1

1.9K 83 5
                                    

P.o.v Alison.

Caminhando pelos corredores da escola, no meu primeiro dia, aquilo tudo parecia assustador pois eu não conhecia ninguém e não sabia se ia ser aceita.
Peguei os meus horários de aula e a chave do meu armário. Que maravilha, a primeira aula será Química!

Fui andando até a sala, que para ajudar, era do outro lado do mundo.
Decidi guardar algumas coisas no meu armário, que era no caminho.
Haviam várias pessoas pelos corredores por onde eu passava.
Chegando ao meu armário, coloquei a combinação em meu cadeado.
Ele estava vazio e limpo, perfeito para acomodar minhas coisas.
Quando eu estava guardando os livros que eu não ia precisar, um cara alto, de cabelos loiros e rebeldes passava pelo corredor.
Ele comprimentava alguns outros caras com um toque na mão, mas nunca parava de andar.
O loiro sumiu no fim do corredor ao virar a direita.

Terminei de guardar minhas coisas e fui para a sala.
Quando finalmente cheguei, a aula já havia começado. Que merda.
Bati na porta com um ruído abafado.

-Entre. -Disse a professora.

-Com licença. -Falei morrendo de vergonha.

-Você é a aluna nova? -Perguntou a professora.

Eu assenti.

-Qual seu nome?

-Alison. -Respondi tímida.

-Tudo bem Alison, meu nome é Lucy, pode se sentar.

Eu fui silenciosamente para uma fileira do canto e lá me sentei na quarta carteira.
A professora passou a teoria, depois começou explicar a matéria e eu fui anotando o que estava na lousa.

-Alison!

Eu olhei rapidamente para a professora.

-Não copie a matéria enquanto eu estiver explicando! Quem quer entender presta atenção e não copia!

-Me desculpa. -Falei parando imediatamente.

A garota da minha frente virou para trás e me olhou.
Ela tinha cabelos rebeldes, em um tom vermelho artificial.
Acho que ela sempre trocava de cor por ter pequenas manchas verdes e azuis quase não notáveis.

Então ela finalmente falou:

-É assim que funciona... Você não pode fazer nada na aula dessa velha.

Eu ri.

-É notável!

-Se acostume. E nunca fale com ela durante uma explicação, porque pode apostar, ela vai te dar patadas.

-Valeu. -Falei.

-Eleanor, já que você está tão interessada em dar explicações para a aluna nova, venha na lousa fazer o exercício. -Falou a velha carrancuda com voz de taquara.

-Não. -Falou a garota de cabelos vermelho artificial que agora sei que se chama Eleanor.

A velha fez uma cara de bunda, como se estivesse chocada.

-Venha logo.

-Não vou. Eu não sei fazer.

-Estão aqui pra aprender. Venha logo. Estamos todos no mesmo barco.

-Ah, então o barco vai afundar porque eu não vou, espero que você saiba nadar. -Falou Eleanor.

Eu não pude me conter e comecei a rir com o pessoal.

-Você desafia ela assim? -Perguntei discretamente.

Mas o garoto do meu lado ouviu e falou um pouco alto demais:

-Ah, não vai dar nada.

A professora colocou as mãos na cintura e berrou:

-Ahhhhhhh, não vai dar nada??!!

Saiu marchando pelos corredores. Ficou fora por uns instantes e voltou com o coordenador.

-Quem foi o espertinho que falou que não ia dar nada? -Perguntou Glen, o coordenador.

-O Jimmy. -Uma garota fofoqueira se manifestou.

-E quem foi que desafiou a senhora? -Se dirigiu a professora.

Antes que a velha abrisse a boca, Eleanor falou entediada:

-Eu. -Disse levantando-se para ir para a coordenação pois já sabia o que viria pela frente.

-Jimmy, você também para a coordenação.

Ele se levantou e foi junto ao Glen.
E então a velha carrancuda continuou sua aula, que era extremamente chata, igual a ela.

Bad boyOnde histórias criam vida. Descubra agora