do que nunca.

Tirando alguns climões que acontece sempre que a gente se perde no olhar um do outro. As coisas estão realmente muito boas.

A gente tem conversado bastante, e a nossa amizade vem se fortalecendo.

Ele até arrumou uma muleta para mim, para que eu pudesse me movimentar melhor. Por falar nisso, o meu pé está bem melhor, as feridas estão quase fechadas, contudo ainda sinto um pouco de dor ao forçá-lo contra o chão. Esse o motivo de eu estar usando a muleta.

Hoje é quinta-feira, e o Hugo chegou todo animado do trabalho. E depois de muito insistir ele nos convenceu a ir ao shopping comer pizza.

*******

Nós fomos andando para o local que ficava muito próximo ao apartamento. Havia tantos dias que eu não saia de casa, que fiquei feliz ao sentir o calor típico do Rio em minha pele. Eu teria aceitado a caminhada de bom grado se não tivesse começado a suar frio. No entanto, eu não disse isso a ninguém, achei que era em decorrencia de ter ficado muitos dias quieta.

- Tina, você quer dá uma volta para conhecer o shopping? Perguntou-me Mel.

- Quero sim, mas vamos comer primeiro, porque estou morta de fome. Minto, na esperança de que se eu me sentasse o mal estar passaria.

- Tá bom! Então vamos.

Mantive-me calada enquanto andavamos pelo lugar e agradeci mentalmente quando pude me sentar.

- Você está tão calada, Tina. Comentou Hugo.

- É fome. Eu respondi e sorri em resposta.

- Então vamos decidir o sabor da pizza que eu vou fazer o pedido. O Heitor logo disse.

- Eu quero de calabresa.

- Eu também. Disse. Já a Melissa falou:

- Eu quero de frango com catupiri. Por fim o Hugo:

- Eu te acompanho Mel. Então, vou pedir meia calabresa e meia frango com catupiri.

- Vai logo tio.

- Já estou indo. Ele respondeu.

O Hugo fez o pedido e nós ficamos conversando enquanto esperavamos.

- Mel, vamos lavar as mãos? Pergunto apontando o lavabo da praça de alimentação.

- Vamos Tina. Vem também Heitor.

Caminhamos até um lavabo relativamente próximo a nossa mesa. Lavamos as nossas mãos. O meu mal estar piorou, tudo começou a ficar preto, a minha perna e o meu braço, apoiado na muleta, pareciam não suportar o peso de meu corpo. Até tentei voltar rapidamente para mesa, mas tudo ficou preto.

***********

Arthur

Demorei cerca de meia hora para fazer a compra. E quando voltei a praça de alimentação estava um pandemônio. As pessoas cercavam alguém.

Olhei ao redor e não vi mais a Valentina, o meu coração gelou, eu não pensei duas vezes antes de correr para ver o quê estava acontecendo.

- Sai. Disse empurrando alguém. - Sai da minha frente. Falei outra vez. Vi apenas um cabelo loiro no espalhado pelo chão. - Sai, é minha esposa. Gritei, e finalmente a multidão deixou que eu passasse.

Vê-la ali no chão, desacordada com a cabeça deitada sob o colo da Melissa, e o Hugo checando os seus sinais vitais. O mundo parecia ter se aberto sob os meus.

- Valentina! Eu disse numa súplica ajoelhando-me ao seu lado.

Ironias do Destino - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora